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Te amo pouco a pouco




          Sol bate na janela ainda penso em você. Ouvia meu avô com um som de machada capinando o quintal. Sinto falta desses dias, de correr pelo quintal, brincar com areia e vento, sinto falta de me sentir assim, como se estivesse em uma fazenda. Mas minha alegria durou por pouco tempo, meus dias de juventude acabaram precocemente.  Ainda tenho 18 anos, mas logo cedo, eu e minha mãe fomos abandonadas pelo meu pai, não sei onde ele está até os dias de hoje. Minha mãe pouco depois de dar à luz a minha irmã mais nova sofre um acidente de carro junto do meu padrasto acabam morrendo.
            Um novo rapaz acaba de aluga a casa em frente, que até então estava vazia já a um tempo. Certo dia ele bate na minha porta pedindo uma informação sobre o apartamento. Ele muito gentil percebe meu rosto jovem e a menina que estava segurando no colo, que eu insistia em dizia ser minha filha, com medo de descobrirem e a tirarem de mim. Antes que a justiça tomasse a decisão dativa resolvi fugir, não queria me separar da minha irmã, não queria deixar ela nas mãos de pessoas desconhecidas e muito menos dos meus parentes que além de tudo moravam longe e nem tios eu tinha. Não poderia abandonar a minha irmã, então tomo a guarda dela e me mudo para um pequeno apartamento, o mais escondido que pudesse.
            A partir disso abrir mão da minha vida, deixando tudo de lado, principalmente os estudos por precisar trabalhar e pagar aluguel, comida etc pedia favor a uma vizinha para que cuidasse dela enquanto eu trabalhasse e no final do mês pagava ainda a ela, por algumas vezes perdoava o atraso. Além de não ter tido nem se quer tempo para meu luto, eu seguia meus dias assim. Eu dedicava a minha vida a cuidar da sua irmã recém-nascida. Minha vida girava em torno desse monótono rotina. Muito inexperiente tive que aprender a lidar com os desafios de cuidar de um bebê, a vida me obrigou a me tornar responsável. Todas as vezes que eu cantava brilha estrelinha em noites difíceis, eu acabava por sempre chorar. 
            Minha irmã já estava engatinhando e certa vez foi parar na casa do vizinho novo que estava com a porta aberta, fui lá até busca-la. Quase na entrada de sua casa levo um susto ao ve-lo, ele olha para mim com olhos admiráveis e compreensivos com a bebê no colo.
Coloco a minha mão sobre a sua para conseguir pega-la no colo e me desculpo mais uma vez pelo incomodo. Olho em volta da casa, em que não pude deixar de repara que parecia casa de avó clássica que tem aquela pano de enfeite de mesa, pinguim de geladeira e sexta de frutas falsas me causa nostalgia. De repente ao lado e vejo um arco, desses de cabelo, com estrelas, ele olha em minha direção para onde eu estava olhando e diz que tinha achado em um parque de diversões. Respondo que coincidentemente a um tempo atrás tinha perdido em um parque e nisso começamos uma conversa de quais parques nós já tínhamos ido. Digo que sinto falta, respondo com voz abafada e um meio com um sorriso. No entanto ele diz que tinha esquecido que tinha guardado, mas com a mudança acabou encontrando em uma das caixas, ele diz que guardou sem a esperança de achar a dona, mas que pensava na história que essa pessoa devia ter ficado triste por perder algo assim. Digo pareceu a história da cinderela e ele sorri. Então nesse caso ele a devolve e a coloca na cabeça da bebê, mas eu me recuso a aceitar dizendo que não poderia aceitar objetos de estranhos. Ele diz que ficaria melhor nela do que nele e parece que a bebê realmente gostou, não parava de sorrir. Ele diz que estou me saindo bem, estou certa de não confiar em todos tão fácil assim.
            Acordo de madrugada com uma ligação de uma chamada restrita e a bebê começa a chorar então canto novamente para faze-la dormir.
“Eu sei que sente falta da nossa mãe, mas eu vou estar aqui com você e te protegendo. Você vai ser ainda muito feliz, você vai ser quem você quer que seja. Vai crescer uma menininha linda e muito saudável. Desculpa se eu fui um pouco egoísta, talvez você tivesse uma ida bem melhor em uma família, ou até mesmo em um orfanato, mas você é minha única família. Eu te amo muito viu.”
            Em um sábado chuvoso, minha vizinha, que não era minha amiga, mas alguém a qual confiava em deixar a bebê enquanto trabalhava. Hoje ela veio na minha casa me cobrar o dinheiro do mês em que cuidou da bebê. Ela falou algumas coisas do trabalho dela e foi até o assunto do novo vizinho, a qual ela dizia achar ele misterioso, porém jovem e bonito e me aconselhou dizendo que eu era ainda muito jovem, e precisava viver, seguir a minha vida, mas nem ela mesma sabia do meu segredo. De tarde coloco a bebê para dormir e sento no sofá velho de minha sala. Coloquei uma música na internet e aos poucos a música foi me fazendo levantar e comecei a dançar, aquele momento foi o meu momento, peguei uma escova de cabelo e fingir ser meu microfone a sala já não era uma sala se transformou em um palco. Até que ouço uma voz chamar meu nome e paro imediatamente. Quando eu percebo que tinha deixado a porta aberta. Era o vizinho que me encarava com a testa franzida de um jeito que fazia me questionar se eu deveria estar ali mesmo, um olhar intimidador que me deixou envergonhada por me ver assim.
“Essa música é da banda que eu fazia parte quando era da escola, não sabia que ainda estava no youtube.” A voz dele suava super grave e até que bem muito bonita.
“E hoje em dia no que trabalha?”
“Hey, você gosta sorvete?”
“Em? O que? Por acaso ta me convidando pra sair?
“Na verdade eu ganhei esse napolitano e eu não gosto muito"
"Ai não, como eu sou... é que eu pensei..."
"Bom eu tava esperando para chamar assim que entregasse o sorvete, mas já que tocou no assunto.”
“É que bebê não toma ainda sorvete e eu não poderia comer sozinha” Fecho a porta depressa.
            No meio da semana venho do trabalho olhando para a janela do ônibus pensando em buscar a bebê na casa da vizinha, em seguida ainda preparar o jantar, pois já tinha feito miojo a semana passada toda. Depois disso tudo estaria já cansada para fazer qualquer outra coisa. Pego as chaves e abro a porta,  entro em casa e coloco a bebê na cerquinha e minha mochila no sofá e acendo as luzes. Demorei a perceber, mas a casa estava limpa.
“Gostou da limpeza?”
“Como você entrou aqui?”
“Eu pedi suas chaves a sua colega”
“Porque?”
“Eu vi que você estava tão sobrecarregada, não deve estar sendo fácil para você trabalhar e cuidar de uma bebê sozinha”
“E o que você tem a ver com isso?” cruzei os braços.
“Bom espero que tenha gostado da limpeza” Ele coloca uma flanela na mezinha do meio da sala. “Boa noite!”
“Inacreditável, o que ele ta tentando fazer?”
            No dia seguinte vou até a minha vizinha dizer que não tinha dado a autorização de entregar minhas chaves para um estranho.
“Me desculpa, eu achei um ato de gentiliza você realmente anda cansada, ele foi tão convincente.”
“Eu não confio nele, algo nele é estranho” fico com cara emburrada. “Além do mais ele não é responsável em usar o fogo, um dia desses eu vi ele na cozinha, ele é atrapalhado, mas o engraçado é que eu gostei dele mesmo assim, o que eu to dizendo? mas ele não tem nada a ver comigo.
“As vezes o que a gente idealiza, o que você pensa que quer, nem te faça tão alegre como ele.”  Ela sorri  “ Acho que ele está mesmo interessado em alguém”
“É ele me chamou para sair.” O que é estranho, se interessar por mim, assim toda descuidada, feia e principalmente sabendo que tenho uma filha. De qualquer forma não aceitei”
            No outro dia foi estranho, eu sonhei com o ele e acordei pensando nele, desde o dia fico pensando nele. Encontrei com ele no corredor e tomo uma decisão.
“Se não for tarde demais eu aceito sair com você, mas só posso no sábado”
Ele dá um sorriso.
            Fomos em um parque desfrutamos a companhia um do outro, compramos algodão doce e caminhamos olhando as estrelas. Damos as mãos. Ele para o que estava fazendo para olhar para mim, sob a luz da lua com um olhar de admiração. Ele parecia ter esperado a hora perfeita, ele se inclina lentamente, dando-me a chance de afasta-lo se eu não tivesse pronta. Sinto que se beijasse ficaria feliz, mas eu desvio, mas ele não fica frustrado ele me abraça e continuamos a andar. Vejo um bichinho na rua e fico assustada, ele mata e ameaça a jogar em mim, um momento em que me senti uma adolescente.
“Estou curioso sobre uma coisa”
“Eu repondo tudo que não seja relacionado a minha filha, tudo bem?”
“Você realmente tem um rosto muito jovem, mal posso acreditar que já tem uma filha”
“Eu consigo sozinha, eu trabalho no supermercado, eu consigo levar comida, pagar o aluguel.
“Você é admirável sabia?”
“Eu não sou admirável, na verdade sinto pena de mim mesma, eu nem nunca tive um namorado”
“Como assim?”
“Quer dizer... Bom agora você deve pensar algo bem ruim de mim, não é?”
“Não, não estou não, como disse você é muito forte e obviamente linda!”
“Eu? Quer dizer. Obrigada, é muito gentileza sua.”
Mas os dias eram assim, um dia luta, o outro de alegria, hoje foi de alegria, a quanto tempo eu não me sentia assim, mas no outro dia foi um dia difícil, pois eu tinha sido dispensava do trabalho e logo quando cheguei em casa comecei a me sentir mal, sentia que estava com febre e a bebê não parava de chorar.
Mas nesse momento em que eu estava doente, o vizinho mais uma vez se intromete, mas de forma boa e cuida de mim. Tinha uma olhar que, olhando, pode-se ver a preocupação.  Me deu comida na boca. Eu acabo chorando dizendo que ninguém tinha cuidado de mim assim. Ele me dá um beijo demorado em minha bochecha que eu não queria, franzo o cenho. Ele se aproxima mais uma vez e ele rouba um beijo, mas eu não correspondo, mas na verdade tinha gostando e ele ainda mais, pois por outro lado ele parecia também não querer admitir isso. Ele até faz uma piada sobre o meu beijo, chamando de beijinho e bagunça meu cabelo. Mas sinto que se eu não o afastasse, ele então iria para outro ainda mais apaixonado. Ele era bem energético e não ficava parado fazia gracinhas, mas em momentos difíceis ele levava com seriedade me animava com o seu jeito pateta.
“Beijo” ele pergunta com a mão em meu rosto fazendo carinho “Você quer mais? “
“Boa ideia, acho que pode ser” Respondo sorrindo.
Ele coloca a mão nos olhos os esfregando e abaixando a cabeça e sorrindo envergonhado. Ele coloca um beijo em meus lábios e nós sorrimos entre o beijo. Um beijo que continha amor, na qual nunca tinha sentido antes, parecia um sonho. Por um gesto simples a gente acaba se apaixonando, algo que não dá para explicar, mas toca o coração da gente, algo cativa. Parece que toda vez que ouço a voz dele bondosa, parece que interpreto o que tem dentro do coração dele.
            Quando eu me sentia um pouco melhor ele me convida para ir a uma premiação, mas recuso por não ter uma roupa adequada, mas não digo nada para ele. Simplesmente ele aparece com vestido que a vista era exatamente do meu tamanho.
“Mesmo assim eu não poderia aceitar”
“É um presente de aniversário adiantado, ou pode pensar que é um presente pelo nosso encontro”
“Ta bem eu vou”
“O que você ta fazendo que ta me deixando ficar assim apaixonado por você”
            O dia da premiação dele chegou, ele estava concorrendo algum prêmio da qual eu nem perguntei, mas iria apoiar ele. Nem sabia em que ele trabalhava até hoje. Colo meu vestido e me produzo. Me olho no espelho a qual mal me reconhecia, eu estava me sentindo bela pela primeira vez depois de um tempo. Pego a bebê no colo para levar até a vizinha tomar conta e percebo que ela estava muito quente. Corro de vestido e salto para pegar um ônibus e leva-la para o hospital.
O vizinho bate na minha porta, mas ninguém atendia, ele então grita pelo nome dela, Faz uma ligação e vai atrás dela.
Já no hospital eu corro para a emergência, mas ainda espero por um tempo em umas cadeiras e tento botar um lenço molhado em sua testa. Começo a chorar pedindo que ela fosse atendida e finalmente ela é levada e eu entro junto.
Quando finalmente o vizinho me acha eu estava sentada em uma das cadeiras de espera com as mãos no rosto.
“ O que aconteceu?”
“Não era para você estar na premiação?”
“Quem liga é só uma premiação” passa seu braços sobre meus ombros “ Eu soube da bebê como ela está?”
“Ela tem alergia a ao leite que eu tava colocando na mamadeira, ela está em observação, mas agora ela esta bem, o pior é quando ela sair daqui, eu não tenho dinheiro para comprar os remédios, eu acabei de pagar o aluguel e paguei para fazer essa maquiagem para hoje e esse penteado. Dizia em prantos.
“Está tudo bem, eu estou aqui.”
Ele volta com um copo de água.
“Você está melhor?”
“Não precisava ficar no hospital”
” vamos passar por isso juntos” 
E ali a sementinha do sentimento desabrochou. Nesse momento seu abração era tão hospitaleiro, acolhedor me aceitando em seus braços, me sentia protegida e bem-vinda. Ele estava a minha disposição o melhor que ele era e podia.
“Olha eu sei que você não vai aceitar, mas deixa eu pagar os remédios”
“São muito caros”
“Esse valor não é nada para mim ao preço de ver ela bem.”
            Ele diz que vai ao banheiro, mas deixa cair a sua carteira do bolso, a qual tinha aberto e caído seus documentos de dentro. Cato um por um e vejo uma corrente do poder judiciário. Nesse momento só penso em pegar a bebê e fugi com ela. Corro e vou para a sala de hospital, pego a bebê no colo e fujo. Quando ele finalmente volta ele não me acha mais por lá. Ele sai com seu carro desesperamente atrás de nós duas. Entro em um restaurante e fico por lá até fecharem. Saio no meio da madrugada com a bebê chorando, pensando em um lugar para passar a noite, mas ele me achou.
“Sobe no carro, é perigoso esse bairro, além do mais sua irmã vai ficar mais doente”
“Como você sabe que ela é a minha irmã? Você mentiu pra mim todo esse tempo”
“No início sim é o meu trabalho, fazia parte do meu trabalho descobrir mais informações sobre vocês, mas depois de um tempo eu descobrir que não estava mais fazendo o meu trabalho eu estava por conta própria me interessando por você.
“Eu não vou entrar em um carro de um mentiroso”
“Não me faça”
Ele me pegou pela braço e me colocou a força dentro do carro e me deu seu casaco, e do lado de trás fiquei com a bebê no colo.
“Eu sei que não quer falar comigo, mas eu comprei os remédios dela e estou levando vocês para casa.”
Chegando no apartamento.
“Você quer que eu diga obrigada?’
“Não ta tudo bem, eu mereço isso. Eu já vou indo”
“Espera” ele hesita em continuar andando” Por favor não tira ela de mim, ela é a minha única família”.
“Fica tranquila eu não vou, como eu disse, eu me importo com vocês. Quando eu digo que eu te amo eu realmente quero dizer, eu realmente sinto isso. Vou fazer o possível”
“Agora sim obrigada” Ele me dá um beijo na testa e entra na sua casa.
“Bom dia, passando aqui para dizer que te amo.
“É reciproco esse sentimento, eu também te amo”
“Trago boas noticias”
“ O jeito de você ficar com a guarda da bebê é...” Ele se ajoelha na minha frente com uma flor, em que nela tinha uma aliança. “ Aceita se casar comigo?”
Meu olhos não podiam acreditar no que estavam vendo.
“Será que é possível dizer mais que um sim”
“ O que?”
“Nada, eu aceito com toda certeza”
            Nos abraçamos e beijamos e a bebê sorri. Finalmente nos casamos e vamos morar em um condomínio.
“Você já decidiu em que lugar quer comer hoje? Já foi naquele aqui perto?”
“nunca... ele pega na minha mão e fica brincando com os dedos... você já?
Depois de terminado os estudos, minha irmã já estava uma adolescente até mesmo já tinha um namorado e eu descubro que estava esperando um bebê.
“Você me ama? Pergunto a ele.

