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Quero amar outra vez



        

      Era uma vez, estava eu sentada debaixo de uma arvore e algumas folha caiam sobre mim. Hoje eu estava lendo um livro Best Seller daqueles romances bem como chamam água com açúcar, mesmo eu sendo despretensiosa quanto a esses assuntos do coração, mas li uma vez em um livro que o amor chega quando menos esperamos. Chegava a pensar que um dia gostaria de me apaixonar como nos filmes ou como os meus pais que são apaixonados até hoje, mas pensando bem isso não é para mim, não agora.

            Bom fui para a casa da minha mãe ajudar ela com os salgadinhos que iriamos distribuir na quermesse de doações do bairro. Na minha família depois que crescemos nos separamos, como naquele episódio do maluco do pedaço onde cada um segue o seu destino e a seguem as suas vidas. Minha irmã mais velha tinha se casado eu tinha ido estudar e acabei indo morar na república da faculdade e de tarde eu trabalhava em uma lanchonete Fast-food.
Hoje no trabalho não estava tão movimentado como os outros dias, devia ser porque estava chovendo, porém no fim da tarde abriu um sol tímido do lado de fora e o que me fez ficar contente. Com o shopping vazio via uma pessoa misterioso que parecia tentar ao mesmo tempo se esconder, mas via ele falar ao telefone.

O nome dela é Lourie Marcondes. O nome dela está escrito na lista de próximo a se apaixonar. Dizia o rapaz misterioso ao telefone.

  Olá boa tarde qual vai ser o seu pedido? Eu dizia atendendo o próximo cliente.

Achei só pode ser ela. – Dizia esse rapaz misterioso ainda ao telefone –  É ela? Minha nossa! Como ela é bonita! Bom é agora, acho que ela forma um casal bonito com aquele cliente.

Enquanto eu atendia o cliente e montava o hambúrguer via uma pessoa distante me observando e aquilo começou me causar medo. Depois de algum segundo prefiro ignorar afinal estava sem meus óculos talvez só estivesse olhando para a minha direção e não para mim.

– São doces? Amo comer doces!  Dizia o rapaz misterioso escondido perto da loja.

 

Ao final consigo entregar o pedido volto para o outro balcão até que vejo alguém de longe ser atingido por vários sacos de doce da loja em cima dele e preocupada vou até ele para ajuda ele.

– Está tudo bem? Pergunto enquanto ajudava a retirar os sacos de cima dele.

– Eu estou bem, muito obrigada, Louire. Ajudo a ele a se levantar e nós olhamos.

  Como sabe o meu nome?

– E eu não sei, pera não era para você estar me vendo... eu faço tudo errado mesmo.

– Ué porque não? Eu te ajudei você estava em apuros. – Eu rio –  Qual é o seu nome?

– Braiam Corte Real, muito prazer, belíssimo dama.

– Igualmente, Braiam, certo?  – Sorrio

– Exatamente. Ele mostra um sorrio um pouco desconsertado

– Espero que você se recupere, boa sorte! Eu tenho que voltar agora para o meu maravilhoso mundo do trabalho, xau.

  Até mais, bela dama.

            Chego em casa à noite e agora eu precisava de estudar, mas cadê animo eu estava muito cansada. Vou até a geladeira pegar algo para comer, mas não encontro nada. Nenhum dos meus colegas de quarto tinha deixado comida sobrando, da qual eu tinha ajudado a comprar.
Eu falava em voz alta.
– E agora o que eu vou comer? Estou com tanta fome, meus colegas devem pensar que por eu trabalhar em um lugar que serve comida eu sou nutrida. Acho que agora eu vou dormir para não sentir fome, é o jeito.
            Passou-se uma hora eu me encontrava babando em cima de um livro até que um barulho fora de cena me fez despertar. Assim que percebi que não aguentava mais estudar eu fui na geladeira novamente pegar um pouco de suco e lá vejo no fundo frutas. Fico espantada por não ter visto antes, mas pense ter sido o cansaço e fico feliz por poder comer algo.
             Era final de semana e nesse eu iria para a casa da minha mãe. No caminho vou escutando música nos fones de ouvido até que paro em uma loja de flores para obersa-las. Quando viro para a esquerda sinto alguém perto de mim e quando me viro era um cachorrindo. Me abaixo para fazer cainho. Ainda abaixada vejo algo no chão como uma flecha que era fininha de madeira e com penas. Levanto e procuro o dono de quem seria a tal flecha tão bonita. Olho para todos os lados até esbarro em uma pessoa.

