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Quase sexta-feira 13

        


   


Virginia olhou no relógio de casa - um antigo modelo do século XIX, aqueles que anunciam as horas com badaladas à hora cheia -  que avisava que eram 11 horas da noite. A relíquia da família deixou a moça atordoada, pois logo viria a meia-noite de sexta-feira, que para ela não seria um dia comum, era a última sexta-feira 13 do ano.

A jovem lembrou-se então da última que ocorreu, e daquele mau agouro que a atormentava desde a adolescência. Cheia de crendices, até lembrava que não gostava de dormir nas sextas 13, pois Virginia acreditava em mau pressentimento ou mau sinal e, carregava em sua bolsa patuás, pé de coelho e vários objetos que afugentam infortúnios.

Andando de um lado ao outro, ela conseguiu deixar a mãe nervosa.

— O que você tem? — Questionou a mãe.

— É que amanhã é sexta-feira 13 e...

— Não me venha com essa bobagem novamente, interrompeu a mãe, uma pessoa cética. — Vá dormir que já é tarde e pare com isso, retrucou.

— Acho que ela tem razão, eu sou muito influenciável e fico colocando bobagens na cabeça. E Virginia atendeu às ordens.

A moça deitou-se e logo pegou no sono.

Um estrondo a fez acordar assustada. Pulou da cama rapidamente e viu que chovia muito lá fora. A janela do quarto estava aberta e o barulho foi proveniente de um raio. A moça fechou a janela. Tudo isso já foi motivo para deixar Virginia assustada.

— Vou tomar um copo d'água com açúcar para me acalmar, pensou a jovem. Bem, minha vó diz que sempre resolve, pensava Virginia.

Antes de descer até a cozinha, Virginia tentou acender as luzes, mas o terrível estrondo atingiu algum transformador de luz da rua, que estava inteira na escuridão.

Um nó formou-se na garganta de Virginia, que engoliu em seco. As mãos da moça começaram a suar, assim como a testa.

— Vou descer bem devagar os degraus, pois preciso beber água de qualquer jeito, pensava a moça.

E Virginia foi descendo lentamente pelo corredor. A cada degrau, o coração batia forte; era uma sensação horripilante de pânico, mas ela tinha que enfrentar tudo aquilo, afinal já não era mais uma garotinha apavorada, estava com 25 anos.



E Virginia foi caminhando devagar e chegou a sala. Da janela, pode constatar que toda a rua estava à penumbra, à sombra da escuridão e refém dos seres que habitam o lado negro. Esse era o pensamento da jovem, coisas terríveis que uma mente apavorada pode traduzir.

— Bobagem minha ficar pensando nessas coisas, vou pegar água que ganho mais, retrucou para si mesma Virginia.

Respirou fundo e foi em direção da cozinha.

Ao passar pelo corredor, o badalo do relógio começou anunciar que já era meia-noite, e mais uma vez, a lembrança da sexta-feira 13!

Ela então correu para a cozinha, iria beber água e retornar ao quarto.

Ao chegar a pia, Virginia viu um vulto passar rapidamente pelo lado de fora da janela.

Com o susto, a moça deixou o copo cair dentro da pia. Ela tremia da cabeça aos pés. Paralisada de medo, ela tinha que sair dali de qualquer maneira.

E Virginia tentou caminhar o mais rápido que pode. Nisso, quando estava já no corredor, ela ouviu um barulho na cozinha e depois passos que se arrastavam para fora dela. Já sem fôlego e com o coração na mão, Virginia virou lentamente e o mesmo vulto, estava agora dentro de sua casa.

Ela tentou gritar

Conseguindo chegar até a porta do seu quarto.

— Isso não pode estar acontecendo comigo! Suplicou para si mesma.

Tremendo, Virginia foi perdendo os sentidos e se jogou na cama. Puxou o lençol até cobrir-se por inteira.

Quando estava já se recuperando, ela escuta passos em seu quarto e isso a fez delirar de medo. Com um impulso e forças que ela tirou sabe-se lá de onde, Virginia levantou-se rapidamente da cama e partiu para a maçaneta da porta. Nisso, algo segurou muito firme seu braço. Ela não teve coragem de ver o que era, se debatendo, sua voz retornou e ela começou a gritar.


...


— Meu amor, se acalma, falava a mãe abraçando Virginia, que estava desfigurada e pingando de suor da cabeça aos pés.

Virginia então abriu os olhos e estava nos braços da mãe.