“Sempre e para sempre.”


O que virá?




      Andando de carro indo viajar com a minha irmã mais velha e o meu cunhado para a virada do ano, na verdade não queria estar indo viajar porque esse foi um ano muito agitado e eu queria passar com os meus pais em casa, porém eles me convenceram de que seria divertido então eu topei. Estava eu na estrada viajando no banco de trás vendo minhas conversas com Augusto no celular, sorrindo por algumas mensagens e ficando tristes por outras, criamos uma amizade além dele sempre ter sido fofo comigo, mas na verdade só chegamos a ser isso mesmo amigos, porém por alguma circunstância devido a ele sair da faculdade para buscar um outro curso que ele queria, eu acabei por revelar que como me sentia, como eu poderia agora não ver mais ele, e que sentiria saudades. Bom chegamos a marcar de nos vermos em outro lugar, mas aí ele disse que na verdade não buscava um relacionamento no momento. Bom não nos falamos depois disso embora estivesse ainda triste e com nó na garganta, não sei se fico feliz por ele ter sido honesto comigo ou triste misturado com raiva por ele pensar assim. Enquanto estava na janela com todos esses devaneios, meu cunhado liga o rádio e anunciam uma informação, era de que a parte da ponte Rio estava fechada e ninguém poderia sair da cidade. Não estávamos entendo o porquê, só que estávamos indo para lá. Nesse momento o carro bate em alguma coisa, parecia ter sido uma pedra enorme. Ele parou o carro e nós levamos um susto, minha irmã faz uma piada perguntando se ele tinha atropelado alguém, olhamos pela janela somente meu cunhado saiu carro olhando para traz vendo o que tinha acontecido. Eu e minha irmã ficamos pacientemente esperando.