– Me desculpa. Olho para essa pessoa e a reconheço de algum lugar só não sei de onde

– Acho que perdi uma coisa no caminho.

– Ah, sim! me desculpa aqui está a sua flecha.

– Obrigada. E sai

Até que eu lembrei que ele era o rapaz que eu ajudei atingido por sacos de doce e saio atrás dele até alcança-lo

– Hey, você lembra de mim?

– Sua mãe não te ensinou que não deve falar com estanhos? ou principalmente ir atrás deles?

– Você está falando sério? mas parece tão engraçado, parece que você está tentando ser mal. Dizia enquanto eu dava rizada.

– Tenho que ir.

– Quem é você? Me fala a verdade ou eu vou te seguir ou eu chamo a polícia, aliais estamos em frente a ela.

– Tudo bem, não quero me meter em problemas, de novo. Eu vou frigir uma regra. Eu sou um ser cósmico chamado cupido e poucos de nós sobraram pelo mundo. Não era para eu ter falado nada disso.
 – Seu segredo está guardado comigo. Apesar que se isso fosse verdade explicaria o meu asar.

– Eu só apareço para quem está pronto para amar e além disso estou prestes a perder meus poderes por isso você está me vendo, mas você é a sortuda da vez, você é a minha última missão.

– Aqui, isso daqui só pode ter câmera escondida. – Dava risada–

 

– É um trabalho duro, mas no final nos sentimos muito felizes.

– E você espera que eu acredite nisso? Você é doido to indo embora.

– Seus olhos são tão expressivos quando estão com medo.

– O que você quer comigo?

– Arrumar um namorado para você, minha querida.

– Mudei meus conceitos sobre você, você é muito bonzinho. Me digam mais, e como pretende fazer isso?

– Da forma mais natural possível, como nas pequenas situações. Criar um acontecimento do cotidiano e daí surgir o amor. Dai uma linda história.

– Muito bonito você falar isso, pois bem, você me conhece bem?

– Bom...

– Sabe de qual cor eu gosto? De que tipo de flores eu gosto? isso é muito relevante, como iria conseguir alguém perfeito pra mim?

– Bom...

– Eu não acredito em você me desculpa.

– Eu estava esperando a oportunidade certa o momento certo vocês dois iriam se apaixonar. Acredita em mim você vai ser ainda muito feliz, Lourie.

– Obrigada, Braiam. Muito gentil de sua parte ter essa esperança por mim.

– Realmente falaram que iria ser difícil com você. Porque me mandaram essa missão tão complicada? Porque você é assim tão difícil? Só por curiosidade.

– Você não me conhece mesmo.

Sendo assim Braim acompanha Louire até em casa e conversam no caminho

– Onde você vai?

– Para a sua casa

– Pera você não tem onde dormir?

 

– Pra falar a verdade não tenho

 

– E você pensa que vou te deixar aqui?

 

– Qual seria o problema?

 

– Qual? Ok, você tem razão, Bom eu tinha um cachorrinho ele dormia naquela casa ali, então você topa dormir ali?

 

– Nossa esse lugar parece tão confortável

 

– Você é doido mesmo. Bom, mas vai ter que fazer silêncio para não acordar os meus colegas de quarto, ok?