— Você estava tendo um pesadelo e gritou muito, até me acordou, falou a mãe.


Aos poucos ela foi entendendo o que se passava e se recuperando de tudo aquilo.

— Vou dormir aqui com você, disse a mãe, preocupada com o estado da filha.

Amanheceu e Virginia sentia-se bem. A mãe já havia se levantado e preparava o café.

— Ufa, tudo não passou de um sonho! Respirou aliviada.

Ao terminar de se arrumar, Virginia foi até o espelho do banheiro para se pentear. Ao olhar fixamente para o seu reflexo no espelho, ela deixou o pente cair de suas mãos,
Boquiaberta, viu que seu braço estava arranhado e com um hematoma, como se fosse marcas de mão. 

Nisso a mãe entra no banheiro e Virginia começa a mostrar o braço e a falar do que havia acontecido.
Meu Deus! pensou a mãe, ela continua com esses delírios sempre na sexta-feira 13, pois a lembrança do pai ter desaparecido nesta data a persegue sempre. 







Créditos do blogger Histórias Fantásticas /Editado por Eduarda

Não suba ao 3°andar






                Sheila estava em casa pensando em algum lugar para passar suas férias e poder sair um pouco de casa, ela então se lembra da casa que seus pais haviam deixado para ela de herança e que ficava no interior de uma cidade muito pequena chamada de Chester Cordeiro Pinheiral.  Assim Sheila arruma suas malas e decidi ir viajar no final de semana e, passar um tempo nesta casa onde era um lugar bem sossegado.
                Chegando lá ela estaciona o seu carro e desce dele e, em seguida ela vai abrindo o portão com força e segurando suas malas. Enquanto ela andava até a porta de entrada, ela olhava tudo em volta, vendo e admirando o quanto era grande aquela casa por fora e era bem moderna, ela também percebeu que na verdade era um sítio que tinha um bosque atrás da casa, Sheila havia esquecido pois a ultima vez que ela esteve ali, ela tinha uns nove anos.
               Sheila então pensa que vai que vai ser muito proveitoso esses dia que ela iria ficar ali, ela sobe e se instala em um quarto no segundo andar, lá ela arruma o quarto, varre e deixa do jeitinho dela. Mais tarde quando estava à noite ela toma um banho e desce para a sala senta em um sofá grande e de cor branca, e começa a mexer em seu notebook. Distraída ela olha para o lado pois chamava muito atenção uma luz que vinha de fora da janela e as cortinas se mexiam muito por causa dos ventos que estavam muito forte, então ela fica encarando fixamente essa janela já com medo, ela volta a olhar para o notebook e vê que ele tinha desligado sozinho, ela aperta o botão e nada de ligar, assustada ela dá umas batidas nele para ver se consegue ligar pois não estava conseguindo de jeito nenhum, então de repente o
notebook liga novamente sozinho do mesmo jeito que estava, então ela continua escrevendo sua redação da coluna de uma revista pois ela trabalhava com isso. Depois ela lembra que estava de férias e que não era para ficar trabalhando, ela então deixa tudo para lá e sobe para dormir.
               No dia seguinte ela resolve fazer uma caminhada durante a manhã por traz da casa, assim ela andando pelo sitio e dando voltas conhecendo o lugar, Sheila avista um lago muito bonito com água cristalina, ela olha bem e resolve se jogar com roupa e tudo, ela aproveitava bastante e se divertia muito, daí de repente estando dentro d’água ainda ela sente uma presença como se alguém a estivesse vigiando tomar banho, ela olha para um lado, olha pra o outro procurando e, nada, achando que era coisa da cabeça dela afinal ela estava sozinha ali. Ela mergulhou novamente e quando sobe com a cabeça ela vê homem parado na frente dela, ela da um grito e saiu da água correndo, o homem pede para a senhorita ficar calma então ela torcendo sua roupa na tentativa de secar, ela pede desculpa ao homem e fala que ela levou um susto, pois não esperava que estivesse mais alguém ali, e em seguida ela pergunta quem ele era e o que estava fazendo? Ele diz que é o João o caseiro desse sitio e, ela pensa que por isso ela tinha visto uma luz vinda do lado de fora na noite passada era a casa dele, então João pergunta quem era ela, Sheila se apresenta e fala que a casa era dos pais dela, e explica que a muito tempo ela não visitava esse lugar ela ainda diz que aposta que foram seus pais que o contrataram,ele balança a cabeça afirmando que sim com um sorriso bondoso ele pergunta também se ela ia passar um tempo ali, Ela diz que pretende aproveitar as férias ali, ele  então deseja boas vindas e diz que o que ela precisar ele estará na casinha dele ao lado,mas ele só aconselhou uma coisa, que ela não subisse para o terceiro andar é que era melhor ela se ocupar só até o segundo andar, porque o terceiro estava com muita poeira da obra e não daria para ficar.
               Então Sheila volta para casa e resolver ficar em seu quarto lendo um livro, e do nada ela começa a sentir um cheiro muito forte, mas não era de poeira, ela sai do quarto, pois não aguentando mais, chegou a botar a mão no rosto para tampar o cheiro.