– Maria estou falando com você, saiu desse celular menina.
– O que você falou?  pode repetir? – Dizia deixando o celular no colo parando de olhar por um minuto –
– Quem é Augusto?
– É um amigo
– E porque está com essa carinha de triste?
–  Gente. Aparece meu cunhado­­­­ da janela nos dando um susto – Não sei em que o carro bateu, só sei que esvaziou um dos pneus teremos que ficar aqui por um tempinho esperando, mas vou ligar pedindo ajuda.
            Nesse dia fazia um calor dos desertos e nos só tínhamos uma caixa com uma garrafa de água congelada. Saímos do carro para ir buscar no porta malas a água e nisso fico aliviada por estar esticando as pernas um pouco, olho ao redor de onde paramos e estava tudo vazio nenhum outro carro, era um lugar onde nunca estive antes da qual me lembro e já estando muito longe de casa. Encostada no carro ponho meus fones de ouvido me abanando com um pedaço de folha. Minha irmã enquanto bebia água, meu cunhado ligava novamente o rádio do carro para ver como estava as notícias de acordo com o fechamento da ponte. Ligo a internet do meu celular já sem esperanças de que tivesse mensagem dele, espero alguns segundos e vejo nas notificações que tinha uma mensagem dele, fico com o coração disparado, realmente não esperava, então tento me acalmar e visualizo o que ele tinha dito.

“Onde você está? está tudo bem?”

Não entendi aquela mensagem, porque ele queria saber onde eu estava, porém respondi.

“Estou indo viajar com minha família”

– Meninas precisamos sair daqui agora. Dizia meu cunhado

– Como? A ajuda não chegou ainda. Dizia minha irmã sem entender nada
Eu tiro os fones de ouvido vendo a cara deles preocupados.
– O que aconteceu?

– Fiquem calmas
– Oque? Perguntávamos as duas assustadas
– A rádio informou que ninguém vai poder ter acesso a ponte, para que não correm perigo, pois um meteoro está preste a cair e provavelmente em direção ao mar.
– Mas se continuamos aqui vai ter um tsunami, não vai adiantar nada a água vai vim para esses lados de cá, o que vamos fazer agora?

Eu fiquei sem reação, não falei nada umas das piores sensações é aquela que você sente que não tem saída.

– O único lugar alto que poderíamos ficar seria depois da ponte Rio, mas eles não estão deixando passar e até chegar lá está um caos do engarrafamento. Dizia meu cunhado

– Isso não é justo eles deviam liberar e deixar lutarmos pelas nossas vidas. –Dizia em meio ao choro e desespero. – E agora vamos volta para as nossas casas?
Ele ponhe a mão na cintura pensando, e aquilo me assustava ele tentava se mostrar calmo, porém via nos seus olhos que ele estava com medo e estressado.

– Vamos voltar em casa buscar seus pais e procuramos um lugar alto. Dizia ele.
            Volto a olhar o meu celular tocando, não conseguia ouvir, estava no ponto em que as redes estavam perdendo o sinal e interferência impedia de ouvir a voz, alguém tentando me falar alguma coisa, depois de muita dificuldade conseguir ouvi.

– Alô? Maria onde você ta?
– Augusto? Eu to voltando para casa não tem jeito mais.
– Você precisa vim para cá. Fica calma vou te falar onde estou ouve com atenção.

Nunca tinha visto ele falar daquela forma tão sério.
– Você tem que continuar indo para a ponte agora, ou depois pode ser tarde demais para passar por lá. Existe um caminho, teremos que passar por baixo da ponte a pé para podermos chegar do outro lado.

– Mas eu tenho que buscar meus pais, além do mais o carro quebrou não teria como chegar ai Augusto

O céu fica nublado de repente e a ligação cai.
– Quem era Maria?  Perguntava minha irmã
– Augusto me disse que temos que continuar indo em direção a ponte, tem um lugar onde podemos ultrapassar.
– Ok. Vocês precisam ir, eu vou na casa de vocês buscar seus pais.
– O que? Não meu amor, vamos todos juntos.
– Vai com sua irmã agora.

Recebo uma outra ligação

– Mãeeee. Digo em meio ao choro. Ligo o viva voz do celular
– Meus amores vocês precisam continuar indo, não venham aqui, não vai dar tempo, vocês precisam ir.
– Não... vamos ir ai sim.
– Estamos bem, vamos ficar bem eu prometo, vamos lutar, vamos procurar um lugar alto.
– Tem certeza? Você promete mãe?
– Eu amo vocês!
 A ligação cai
 minha irmã não parava de chorar

– EU NÃO VOU DEIXAR MEUS PAIS. Dizia com lágrimas nos olhos indo sozinha a pé para casa.
Eles gritam meu nome pedindo para voltar
Um carro aparece era um carro onde augusto estava dentro. Augusto sabendo da situação sai do carro correndo e vai atrás de mim.
– Maria escuta, mesmo que você quisesse estar com seus pais, não ia dar tempo de você chegar lá... no meio do caminho a água poderia já ter te alcançado.
– Não me importa. Continuo andando
Augusto olha para o céu nublado
– Maria, me escuta temos que ir agoraaa!!! Eles vão ficar bem eu prometo. Dizia olhando dentro dos meus olhos, e aquilo de alguma maneira me trouxe um pequeno conforto e confiança. Ele me carrega no colo a força e me coloca dentro do carro.
            Chegando quase que perto da ponte as ruas já estavam cheias de carro era impossível a passagem do carro que estávamos e o tempo cada vez mais ficava escuro, mesmo sendo ainda as 16:00 horas da tarde. Deixamos o carro no caminho e fomos andando até a divisa, onde deveríamos passar ainda pelos guardas, para pegarmos o caminho debaixo da ponte. Distante ainda andando até a frente de longe observei discussões entre duas pessoas, outras pessoas estavam muito violentas, olho para o lado e vejo uma pessoa discutindo com um guarda, esse mesmo policial é atingido com um soco por esse homem, eles começam a brigar, nesse momento eu fico muito assustada e nós paramos de andar na hora. Esse homem de repente desiste de brigar, ele olha para trás, encara toda aquela multidão e em seguida se joga na água ponte a baixo, o policial tenta impedi-lo e acaba quase caindo também. Vendo aquela cena eu fecho meus olhos e grito, mas parecia que tudo e todos até os pássaros tinha ficado em silêncio quando ouvimos um estrondo no céu forte e as águas se movimentava agitada.

– Precisamos ir, dizia Augustos junto de sua família
– Ta ventando muito, estou com medo de passar tão perto da água. Dizia olhando a imensidão do profundo mar.
Um dos policiais falava com alguém no telefone, parecia ser ser sua esposa.

– Amor está tudo bem por ai?


– Sim, eu e o Bernardo estamos bem!.
– Eu tenho que continuar aqui trabalhando, vai ficar tudo bem, mas eu queria dizer que amo você mais que tudo, que o Bernardo é a minha vida.
E assim ele joga o celular no mar e continua seu trabalho impedindo as pessoas de ultrapassarem.

            Nós corremos para baixo das estruturas da ponte e era um caminho longo até chegar do outro lado, não sabíamos se iria dar tempo, mas estávamos fazendo isso, eram 7 pessoas no total, algumas outras pessoas vieram com a gente outras acharam loucura fazermos isso. O fato é que a água na ponte de ferro que estávamos passando estava na altura do meu pé e mais pra frente meus pés desapareceram só continuava andando, mas não via mais a ponte de ferro que estava andando, imaginava que mais pra frente não conseguiríamos andar, porém não temos como voltar mais também estávamos encurralados. Eu não sabia sequer nadar, fico desesperada quando começa a chover sinto meu pé andando com dificuldades, mas não via a ponte onde estava andando só via água do mar raivosa e do meu lado e aquilo me causava muita aflição. Augusto estava na minha frente ele segura minha mão me guiando e me puxando. Conseguimos chegar na parte mais alta, porém quando descia novamente parecia não ter mais ponte somente água, Augusto continua me guiando, até que eu me desiquilibro ele me segura firmemente com seus braços e consigo prosseguir.
            Foi uma longa caminhada difícil e com muita concentração, quando vi a terra firme não podia acreditar que tínhamos conseguido finalmente passado. Continuamos a correr, e fomos subir uma montanha, mas estava tão cansada que parecia que meus pés iam paralisar a qualquer momento.
            Estando do alto víamos a multidão e com lágrimas nos olhos eu evitava olhar para o mar, não me sentia segura ainda, pensava que talvez a proporção da imensidão do mar alcançasse ali onde estávamos.
Esperamos por algumas horas, eram 23:30 quase perto da virada do ano, Augusto veio até mim e me abraçou.
– Nós vamos conseguir.
– Porque não deixou eu morrer?
– Porque eu te amo Maria, essa é a verdade
– Precisou acontecer tudo isso para você me dizer isso. – Conseguimos sorrir.
Deu 00:00 dia 1 de janeiro estamos no alto, mas nenhum sinal de fogos apenas um estrondo do mar e uma claridade como se fosse de tarde, primeira vez que foi dia a noite. Vento muito forte e sentia um tremor de terra. Corremos para dentro de uma caverna que tinha na montanha e ficamos por lá. Todos ficamos abraços em grupo o tempo esperando aquilo tudo passar. De manhã fomos para fora e não reconhecemos a cidade, tudo estava tomado por água. Botei a mão na boca e comecei a chorar.
            Dias se passaram essa notícia não parava de circular pelos noticiários, busca de emergências, soldados, bombeiros, médicos estavam sobrevoando. Nos resgataram fomos para um hospital para sermos atendidas. Quando chego lá vejo duas pessoas deitadas tomando soro, quando chego mais perto eram meus pais.