 

 Mais tarde troco de roupa e vou para a minha cama, fico pensando quem poderia ser o pobre rapaz que sem teto que me seguiu e que agora estou me sentindo mal por ter deixado dormir na casa do meu cachorro, vou até ele levar uns cobertores mais pesados e o cubro, paro e olho para eles alguns minutos em seu inconsciente sono e um pensamento me ocorreu da qual ele era realmente não parecia comum a sua beleza! De repente ele se meche e eu levo um pequeno susto e volto para o meu quarto. Braiam estava acordado e fala baixinho – parece que ela é uma pessoa fantástica, e sinto que a minha única missão é cuidar dela. Ele volta a dormir.

            Pela manhã cedo eu me levanto e me arrumo para a minha aula, Braiam aparece de repente me fazendo derramar a manteiga do chão.

 

– Menino o que você ta fazendo aqui?

 

– Bom dia! como dormiu minha futura apaixonada?

 

– Bem obrigada, nossa tinha me esquecido que você estava aqui

 

– Tome um café reforçado só esse pão não vai te sustentar

 

– Eu mereço levar sermão de um ser mágico? Pera eu não posso estar acreditando nessa loucura, posso?

 

– Isso mostra que você é uma menina muito inteligente. Vamos, hoje vai ser um dia agitado.

 

E fomos juntos para a minha aula, Braiam sentou do meu lado.

 

– Eu não sei – Bom agora você acredita em mim?

 

– Eu acredito. Na verdade eu to com medo

 

– Você está assustada?

 

– To. Na verdade, não, em outra circunstância eu ficaria, mas não sei porque com você eu me sinto protegida.

 

– Não fique, eu sinto que estou aqui para cuidar de você  – nos olhamos.

 

– Louireeeee! gritava um amigo meu. – Vamos, estamos atrasados para a aula.

 

            Passou-se algumas semanas juntos eu já estava acostumada com a presença de Braiam. Bom hoje eu estava indo a uma palestra, entramos em uma sala escura parecida aquelas de cinema, quando terminou fui andando para a porta de saída quando derrubo meus livros no chão e tento catar as folhas que voaram para longe de mim, quando vou buscar a mais longe olho para cima e vejo que uma pessoa tinha pego me levanto e olho nos olhos de um menino que sorriu para mim ao entregar a folha.

 

– Acho que isso é seu.

 

– Sim, muito obrigada!! Digo encantada, ele se retira e na minha empolgação acabo me esquecendo de Braiam, mas minutos depois olho para todos os cantos procurando ele e nada.

 

Mais tarde eu estava em casa estudando e Braiam aparece sorriu correndo para abraça-lo e ele me carega-la girando.

 

– O que aconteceu?

 

– Onde você estava? Pensei que tivesse ido embora.

 

–Bom eu tive que ir rapidamente a uma reunião. Porque está com esse sorriso tão lindo?

 

– Estou tão feliz lhe deve muito obrigada você conseguiu?

 

– O que exatamente eu consegui?

 

– Depois de tantas tentativas hoje aconteceu a minha história de amor.

 

– Foi? AAhh foi mesmo! estou feliz por você Louire

 

– Você é o melhor cupido que uma garota pode ter. Vocês não usam flecha nem nada?

 

– Somos pessoas normais, mas sem com alguns poderes

 

– Ah entendi – Dizia sorrindo.

 

– Bom eu tenho que ficar por mais um tempo... para acompanhar vocês de perto.

 

– Por mim tudo bem pode ficar o quanto quiser to tão feliz, antes eu era mas agora to mega, super.

 

– Eu falei o meu último trabalho seria achar o amor da sua vida. Diz ele cabisbaixo

 

– E você? Você fala tanta em romance, mas já viveu um?

 

– Nós mágicos não temos tempo o nossa missão é juntar e ficar feliz pela felicidade das pessoas

 

– É nobre, mas acho que vocês deveriam viver uma. Levanto da mesa para botar a louça na pia. Braiam vai atrás  – E vocês irão perder os poderes de qualquer maneira e depois disso irão fazer o que? Diz ela.