              Depois ela vai até o caseiro perguntar a respeito daquele cheiro vindo de cima, mais no meio do caminho ela resolvo não perguntar mais, e decide falar de uma festa que ela queria organizar, ela  pergunta ao caseiro se havia pessoas morando ali perto ou vizinhos que possa convidar para sua festa, afinal ela queria fazer alguma coisa para acabar com o tédio e começar a socializar, ele responde que não tinham pessoa morando ali perto e que se ela quisesse teria que andar 1h dali. Sheila acha estranho aquilo. e ele continua falando que quase ninguém gostava de morar por aquela parte da cidade, pois tem muito mato e que as pessoas preferiam o centro
(mas como sempre ele sendo muito simpático) Então ela ficou conformada mais chateada que não haveria festa.
         Outro dia ela vai à casa do caseiro novamente, e dessa vez para perguntar realmente sobre o que seria aquele cheiro, ela então pergunta diretamente e enquanto ele respondia ela olha disfarçadamente para dentro da casa Dele, ela o interrompe e pergunta se ele trabalhava em alguma marcenaria, pois havia muitos ferramentas e objetos de construção, ele responde que sim e que também está fazendo alguns pequenos concertos na parte do terceiro andar, ela olha para ele com um olhar desconfiado mas no final  ela acredita e dá um pequeno sorriso.               
            No outro dia ela vai até o centro da cidade fazer umas comprar no mercado e percebe que as ruas estavam completamente desertas, ela achou muito estranho de não ter ninguém nas ruas de uma cidade, ela chega ao mercado e vê que estava vazio, ela pega algumas comidas e vai até ao caixa pagar, tinha somente um homem e ele a atendeu, Sheila pergunta por que estavam tão vazias assim as ruas, ele responde que é uma cidade pequena e que todo estão dentro de suas casas, principalmente em um frio como aquele, ela com uma expressão de sem graça agradece e vai para um outro comercio, quando Sheila chega lá, eis que o mesmo homem que havia atendido ela no outro mercado, estava nesse de novo, ela olha e pergunta se ele era gêmeo do outro vendedor, ele responde que não, era ele mesmo, só que ele era dono de mas lojas, ela pergunta se não tinha algum funcionário para que lhe ajudasse, e ele responde que a cidade e pequena e que gosta cuidar de seus negócios sozinho, ela abaixa a cabeça e entendendo, em seguida ela vai embora, achando tudo aquilo muito estranho.
             Chegando em cada de noite, ela entra em casa e aquele cheiro ainda persistira, ela resolve de vez subir lá em cima e ver o que estava acontecendo, ela vai subindo as escadas com calma e tomando muita coragem, ela anda pelo corredor e lá estavam lonas brancas de construção por toda parte, ela vai passando e tirando-as do rosto com as mãos. Entre os plásticos ela consegue ver a porta de um quarto, com uma porta de madeira,
cada vez mais que ela se aproximava mais o cheiro ficava ainda mais intenso, em seguida ela segura a maçaneta e tenta abrir, ao conseguir entrar ela vê o quarto com varias sacolas empilhada uma em cima na outra, Sheila arregala os olhos não acreditando no que estava vendo e coloca a mão no nariz para abafar o cheiro, e nisso Sheila avista em frente a cama de casal, uma mulher de cabelos pretos sentada no chão com as mãos amarradas, olhando para baixo, Sheila com muita calma pergunta quem era aquela mulher, essa mesma mulher fala mesmo estando muito fraca e com muitos machucados, que ele a manteve presa ali por muito tempo e que ele é um louco e, pediu para que Sheila fugisse dali agora enquanto puder quando ela acabou de falar ela morre, Sheila vendo aquilo começa a chorar. Ela desce correndo com os olhos arregalados apavorada para trancar todas as portas, ela sobe novamente e começa arrumar suas coisas para ir embora.
          O caseiro de algum jeito percebeu que ela estava muito desconfiada e que já tinha descoberto toda a verdade. Sheila ouve um barulho muito forte vinda lá de baixo, era o caseiro batendo na porta com muita força tentando arrombar, e chamando pelo nome dela com uma risada psicopata. Sheila desce as escadas com muita cautela, quando ela acaba de descer ela se joga no chão se rastejando para não ser vista por ele, chegando até a cozinha ela procura por uma faca, e quando Sheila finalmente acha a faca, ela se abaixa na cozinha tremendo e tampando os ouvidos, pois era perturbador ouvir ele chamando pelo nome dela
. Logo depois ela não escuta mais o barulho da porta e nem mesmo chamando pelo seu nome e, ela ainda assustada fica de joelho e vai engatinhando devagar até a porta da cozinha para ver com muito cuidado se ele tinha ido embora, e nisso a energia acabar, ficando totalmente um breu, não dava mais para enxergar nada, ela volta para o lugar e põe a mão na sua própria boca para não gritar de medo, ela então  lembra que não adiantava trancar as portas ele era o caseiro e tinha a chave de todas as portas. Ela continuava naquela agonia e não sabia mais o que fazer, a essa hora ele já devia estar ali dentro. Ela ouve passos e um barulho na porta, ela se prepara e segura firme a faca e de repente a luz volta.