– Mãe? Pai? Não posso acreditar!!

– Minha filha vem cá. Diziam os dois

– Cuidado, não abrace ele muito forte, seu pai quebrou a costela.
– Onde vocês ficaram?
– Um amigo antigo nosso foi buscar a gente avisando para ficar do lado de fora que uma ajuda viria, uma equipe de resgate de um helicóptero. As pressas o piloto disse que só poderiam vir dois, nosso amigo disse para eu e seu pai irmos primeiro, e ele disse tranquilamente que iria dar tempo de buscar ele depois, sendo que nem mesmo a equipe garantiu que iria dar tempo de eles voltarem. Já a caminho o piloto nos conta que poderia voltar, mas o comandante deu a ordem para ele não fizesse isso, ele já tinha quebrado a regra de ter ido lá buscar nós dois. 
Todos nos chorávamos ao ouvir a história.

– Mesmo ainda doendo tantas perdas, agora teremos que sarar as feridas de nossos corações e começarmos outra vez.



Imagine




Day: mozao lembra de quando pegamos o ônibus juntos?
Erick: ônibus juntos?
Day: sim...primeiro eu peguei o ônibus e fiquei admirando suas mãos e pensei: garoto das mãos bonitas...ai eu peguei o ônibus com você de novo e pensei: deve ser destino...e depois de um tempo nunca mais te vi....ai fiquei triste e depois minhas amigas descobriram seu nome e seu face mas não tive coragem de mandar solicitação, ai depois conheci o veterano nosso amigo e ai ele me incentivou a mandar solicitação e depois passamos a nos falar e olha só ...estamos juntos...de uma paixão de ônibus pra um amor de verdade.
Sorrio
Erick sorri: as vezes você é tão boba, mas tão fofa...eu me apaixono a cada dia.
Day: mas sabe eu registrei todos os nossos momentos. Pena que do ônibus não.
Erick: registrou sim aqui eu e você com filtro de cachorro.
Day: aaah mas isso aí a gente já estávamos próximos, to falando da primeira vez que te vi.
Erick ri*
Erick: e quando eu te dei aula de judo!?
Day: eu não queria, mas fui por você, você estava tão feliz com minha presença.
Erick: eu notei que você não queria mas eu queria mesmo você por perto .

Flashback**

Day: Erick...eu não vou eu não sei luta!
Erick: eu te ensino.
Day: mas Erick...
Erick: vamos você é minha amiga tem que ir ...
Day suspire**
Day: ta bem...

Na sala de luta***

Erick: tudo que VC precisa é manter foco! está prestando atenção?
Day: to...
Erick: blz agora vem fica em cima de mim que vou te mostrar a defesa.
Day: e...não é uma boa ideia!
Erick: Veeem logo!
Day: tta...
Erick: agora tenta se soltar!
Day: mas você prendeu minhas pernas !.
Erick: por isso mesmo você tem que se defender!
**Day tenta se soltar mais cai em cima do mesmo faltando pouco se beijarem**
Erick: ta fazendo errado
Ele a olha sorrindo*
Day: to?
Ela olha ele**.
Erick: ta...tenta se soltar
Day tenta se soltar mas acaba o beijando por cair ela arregala os olhos o olhado já que os lábios dos dois estão juntos***
Erick a olha surpreso**
Day se afasta porem é impedida pelo mesmo que a puxo de volta a beijando***
Erick: eu te amo mais que um amigo ou irmão
Day: pois eu tambem seu idiotaaa!
Um minuto de silencio**
Erick: Verdade?
Day: eu que pergunto verdade?
Os dois: simm
Ambos sorriem
Erick se aproxima de Day e a beija*

*****
Erick sorri***
Erick: tudo por causa de um acidente ... E olha no que deu começamos a namorar depois desse dia ....
Day: destino!
Erik envergonhado continua paѕѕando aѕ páginaѕ do álbuм indo paras ultimas paginas e vendo fotoѕ dele qυe nυnca havia vιѕтo
Erick: não me recordo deѕѕaѕ fotos....
Day: Não? ah... eѕѕaѕ fotoѕ!? Minhas amigas tiraram pra mim e me mandaram na época qυe eѕtava gostando de você e algumas eu tirei 
Erick ѕe eѕpanta rindo um pouco
Day: ah e ainda tem oѕ vídeoѕ ...
Erιck: vídeo?
Day: é oѕ vídeo da gente ...
Erick dar uma gargalhada: você é realmente uma coisa...υma caiхa de ѕυrpreѕaѕ, eυ тe amo pequena ѕereia .

Day rι: eυ тe amo príncιpe erick 

Mais do que palavras



Eis que chegou o inverno em Nova York. Na verdade não, quero dizer Rio de Janeiro mesmo.
Certa vez Rodrigo estava em mais um dia
corriqueiro vindo de seu trabalho 
esperava seu ônibus no ponto, com sua blusa social de sempre, enquanto chovia torrencialmente naquela tarde. Por sorte seu ônibus veio rápido neste dia.
Já dentro do carro ele olhava através da janela esperando os demais passageiros entrarem. Ele morava bem longe do centro da cidade, morava em uma parte periferia da cidade que é menos privilegiada e desfavorecida da sociedade. Naquele fim de tarde, por voltas das 17:00 enquanto Rodrigo esperava, ele também observava que o ponto de ônibus ficava vazio e deserto e só conseguia ver, entre as janelas molhadas de chuva, uma menina sozinha ainda esperando a sua condução, parecia que iria demorar muito, mas uma aflição tomou o seu coração a cerca daquela menina, porém o desejo sobre querer o bem dela foi tão forte que o ônibus dela acabou vindo rápido e naquele estante ele foi em embora mais calmo.

Naquele mesmo dia no caminho havia um engarrafamento horrível por ser um dia antes de um feriado e além do mais chovendo.
Dois ônibus ficam em parerelo,
 se encontram e ficam lado a lado, até Rodrigo levar um susto ao reconhecer a menina que tinha visto a pouco tempo, aquela menina que estava no ponto de ônibus. Ela usando uma blusa rosa florida, negra e com lindos cabelos castanhos escuros alisado. Rodrigo ficou olhando várias vezes e esfregando os olhos para ver se era ela mesma, ele tenta de tudo fazer sinais, gestos, mas nada fazia ela o notar naquele instante, até seus olharem se cruzarem. De uma hora para outra ele desce de seu ônibus para subir no que ela estava. Ele batia várias vezes na porta pedindo o motorista para abrir, ele paga a passagem e vai ao encontro dela. Senta ao lado dela e fica olhando por alguns segundos tentando se acalmar, da pequena corrida que tinha feito e é claro criando coragem para dizer algo, ele achava que não tinha a menor chance, mas foi mesmo assim até ela.
– Oi, desculpa atrapalhar.
A menina tira os fones de ouvidos.
 – Eu não podia contar com o destino e arriscar não te ver uma outra vez, ele solta um sorriso abafado – Podia me dizer o seu nome?
Nessa hora olho para ele e fico assustada pensando que era uma assalto.
– Oi, eu sou a Marília, desculpa? Digo sorrindo sem jeito.
Quando Rodrigo ouviu o som da voz de Marília ele começa a sentir algo especial por ela.
– Desculpa mesmo, eu não queria assusta-la. Não foi nada.
Ele fica alguns minutos em silêncio e volta a falar
– Só mais uma pergunta! Para onde mesmo esse ônibus está indo?

Eu começo a rir e nesse momento explico para ele. Logo penso que ninguém tinha feito tal loucura só para conhecer uma garota, para me conhecer assim. Ele desceu no próximo ponto, vi o vento o levar mais uma vez e eu fui mais uma vez covarde em não declarar o meu amor pelo Rodrigo.
 Eu sempre o via de longe, pois trabalhávamos próximos e morávamos relativamente perto um do outro, mas acho que ele nunca tinha me visto antes. 