 

– Isso eu não posso falar de verdade linda moça. Posso dizer que por mais que nos esforcemos, armar situações em que eles se encontrassem, as pessoas não estavam mais amando.

 

– Isso é horrível.

 

            Alguns dias se passaram eu estava empolgada que Junior tinha me chamado para sair, estava me arrumando, me olhando no espelho.

 

– Sabe que agora eu percebi uma coisa, não acho ele tão legal assim.

 

– Como assim? O que você ta falando?

 

– Não acho ele muito confiável, quer procurar outras pessoas? Eu ainda tenho tempo

 

– Não quero. Só uma coisa, eu sei parece estranho, mas eu nunca beijei ninguém. Você podia explicar?

 

– Eu já vi isso várias vezes, eu certamente sei. Ele se aproxima devagar e a beija

 

– Na verdade eu só tinha pedido uma explicação não pensei que iria demonstrar, mas, mas eu gostei!

 

– Eu também. – E mais uma vez ele se aproxima e a beija – Antes do beijo eu já gostava de você.

 

De repente eu acordo e sinto meu coração disparado tinha sido tão real o sonho o beijo podia sentir ainda – Deve ter sido a conversa que eu tive com ele ontem. Fui para a aula e Braiam sumiu talvez tenha ido mais uma vez em uma de suas reuniões, chego na aula e pergunto a uma das minhas colegas se tinham feito a parte que combinamos do trabalho e elas respondem que não, pois estavam ocupadas, fiquei desesperada expliquei o professor, mas ele não entendeu muito, depois na hora a apresentação o meu professor falou coisas horríveis sobre o meu trabalho sai daquela aula muito triste. Quando voltando para casa vejo a mensagem do meu celular o rapaz que eu estava conhecendo perguntou o número da minha amiga, eu fiquei sem entender, ele disse que era para um amigo dele, mas depois fiquei sabendo que ele realmente era interessado nela e que só tinha se aproximado de mim para conhecê-la. Nesse dia por mais que achasse Braiam chato comecei a sentir falta dele eu estava chorando muito e nada dele aparecer no momento que mais preciso.

 

Braiam aparece, levantei meus olhos, e eles se encontraram nos meus, senti como se tudo e todos ao meus redor congelassem e só exista eu e ele naquele momento tão rápido, Lembro também emoção, despertava algo dentro de mim.

 

– Pensei que você já tinha cumprido sua missão e tinha ido embora, to tão feliz de ver você. Abraço ele chorando. – Aquela pessoa que estava conhecendo disse que gostou de mim, e eu senti isso de verdade será que ele falou isso só por pena?

 

– Não acho, você realmente é uma pessoa interessante.

 

– Eu acho que estou realmente perdendo os meus poderes. Dizia ele

 

– Não, tudo bem pelo menos você tentou. Você é a minha válvula de escape por tudo que aconteceu hoje.

 

– Eu tenho que te contar a verdade. Eu não fiz vocês se conhecerem

 

– Você mentiu pra mim também? Eu confiei em você por isso eu me permitir sentir, justamente não queria estar sofrendo mais uma vez.

 

– Eu não sei o que aconteceu, eu não consegui uma história de amor para você.

 

– Eu sou tão diferente assim? Ou sou tão feia assim?

 

– Você é linda!  Diz ele sorrindo

 

– Você acha? Bom tem um tempo que eu queria te perguntar uma coisa só não sei como. Por acaso você tem poder de aparecer nos sonhos? acho que percebi que você é importante pra mim sabe e...

 

– Não diz mais nada, eu te amo!

 

– Você me ama? Mas...?  Diz secando as lágrimas e rir fraco

 

Ele sorrir fraco se aproximando de mim segurando possíveis lágrimas

 

– Meu destino não é permanecer aqui, só estou de passagem. Eu estou perdendo meus poderes por ter me apaixonado por uma humana, mas isso já faz muito tempo. Eu nunca pensei que aconteceria de novo e de um jeito tão mais bonito e forte sinto isso em meu coração Lourie.

 

– Não vai embora Braiam. Eles se beijam intensamente.