       
 Ela vai andando para a cozinha de jantar tentando fugir, e lá ela encontra pendurado o dono da loja, assustada quando ela vira para trás o caseiro estava ali atrás dela com um serrote, na tentativa de Sheila correr ela cai no chão e ele vai até ela, e vem puxando ela pela perna, falando que ia começar por ali, ela pede para ele soltar e pergunta chorando porque ele estava fazendo aquilo com todos, ela se vira e enfia a fala na mão dele e sai correndo, ela corre até o portão de entradamais o portão estava trancado assim não conseguindo sair, na pressa ela sobe e vai escalando o portão, mas quando ela chegou ao topo tinha pontas pontiagudas ela acaba furando a mão, ela com a dor acaba se desequilibrando e cai lá de cima levando um tombo, quando ela levanta o caseiro já estava em cima dela e falando que não adianta fugir, você esta nessa cidade sozinha, Sheila com toda a sua força se levanta e corre muito para trás da casa, mesmo com sua mão machucada e sangrando muito, no meio do caminho ela perde todo o fôlego e não aguentado mais ela senta atrás de uma árvore se escondendo, e pensa que deve esperar até o amanhecer para conseguir fugir daquela casa, essa noite ela iria ficar se escondendo aonde der.

            De manhã quando ela acorda estava dentro daquela casa no 3°andar sentada em na frente da cama com os cabelos jogados. Sheila de repente acorda ofegante e como coração acelerado ela estando meio tonta, para olha em volta e se dá conta de que estava deitada em uma cama de um Hospital, logo depois vem um doutor muito bonito e muito atencioso perguntando como ela estava se sentindo, ela responde com a cabeça que sim, Sheila pergunta onde ela está, o doutor reponde que ela está no
Hospital de Santa Mendes e explica que ela sofreu um acidente e machucou muito grave a mão, mais que agora estava tudo bem com ela, ela pergunta quando tempo ela esta ali, o Dr. Emanuel fala que ela estava ali por volta de 3 dias, ela pensa então que o que tinha acontecido com ela naquela casa não fazia muito tempo. Sheila rir e fala que deve estar horrível a sua aparência, então o Dr. Emanuel fala que não, pois ela estava mais linda do que nunca, Sheila sorri, e em seguida ele a comunica que ela iria receber a visita de alguns policiais. Sheila então começa a falar de tudo que acontecido, de um jeito bem frio e sério pois Sheila falando ainda podia sentir como se estive vivendo aquilo tudo de novo. Passaram-se alguns meses ela já estava recuperada e andando pelas ruas de sua cidade com o Dr. Emanuel, ele fala que vai comprar café para eles dois, ela disse tudo bem e, por enquanto ela vai em uma banca de jornal ver as noticias, ela pega um jornal para ler, quando ela acaba de ler, ela olha para o lado avista um homem conversando com Emanuel, e quando esse homem olha de volta para Sheila, ela fica com uma expressão apavorada, pois ele era o caseiro, que estava ali na cidade onde ela morava.