Marília vivia inúmeras eventualidades sobre a vida, um dia alguém apareceria e eu saberia que aquilo era bom e certo. Mesmo que esse encontro tivesse sido aguardado ou deixado de lado repetidas vezes, um sentimento muito forte sempre predominava, fazendo ter esperança.
Já Rodrigo, com o amor ele sempre viveu acomodado, nunca sentiu seu coração acelerar tão forte a respeito de nenhuma das pessoas, que já passaram por sua vida, mas achava que em algum momento isso aconteceria. Ele pensa que quando encontrar a garota certa iria se endireitar pois ele era um pouco descuidado e só pensava em seu trabalho.
– Já se apaixonou filho? Perguntava o seu amigo na casa de Rodrigo.
– Ah não sei... não foi nada demais. Só sai com a Priscila uma vez só.
Eles acabam de tomar um drinque, o amigo de Rodrigo vai embora e ele fecha a porta olha para um lado depois olha para o outro, e a imagem de Marília não saia de sua cabeça logo esse pensamento o toma e se pergunta o que estava acontecendo com ele para ter feito aquilo tudo.
Quando cheguei em casa estava cansada e só queria que esse dia acabasse logo, mas suspiro ao pensar no que tinha acontecido como Rodrigo teve o poder de transformar tudo deixando tudo mais bonito nesse dia, mas não tenho esperança de ser a pessoa certa, aquela que vá mudar ele para melhor, será que eu acredito nisso ainda?

       Era uma semana agitada eu trabalhava como jovem aprendiz, era o meu último ano trabalhando no setor administrativo. Está semana todos nós iríamos prestar serviços a empresa ao lado, iríamos visitar e conhecer, cada uma seria assistente de pessoas que eram nossos superiores. Por surpresa Rodrigo iria ser o meu superior o que não significava quase nada ele era tão pobre quanto eu, mas não precisamos nos envergonhar disso certo? Bom eu pensei que nunca mais iria ve-lo, mas parecia que o destino se encarregada de nós botarem no mesmo lugar. Ele sabia quem eu era e tinha se lembrando, mas fingiu nem me conhecer, que me atitude é essa? além do mais ele não esboçou nenhuma reação que metido. Assim, entramos em uma sala e ele não me colocou para trabalhar me nada e acabei ficando entediada.
– Acho que deveria estar fazendo alguma coisa não? Ele dá um pequeno sorriso ainda sim sem falar nenhum palavra.
Ele estava me irritando ele era um arrogante diferente no dia que ele falou comigo, agora ele nem me olhava nos olhos se quer ao menos falava, só estava focando no seu trabalho me deixando de molho.
– E isso aqui é para que? Pergunto segurando um tipo de grampeador.
– Não é para você brincar com isso, agora tenho que trabalhar e me concentrar. Dizia ele sério.
– Ok entendo. Passam-se alguns segundos
– E agora está fazendo o que?
– Por que logo você foi ficar aqui comigo, eu não posso te olhar se não vou me desconcentrar, vou querer ficar conversando e vou deixar o meu chato trabalho todo de lado, e só vou querer ficar com você, como agora estou fazendo. Dizia ele alterado e olhando para mim.
– Calma, não te ouvi estava com o fone de ouvido, pode repetir? Ele olha para ela sem paciência e volta a fazer o que estava fazendo.
– Já que não esta fazendo nada, faça uns testes na revista, você acredita em bobagem de amor à primeira vista? prontinho aqui está
– Aí não, você deve ser muito sensato para isso.
Você não dá a mínima né? 

– Eu sou muito romântico, se quer saber. Volta a se concentrar
Algumas horas se passaram e Rodrigo viu ela quietinha comendo um pão e um copo de suco sala.
– Então quer almoçar fora hoje? Disse ele.
– Não precisa, não quero incomoda-lo.
– De forma alguma vem comigo, por favor! Quero uma companhia espontânea como você.
Fomo almoçar, mas na verdade parecia um encontro. Alguém na rua que fazia quadro de rosto, Rodrigo pediu para que desenhasse o meu. Depois fomos ao paintball, algo da qual não esperava, um curtindo a companhia do outro. Não foi um daqueles encontros em um restaurante, nem aquele em cinemas típicos, a nossa conversa era tão natural e fluía. Na hora de irmos embora fiquei mais a vontade do lado dele pude sentir-me mais quem eu queria ser, eu dava  resposta super elaboradas e ele só dizia meias palavras, comecei a ficar preocupada e em meus pensamentos achava que ele pudesse estar me achando desinteressante.
E nos pensamentos de Rodrigo, ele achava que ela devia estar sabendo dos sentimentos que ele tinha por ela e que na verdade Marília só está sendo gentil, por pena. Rodrigo não conhecia esse sentimento até tocar o seu coração e não era questão de um querer ou não, seus corações procuravam no mesmo momento.
Eu não sei
talvez algumas pessoas tenham vergonha ou medo de serem românticas se expressar sei la, acho que é o caso dele. Estava Marília com os seus pensamentos.
Voltamos para a sala e a trabalhar, ainda teríamos uma semana toda pela frente trabalhando juntos.
Outro dia voltei para continuar ao trabalho, encontrei ele com uma mulher na sua sala e quando ela me viu chegar saiu e bateu a porta de uma forma muito forte, fiquei calada. Será que ele tinha uma namorada e não me falou.
– Marília, Bom dia! tudo bom com você? Dizia ele feliz.
– Estou bem. Quer dizer estou super mega bem, não podia estar melhor.
– O que aconteceu?
–  Bom sabe eu estou feliz que a sua namorada conseguiu ver o tipo de cara que você é a tempo.
Rodrigo começa a rir.

– Ah então é isso, ciúmes?
– Dá onde você tirou isso? Dizia irritada torcendo a boca.
– Eu sair com ela uma vez e já faz um tempo, deixei bem claro que não sairíamos mais, mas sem eu entender ela veio até aqui no meu trabalho me procurar e falar comigo.
Marília abaixa a cabeça  
– Olha para mim Marília, quando é que você vai entender que a única pessoa que me interessa é você a única garota que quero. Vamos sair daqui é melhor eu digo o que está acontecendo e o que eu sinto.
– Ta bem. Digo sem reação não acreditando no que ouvia.
E então fomos, no lado de fora fazia um lindo dia de sol, estávamos tomando um suco e fico olhando para seu rosto cada parte minuciosamente  no reflexo do sol. 
– Algum problema? pergunta interessado.
Droga ele reparou que eu to encarando
– Porque está pegando no meu pé?
– Eu? Diz Rodrigo dando rizada.
– Sabe vindo atrás de mim no ônibus, tendo dias divertidos.
– Bem, você sabe né.
Eu começo a rir concordando daí fico séria
 – Não, não na verdade eu não sei 
– É... que ultimamente ando sentindo algo por você. Diz olhando para baixo
– Você sabe o que significa?
– Sim. E você sabe o que significa? Pergunto insegura
Ele balança a cabeça e nos beijamos.
– Bom eu também, você não saia da minha mente e... Ele não deixa terminar de falar e beija impedindo de terminar a fala.
Depois voltamos para a sala para continuarmos trabalhando, um funcionários chega na sala.
– Licença vim pegar um papel em branco, vocês estão bem?

– Muito bem, quer dizer já estou indo. Digo apressada
– Não se esqueça o que disse, por que foi tudo verdade. Ele dá um beijo na minha mão e o funcionário ficou olhando para nós dois.
Cheguei em casa e depois liguei para ele.
– Oi Rodrigo, Tudo bem, como está?
– Tava bem e agora que eu ouvi sua voz esta tudo maravilhoso.
E lá ficamos conversando, 
disse que o melhor lugar é sempre onde ele estava, mas que a partir da próxima semana voltaria para o meu trabalho normalmente.
Obrigada. Você é um anjo por tudo que tem me proporcionado nessa semana e apesar de não estarmos mais trabalhando juntos, acho que já estamos próximos o bastante para nunca mais te soltar. Dizia ele apaixonadamente.


Bom e foi assim a nossa história. Talvez eu fosse o ponto fraco dele que fez ele parar de ser um cara complicado e não acreditar no amor. Até hoje lembrava de coisas que pensava que ele não lembraria, mas ele se lembra mais do que eu, quando eu estava usando uma blusa rosa florida e que ficará gravada em nossos corações mais do que qualquer foto ou gravação.