 

– Escuta você vai aprender a ser forte e vai encontrar o amor da sua vida.

 

Assim ele se foi, assim como um sonho, mas que quando acordamos desaparece, talvez ele jamais saiba o quanto eu o amei e como a sua ausência me dilacerava. Talvez um dia voltaremos a nos ver, não sei dizer, mas vou te esperar não importa o tempo que vai passar.

            Certo dia estava em um chá de panela de uma conhecida minha, todos estavam acompanhados e eu sozinha na mesa de convidados, decido ir perto de onde tinha uma pisciana observar melhor o céu, e estava uma noite linda onde as estrelas brilhavam mais do que nunca, me veio a saudade daquele Dondinho que cruzou o meu caminho, como não gostar dele. De repente ouço uma voz atrás de mim interrompendo os meus pensamentos.

 

– E você irá encontrar seu ” Felizes para sempre”.

 

– Braiam?  Dizia surpresa – Como você pode estar aqui? Pensei que nunca mais iria voltar a te ver

– Quando tem o amor, vencemos tudo para estar ao lado da pessoa amada.

 

– Então eu morri?

 

Ele da uma rizada – Não não, eu estou aqui e agora com você.

 

– Então você pode chegar mais perto.

 

Os sentimentos que permaneceram em nossos corações. Fomos caminhando para fora da festa e de repente paro na frente dele e subo em um meio fio da rua e abraço ele.

– O que quer fazer agora?

 

– Te amar muito e para sempre.