A cidade

               
         Hoje era mais um dia corriqueiro de segundo feira em que eu teria aula. De manhã cedo ao acordar logo me deparo com a notícia  no grupo da minha turma, avisando que hoje não haveria aula. Nem mesmo acabo de ler as outras mensagens e meu celular acaba descarregado. Aproveitei que meus pais tinham ido trabalhar e junto a eles tinham levado a minha irmã mais nova para escola, pulo no sofá para ler meus gibis que eu amava e aproveito o dia. Depois resolvo ligar a televisão. Fico trocando de canal e parei em um que tinha um noticiário que falava sobre a fábrica onde tinha usinas havia explodido e que todos deveriam ficar longe desse local. Me espanto ao ver as imagens, era exatamente o local onde meus pais trabalhavam, fui tentar ir ao encontro deles. Ao chegar na fábrica vejo bombeiros e policiais segurando pessoas para não ultrapassarem a faixa de segurança. Encontro minha mãe e o meu pai, sujos e sendo atendidos. Vou correndo ao encontro deles.
– Anne, o que faz aqui? Diz ela, com uma expressão preocupada
e nervosa em saber como eu estava. Fui abraça-la.
 – Vocês estão bem? Pergunto chorando. Ouço meu pai dizer algo também.
– Filha precisamos sair daqui agora, isso aqui daqui algumas horas vai ficar perigoso, vamos temos que busca Alice no colégio.
Eu não estava entendendo nada, gostaria de saber mais o que tinha acontecido de fato, e porque estavam com aquela pressa.
        Chegando em casa eles trancam todas as portas, além disso também colocam plásticos nas portas e janelas e pedem para que nós ficássemos calmos, então eles finalmente explicam o que tinha feito explodir a fábrica era algo radioativo muito perigoso. Sentada no sofá junto com minha irmãzinha converso com meus pais
– Quando isso vai passar? E depois? então é isso? vamos ficar aqui presos em casa? Meus pais ficaram em silêncio não souberam responder, e aquilo me trouxe ainda mais pânico, não tínhamos saída, mas tentei ficar firme para não assustar ainda mais minha irmã. Vou para o quarto com Alice agindo normalmente, conto-lhe uma história inventada e faço planos para o futuro com ela, mesmo sabendo que ali seria o fim, e dessa forma acabo dormindo junto dela.
          De madrugada sinto alguém me chamar, era a minha mãe, sem entender nada ela pede que eu fosse de pijama mesmo e só colocasse um casaco por cima e que colocasse algo no rosto para proteger, fomos assim todos da minha família correndo para subimos em um ônibus, parecia um ônibus de resgate, ele nos levaria para fora do estado. Ainda a noite sinto-me sufocada gostaria de olhar para alguma janela e ver como estava a situação, onde nós estávamos indo, mas o ônibus era todo fechado e não me deixaram olhar, mas então acabo pegando no sono, contudo passamos a noite toda viajando, ligaram as luzes, mas já estava amanhecendo e estávamos perto, de onde quer que estejamos indo.
         Nesse alojamento eles nos tratavam de qualquer jeito e por algumas semanas ficamos dormindo no chão, passando frio e ainda sem entender o que acontecia, certa vez ouvi duas mulheres que estavam na mesma situação que a minha e da minha família cochichando sobre algo no ar, ninguém sabia o que era, mas matava todos que tivessem contato e cada vez mais isso se espalhava pelas cidades. Por mais que a comida não fosse das melhores, minha família como sempre, fazíamos piadas para amenizar esses mementos ruim.
          Ainda de pijamas por dias, estávamos levando uma vida difícil, não somente a gente, mas todos que ali estavam. Na horado almoço olho para o lado e encontro um menino ao telefone praticamente chorando e pedindo calma para alguém, curiosa aquilo me intriga. Quando ele desliga fui até ele tentar ajuda-lo, e eu me aproximo.

– Olá! disse ele, sentado olhando para mim parada em sua frente.

– Oi! quero dizer, saberia dizer o que está acontecendo com todo mundo?

– Você não sabe? A fábrica que explodiu era construída em cima de muita riqueza, e eu acho que a única forma deles chegarem lá era se livrando dela, mas não se importaram com os riscos e que teria graves consequências.

– Quando você diz eles, quem são eles?

–  Se chamam  “OCA” Ong Cuidado Ambiental, é uma corporação internacional que ajudam o meio ambiente pelo mundo. Eu fiquei sabendo que é tanto dinheiro que até presidente de outro pais está envolvido.  Dizia ele serio e preocupado. – Ei, pode pegar a minha tangerina, você deve estar com fome. Diz ele, jogando de uma mão para outra.
  Em outras circunstância eu recusaria, mas obrigada –  agradeço sabe lá quanto tempo depois, acrescentei um sorriso pelo gesto.
– Em outras ocasiões eu não ofereceria minha comida. E
le dá um sorriso despretensioso.
Obrigada – digo pela milésima vez.
Qual problema comigo e as palavras?
– Aliais me chamo Gustavo, e o seu.
– Anne. Só consigo dizer isso. Me afasto e volto para o lado onde estava a minha família.
       De noite quando todos nós já estávamos dormindo, pairava um silêncio. De repente ouvimos guardas nos acordando às pressas dizendo que o vírus iriam nós alcançar ali naquela região e teríamos que sair agora, e em meio multidão, eu procurava por Gustavo. Quando o achei, senti que não havia nada além do menino diante de mim. Corri ao encontro dele, meus pais me seguram, mas não conseguiram.
– Porque está parado? temos que ir agora.
– Não posso ir. Diz ele, cabisbaixo.
– Porque?
– Meus pais me colocaram no ônibus, mas não deu tempo de virem comigo, agora eles estão correndo perigo ou sabe lá o que aconteceu...não quero pensar nisso, mas e eu tenho que ir atrás deles. Dizia ele determinado

– Eu vou com você, de qualquer forma não estamos seguros aqui também, e eu sei que quando estamos preocupados não fazemos as direito as coisa sozinho.
– Não, Anne vai com os seus pais. Não quero te atrapalhar e muito menos te colocar me perigo.
Vou até os meus pais e falo com determinação que eu iria com Gustavo, e eles acabaram aceitando a minha decisão, em seguida fomos com a missão de acha-los e assim foi. Em meio à multidão que nos rodeia, mas se houvesse alguma coisa ali perto eu não veria, tudo desaparece perto dele. Escondidos vimos o lugar se esvaziando até só sobrar somente eu e ele. Quando fui para fora, vi depois de muito tempo a luz do dia, descobrir que estava de dia, e fico assustada quando vejo que a cidade em que eu nasci estava deserta e com um muro separando o lado de onde morava, para salvar os pais de Gustavo teríamos que conseguir ultrapassar a fronteira e para chegar até lá teríamos que pegar algum veículo e havia uma moto.

– Anda vem, segura firme na minha cintura. Dizia Gustavo.

– Ok. Estou pronta.

– Você está me paquerando?

– O que? nossa, você se acha, que pergunta é essa nessa hora?

– É porque eu não sei o que nos aguarda lá dentro, então se eu morrer eu queria saber se eu e você.... Podíamos... sair qualquer dia?

– Isso não faz sentido. Deixo um riso escapar.

– Eu sei, então tá pronta? Vamos...

E assim foi, enquanto isso, as pessoas que estavam no ónibus chegaram em um parque, onde tinha dois portões grandes e ai diziam que teriam a segurança máxima, até que os portões se abrem e todo mundo comemora com um grito, inclusive a minha família, e seguem com a multidão entrando. Enquanto eles estão andando eles percebem que todos que estavam na frente pararam, eles sem entender nada tentam de tudo para conseguirem ver o que tinha acorrido, Alice decide passar pelo meio daquelas pessoas até conseguir chegar a frente, minha mãe pede para ela segurasse na sua mão para não se perderem, mas quando ela foi olha para o lado ela já não estava mais ali, ela então fica desesperada e vai em busca da minha irmãzinha, eles então acabam se perdendo em meio a multidão. Quando meus pais finalmente chegam na frente ela encontra Alice, ela respira aliviada por te a achado, mas briga com ela para que ele não fizesse mais aquilo, quando minha mãe acaba de brigar ela percebe que eles estavam sérios e com um olhar assustado, meu pai aponta o dedo para frente e ela segue na direção apontada, ela olha um exército com muitos soldados encarnando todo eles, minha mãe fica assustada e já pensa em correr com eles para fora dali. Abriram espaço e eis que veio um homem bem elegante. O Presidente de outro país veio governar este país também, ele estava ameaçando a todos que não cumprissem o que ele mandasse iriam ter consequências graves. Ele começou a explicar as regras, eram um grupo de pessoas mais jovens comeriam o que eles mesmos conseguissem caçar, o outro grupo dos mais velhos iriam limpar todo o quartel e arrumar tudo dentro e fora todos os dia.

          Eu e Gustavo descobrimos que tudo isso de ter um vírus perigoso no ar era mentira, pois assim que passamos pelo muro não nos aconteceu nada, não foi fácil mas conseguimos entrar e finalmente achar os pais de Gustavo eles estavam escondidos porém bem, agora teríamos que encontrar todas as outras pessoas. Chegando lá mesmo escondidos Gustavo acaba levando um tiro na perna mas consegue escapar, enquanto isso aviso a todos que puderem. Meus pais disseram ainda bem que estávamos longe deles, conseguimos fugir e acabamos na dívida do nosso pais pedindo ajuda e relatando tudo que havia acontecido e eles tomaram as devidas providências. Não sei se conseguiremos retornar nossas vidas por lá, mas construiremos uma melhor juntos. 

Por tráz das estrelas




            Oi, me chamo Maria Fernanda, tenho 27 anos e moro com meus pais. No momento faço faculdade de biomedicina, mas uma coisa que poucas pessoas sabem sobre mim é que o meu sonho e ser uma atriz, fiz dois anos de curso de teatro mesmo meus pais não concordando muito eles acham que eu devo arrumar um emprego fixo e seguro e acham que o meu sonho é bobeira, mas mesmo assim sei que eles falam isso para o meu bem, mas sim ser atriz é o meu maior sonho desde criança mesmo me achando um pouco velha agora, mas na verdade não me vejo trabalhando em escritórios, laboratórios e nem nada do tipo, mas meu coração está nos palcos em cenários e por ai vai, poder ter meu nome na calçada da fama, quem sabe? em um anúncio em um ponto de ônibus. Só sei que não posso desistir só porquê algumas coisas não deram certo. 
       Me levanto pela manhã para ir a faculdade e logo pensamentos me tomam acerca da minha vida quase uma crise existencial, de que caminho devo seguir? mas ao mesmo tempo acordei com um sentimento diferente uma esperança renovada, tinha algo diferente no ar. Tomei café fui para minha rotina, a caminho da faculdade olho para um antigo restaurante, mas que não é mais, dei de ombros e continuei o trajeto. Cheguei a tempo da primeira aula me sento e o professor logo inicia. 
Na volta passo na rua da minha casa para tirar algumas xeroxs, lá tinha um cara perdido informações para chegar em um certo lugar, mas o dono da lojinha de xerox mal sabia responder, então me ofereci a explicar
– Pois não, desculpe-me não pude deixar de ouvir, posso ajudar é um pouco longe daqui na verdade, você vai pegar a rua a esquerda e dirigir até um posto de gasolina e lá fica a Avenida que você procura. Ele muito agradecido se dirigi a mim 
– Muito obrigada senhorita! poderia saber o seu nome? Bom de qualquer forma em agradecimento quero te dar um cartão, aparece lá gostei de você e espero gostar mais. Até mais. Peguei o cartão sem ao menos ler, e percebi que ele usava roupas bonitas e a boa aparência do rapaz. É certo ele não é daqui eu pensava. Dentro da pequena lojinha vejo o cartão, e não posso acreditar no que estava lendo
“ Você quer ter sua primeira experiência em atuar venha participar do teste para um grande espectáculo do teatro (Grande centro) com a participação de atores conceituados do ramo como
Lorenzo Emanuel, não perca essa oportunidade" . E no final dizia
“ Eu indico você, apresente esse panfleto na entrada” e assim o endereço do local.  Bom logo veio na minha cabeça que talvez seria algo dispendioso o custo porque era muito bom para ser verdade.
            Resolvi ir até lá saber do que se tratava, tentei não criar muitas expectativas então não surtei de ansiedade. A princípio disse para os meus pais que iria ao encontro de uns amigos para eles não começarem a falar e a contestarem. Chegando lá era um lugar bastante movimentado além de por fora parecer pequeno quando entrei me surpreendi, havia um pequeno palco. Depois de apresentar minhas identificações e documentos fiquei no banco aguardando ser chamada. Não acreditava que estava ali fazendo meu primeiro teste, agora sim estava surtando por dentro. Pelo que eu entendi eu teria que atuar ser uma moça vendedora de refrigerante. Estava um pouco perdida, porém animada. Perguntei a uma menina do meu lado quem eram os jurados e ela me respondeu::
– Você não sabe? O Lorenzo Emanuel está aqui, ele é tão amigo do diretor que deu autonomia para ele escolher quem vai contracenar com ele. Eu fiquei chocada e nervosa eu tinha que conseguir além de ser a minha chance de mostrar meu talento finalmente.
Quando chegou minha vez, subi no palco cumprimentei a todos e de cara percebi que esse tal de Lorenzo Emanuel era um pouco esnobe. A diretora perguntou se eu estava preparada e que podia começar a hora que quisesse, peguei uma latinha de refrigerante e comecei o meu show de improviso.
– Refrigerante? É um ótimo jeito de matar a sede. Para que água quando se pode tomar refrigerante, quem resiste a essas bolinhas estourando na... até que sou interrompida pela diretora, mas o que me deu mais medo foi a cara de espanto de Lorenzo.
–  Oi Maria Fernanda, né? O que você está falando?
– Não é para imitar uma vendedora?
– Sim é sim. Bonitinha você ganhou essa folhinha com o script? Ela me mostra.
­– Já ouvi falar em script. Começo a rir nervosa – Na verdade, não ganhei.
– Como você veio parar aqui meu bem? Perguntava a diretora.
– Bom eu encontrei uma pessoa na rua e ele me deu um cartão... Na hora não aguentei soltei a latinha no chão e sai correndo chorando. Lorenzo por incrível que pareça olhou para mim e saiu da sua cadeira indo atrás de mim.
– Oi espera um minuto. Por acaso quem te deu o panfleto foi um cara que usa preto sempre e tem o cabelo espetado?
– Acho que sim...
– Foi o Vinício quem te indicou. Olha sinto muito viu, é porque só abrimos vaga para o teste quem é experiente, esse panfleto era uma ideia do Vinício, mas descartamos.
– Eu entendo, eu tenho muita vontade de ser uma atriz um dia, não uma qualquer sabe.
 Ele segura um pequeno riso de deboche. 
– Acho melhor você abaixar um pouco a bola.
– Como é que é? você é um grosso, mas não ligo. Você veio atrás de mim só para me dizer isso?
– Só isso sim.
– Tudo bem, mas agora você pode largar o meu braço então – Tiro o meu braço com força
Quando me viro para ir embora Vinício para na minha frente
– Olá Maria você veio, fico feliz! E aí fez o teste?... Pera que lágrimas são essas?
Lorenzo chega perto – Vinício você quem convidou ela? Esqueceu um detalhe.
 – Relaxa Lorenzo acho que vocês podem se surpreender com ela mesmo assim, vamos dar uma chance para novas descobertas, novos talentos.
– Mas não estamos com tempo para isso, você sabe. Apesar disso ela apresentou como se fosse uma propaganda de refrigerante.
– O que? Não ouvi direito, olha só cara acho que você podia ficar de boas e ser menos mala, você ainda vai escolher o seu par fica tranquilo, e que aliás vendo vocês juntos até que combinam.
  Vinício dá uma risada como se fosse uma vingança ao Lorenzo de algo que eu não decifrava, e eu sendo usada nesse fogo cruzado, ainda saiu e nos deixou sozinhos, tive que aturar assistir Lorenzo ficar com uma cara de insatisfeito.
            Bom depois dessa constrangedora confusão eu ainda queria trabalhar nisso, então Vinício arrumou um jeito de me convencer a ficar a participar de um outro teste. Detalhe curioso, pelo o que Vinício me explicou além dele ser um amigo próximo de Lorenzo, ele era também assessor. Completou dizendo que nunca mais vai esquecer o dia em que o ajudei a achar o lugar onde ele queria chegar, não sei porque, mas isso marcou ele de alguma forma que fez ele ser grato.
            Pesquisei sobre Lorenzo na internet vi que era realmente um renomado e reconhecido ator, mas no amor não tinha tanto sucesso assim, pelo que pareceu na internet, ele era separado, 
tinha trinta de cinco anos. Será por isso seja tão amargurado?
            No dia seguinte da faculdade fui direto para o depósito onde era o estúdio com palco e tudo mais. Nesse dia não precisei faltar a aula de noite. Gravei o texto dessa vez e mandei a ver. No final eles dariam os resultados de quais os papeis cada um iria pegar. Acabei conseguindo o papel principal que seria o par com Lorenzo. Vinício vibrou de alegria e a diretora veio me cumprimentar, o único que parecia insatisfeito era o digníssimo Lorenzo.
            Cheguei em casa e meus pais me perguntaram porque estava chegando tão tarde em casa todos os dias. Apenas falei que estava em um projeto novo na hora certa eles iriam saber e subir para meu quarto onde dividia com minha irmã mais nova a Kelly. Ela me apoiava com esse lance de atuação e me ajudava a gravar as falas e sempre torcia para que eu achasse o cara dos meus sonhos nesse meio artístico, ela que acreditava que acabamos namorando pessoas do mesmo nicho de trabalho, mas pensava diferente, não necessariamente e além que eu também sabia separar as coisas.
            No dia seguinte botei os pés dentro do estúdio para começar os ensaios e logo vejo Lorenzo com sua voz grave vejo cumprimentando Vinícios.
 – Oi topete de galã.
Eles se abraçaram e brincaram um com o outro. Começamos a ensaiar e logo mais tivemos uma pausa, fui procurar onde era o banheiro sem querer fui parar em um corredor onde tinha uma porta como se fosse uma espécie de camarim. Parei lá e escrevi uma mensagem no celular para minha irmã dizendo “To nervosa acho que vai ter beijo na próxima cena no ensaio” Quando a porta do camarim abre vejo que era Lorenzo olhando para mim sorrindo, com um sorriso sarcástico.
– Não precisa ficar nervosa e você tem razão vai ter beijo mesmo. Tinha mandado a mensagem para o próprio Lorenzo e nem percebi. Micão, gafe chame o que for, nunca me perdoarei por isso.
            Antes de conversarmos novamente o roteirista lembra que esse papel não é uma história comum de um amor qualquer
, são um casal de adolescente apaixonados 
– Então quero um beijo apaixonante. Lembra ela.  – Primeira tomada e... “AÇÃO”

–  O amor profundo e verdadeiro resiste a tudo. Você namoraria comigo?
– Sim! qualquer um teria sorte de tê-la do lado. 
– Você me amaria, ou melhor, continuaria a sonhar comigo mesmo me vendo sem maquiagem?
– Porque está preocupada tanto com sua aparência? Você é linda demais de qualquer jeito.
 E chegou o grande momento a qual eu tanto temia. Me aproximo um jeito desajeitado e seguindo o roteiro dou um beijo me jogando em cima dele – “Corta” ficou ótimo.
– Desculpa acho que me empolguei demais. Dei uma risadinha.
– Tudo bem por mim pode ser assim sempre. E começamos a rir, acho que estávamos começando a nos dar bem apesar dele parecer não gostar de mim. Antes de irmos embora nos falamos mais uma vez.
– Só mais uma coisa, você acha que eu atuei bem? Digo empolgada.
– Com certeza. Ele dá uma piscada.
– Sabe eu quero muito um dia poder estar nas telas de cinema onde tem aquele Europa filmes sabe.
– Admiro sua perseverança Maria Fernanda e se continuar assim acredito que vá consegui, um dia.
            O dia da apresentação chegou, no teatro esqueci a fala, mas improvisei e consegui fazer parecer algo natural, meus pais gostaram o que viram e eles começaram a me apoiar mais e isso me deu força. Eles não sabem o quanto o apoio deles era importante para mim. Um tempo se passou e essa mesma diretora me chamou para fazer meu primeiro filme com bilheteria alta já que era com o conhecido ator Lorenzo, novamente com quem eu contracenaria
– Bom vocês já devem estar cansados da minha cara, mas vamos fazer esse filme ser um sucesso, um filme de terror em uma casa que é de verdade mal assombrada e depois terá um campo e vocês terão que montar em cavalos ok?
– Eu nunca falei para ninguém é segredo
– Tudo bem a gente respeita Maria. Dizia a diretora.
– Ai! já que estão insistindo eu vou falar, tenho que desabafar eu tenho medo de cavalos pronto falei.
– Era só isso? pensei que tinha medo da casa mal assombrada. Disse lorenzo a qual foi a reação de todos.
Fomos passear como recomendado pela diretora para finalizarmos as cenas com os cavalos. Antes das gravações botei na cabeça que eu tinha que superar esse medo, insisto dizendo que não estava mais com medo, Lorenzo me ajuda a subir no cavalo como parte da cena e ele olha profundamente para mim. Eu digo para ele que estava tudo bem e que era para confiar em mim. Lorenzo dá um voto de confiança e espera que eu não esteja cometendo uma imprudência. Até que fui andando em cima do, Rubens o meu cavalo, e vi a altura que estava até o chão, Rubens começou a ir rápido demais, além de parecer que algo estava o incomodando o Rubens. Cai do cavalo e eu via tudo embaçado, só consegui ver o verdadeiro desespero de Lorenzo vindo correndo até a mim que estava esparramada no chão. Vi ele vulnerável diante dessa situação e me dizendo:
– Você está bem? perguntava preocupado 
Se algo acontecesse a você eu morreria de sofrimento, você vai ficar bem prometo.
            Passando por essa situação, semanas depois me recuperei e voltei para as gravações para outras cenas.
Eu to muito chamativa? Digo indecisa.
– Você sabe que é impossível não olhar para você, né.
– Pera você sendo gentil comigo, isso é motivo de fogos. Dizia com um ar sarcástico, enquanto ele me olhava de um jeito estranho e assustador, e em seguida voltei para acabar de me arrumar. Vinício veio até Lorenzo para conversarem um pouco
Oi topete... cara eu vi de longe você está indo muito devagar, ou então ela vai acabar tomando a atitude.
 – Isso é tão típico, mas não,
sou um profissional não estou caído por ela se é isso que você estiver pensando.
            Quando as gravações terminaram esbarrei com Lorenzo. Ele pediu que eu o esperasse, pois ele queria falar comigo.
Nós gravamos tanto a parte do beijo que acabamos nos beijando foi impulso, uma força maior como um hábito.
 – Achei por um minuto que estávamos em uma cena, devo estar louca mesmo. Isso não vai acontecer de novo.

– Porque não? se eu gostei. Dizia ele
– Fala sério eu sei que você não gosta de mim.
– Calma quem disse que não gosto de você?
– Você não queria que eu estivesse aqui desde o começo, só me suporta.
– No começo sim, mas tudo mudou comecei a te conhecer melhor e a me... sabe eu sou capaz de dar todas as cambalhotas do mundo por você. Eu não sei o que estou dizendo fala alguma coisa por favor.
– O que você ta falando? está querendo dizer que está apaixonado por mim? Pera isso não está no texto. Dizia com olhos assustados.
            Cheguei em casa e fui dizendo para minha irmã o que tinha começado a namorar com Lorenzo e ela não ficou nem um pouco surpresa, mas ela me pergunta se era ele mesmo de quem eu gostava mesmo porque ele era ator conhecido e muito ocupado podia estar ali para ela ou não, mas eu disse que era capaz de suportar já que estava namorando uma estrela.
Por isso mesmo porque ele é diferente dos outros, é especial.
– Pera, mas vocês estão namorando ou foi só um beijo?
– Foi um beijo, mas a gente se gosta, sinto vontade de beijar ele mesmo quando acaba as gravações.
– Muita calma, Maria Fernanda, você é muito ingênua e otimista.

            A partir disso ele tem sido o
homem dos meus sonhos e eu comecei a gostar de mim um pouco mais, ele me inspirava, e assim foi. Um tempo se passou terminamos o filme e ele foi um sucesso e todas as pessoas achavam que nós combinávamos e assumimos nosso relacionamento logo, fiquei famosa pelo filme e por namora-lo obviamente.
– Preciso te contar uma coisa, é muito sério, tá prestando atenção, Lorenzo? Eu te amo!
Quando disse isso pensei que iria agrada-lo, mas não foi contrário.

– Meu objetivo é fazer você feliz.
 Mas mesmo assim aquelas palavras saiam como pedras de gelo, de repente ele ficou tão distante nunca tinha sido tão frio e seco, até ele abrir novamente a sua boca para falar algo que me fez chorar.
–  Eu não sou o mais forte do mundo, eu sou o cara que te faz sorrir, não chore por mim, não quero que se preocupe comigo.
– Como não? você fez  tanto faz de nós, você vai viajar a trabalho e sabe lá quando vai voltar. Eu até entendo o quanto serio você leve seu trabalho, mas você assinou o contrato para uma novela sem pensar na gente? sem falar comigo – Saio correndo de perto dele. 
 Vinício chega para Lorenzo e conversa
– Quem fica dois anos babando por uma garota e depois termina com ela?
            Um tempo se passou realizei o meu sonho de ser uma atriz, fui convidada para um apresentação na Broadway com sucesso de bilheteria, trabalhei em filmes do Brasil e o melhor de todos,
 transformei aquele restaurante velho destruído por incêndio perto da minha antiga casa em um teatro municipal, tive um filho.  Até hoje não entendo, não entendo o real motivo pelo qual Lorenzo me deixou, mas sigo buscando entendê-los algum dia saberemos. Algum tempo se passou e eu ainda pensava nele. Eu encontrei ele um dia no meu teatro sentado e aplaudindo, e como boa anfitrião fui recebe-lo. Ele chegou perto de mim e me deu um beijo roubado.
 – Maria Fernanda você está maravilhosa como sempre, senti saudades, ah se lembra daquela época que namoramos? Bom as pessoas achavam uma boa ideia, né? E também acabei te ajudando na sua carreira. Aquela notícia me abalou, mas soube responder à altura. 

– Lorenzo você veio até aqui para que? Espera de mim gratidão, bom eu não sou, e como está vendo tenho meu próprio lugar hoje, mas não foi você quem me ajudou e acreditou em mim desde o ínicio, foi o Vinício me ajudou a dar o meu primeiro ponta pé inicial, e você sabe sou casada com ele e temos um lindo filho vou pedir para que nunca mais me beije. Mas você pelo visto continua dando prioridades ao seu trabalho, eu pensava que ainda restavam boas lembranças com você, mas afinal só era orgulho ferido.
 
– Maria eu só queria te pedir perdão e dizer que foi despeito da minha parte falar isso, mas eu te amei de verdade e fiz a péssima escolha de ter posto o meu trabalho em primeiro lugar e não ter sido você, e eu sei que eu te perdi, mas saiba que nunca vou deixar de te amar.
Eu o perdoei mas pedi para que não me procurasse mais e
 Vinicius chega bem na hora.
  
– Cara para de papo furado, então quer dizer que ela só conseguiu um pouco de respeito depois que parou de te dar atenção? Eu sei que você já gostou dela, mas não amou porque isso é para sempre, e felizmente a vida segue e ela seguiu comigo, como eu continuei com ela.