A princesa que tinha calos



Havia um reino muito distante, onde tinha um rei chamado Malakai. Ele era um homem viúvo, muito solitário, presunçoso e turrão. Havia uma funcionária do castelo que se chamava Clarice, ela trabalhava muito, e um dia ele pediu que ela descansasse um pouco, pois apesar de parecer mal e insensível ele tinha um grande coração, mas foi essa criada chamada Clarice, quem amoleceu o coração de pedra do Rei. Clarice se tornou querida dele e o Rei confiava muito nela, ela era a sua confidente, psicologa tudo em uma mulher só. Teve um tempo que o Malakai adoeceu e Clarice quem cuidou dele, e por quem ele começou a ter um grande e forte sentimento e não somente de gratidão, mas um sentimento puro de amor, porém por ser plebeia eles tiveram que enfrentar muitas lutas e desafios para ficarem juntos, ele a amava tanto, e ela a ele. Depois de um tempo eles se casaram e tiveram uma filha, que se tornou princesa, ela se chamava Adelaide.
                 Adelaide já crescida, havia um jardim a qual ela ia todos os dias da sua vida, ela por ser uma princesa muito travessa e que quando criança vivia brincando na lama na sua casa da árvore, que localizava até hoje ao lado do castelo no jardim central, havia conseguido diversos hematomas e machucados e vivia andando descalça, Clarice se descabelava de tanto reclamar, além de lindos saltos que mesmo se negando sua mãe a obrigada usar que fez ter muitos calos em seus pés.
                Passaram-se um tempo, Adelaide havia completado a idade de vinte anos, e todos do reino cobravam perguntando quando ela iria se casar, todos perguntavam e viviam dizendo que ela tinha ficado para trás, e isso deixava ela muito irritada, apesar de não ligar para isso, Adelaide queria mesmo continuar estudando, lendo seus livros, cuidando das plantas, animais e se aventurando por todos os lugares explorados. Seus pais tinham medo de que ninguém se interessasse por ela, por ter seus pés tão feios, todos do reino sabiam desse defeito e nenhum dele gostariam que seus filhos a conhecessem. Seus pais ficavam preocupados pois ela devia se casar para passar seu cargo de princesa para gerações seguintes.
Havia chegada o dia em que Clarice decide organizar uma quermesse e doar caixas de roupas, e chama todos os camponeses da cidade e funcionários do castelo como uma forma de pretexto para que conhecessem sua filha, já que nenhum dos nobres se apresentariam. Foi em uma manhã agitava e bem movimentada dentro do castelo, sua mãe pediu que Adelaide colocasse um vestido bem longo para assim poder tampar seus pés, pediu que todos os moços jovens fossem falar com Adelaide. A princesa ficou assustada por tantos quererem a sua atenção, mas ela deu toda sua atenção, então se apresentaram alfaiate, soldadeiros, carpinteiros, trovadores que lhe cantam lindas canções, que comoveu e cativou seu coração, mas todos saiam correndo quando ela revelava por rebeldia como seus pés eram, além de nenhum a agradar, nenhum fez ter o coração dar pulinhos, assim Adelaide foi correndo chorando para o jardim, onde encontrou seu melhor amigo que era o bobo da corte.
– Ninguém gosta de mim, e jamais gostará isso é a realidade. Dizia Adelaide chorando em desespero.
– Isso não é verdade, eu gosto de você. 
Meus pais me pressionam e não entendem que o fato de alguém ser legal e solteiro que irei me apaixonar só querem que me case por conveniência e o amor? pensava a Adelaide
  Só mágica poderia te ajudar.
Calisto mais conhecida como bruxa do calabouço, ela era uma forma de alquimista, a qual estava presa lá a muito anos, e seria mesmo a única que poderia fazer um feitiço para fazer os pés de Adelaide comuns e ficarem lindos. Mas ninguém sabia onde ela estava presa, Adelaide lembra que seu pai já tinha contado essa história para ela, que dizia que essa mesma bruxa tinha um filho, e mesmo seu amigo não se dando conta ele tinha lhe dado uma brilhante ideia.– Mas só foi uma brincadeira, isso pode ser um pouco arriscado para você minha princesa!
– Só você mesmo para me fazer rir. Dizia Adelaide mostrando todos seus dentes.
– O que eu não faço para você rir da minha cara né. E eles dois sorriram.
Ela tinha uma vida perfeita tirando o fato dos seus pés. Ela frequentava uma escola para princesas onde lá ela tentou procurar pelo filho da bruxa, mas sem sucesso por sua busca. Assim por semanas e meses procurando por todos os lugares até ela não insistir mais nessa ideia.
          O quarto de Adelaide no topo onde dava para ver bem as estrelas no céu. No dia seguinte amanheceu, ela olha ao seu redor e aquela janela não estava lá, ainda um pouco tonta percebe que não estava em seu quarto, Onde eu estou? Até que ela ouve a porta do quarto se abrir e uma voz dizendo
– Tome seu chocolate quente.
– Quem é você? Pergunta assustada
– Fiquei sabendo que anda me procurando? Bom sinto lhe dizer, mas eu já vigiava você a um tempo.
– Como? E precisa me sequestrar?
– O que você quer comigo, menina? Eu sou muito perigoso não devia me procurar. Dizia ele se aproximando.
– Pode me soltar primeiro? 
– Ele não responde – Eu só queria perguntar sobre a Calisto, acho que a sua mãe certo? Nessa hora ele ficou surpreso não esperava que perguntassem de sua mãe depois de tanto tempo. – Estranho, muitos me procuram apenas para pedir poções magicas, mas você não. Quer dizer eu não vou te dar essa informação.
– Me deixa ir embora.Você não vai querer nada comigo, olhe só os meus pés.
– Do que está falando é uma honra ter a princesa aqui.
Ele se aproxima segura seus pés e tira de leve  uma de suas sapatilhas de pantufas, ele para e olha. Adelaide ficar paralisada e surpresa por ele não sair correndo, ou falar algo malvado, ao invés disso ele beija um de seus pés, Adelaide fica assustada e lhe acerta com seu pé o rosto dele, ele fica irritado e vai embora deixando ela ainda presa por mais horas.
Mas tarde ele volta com o almoço.
– Está mais calma agora? 
–diz ele Adelaide fica em silêncio. 
– Não adianta se fazer de valente, é tão deplorável ver você pobre indefesa.
– Me solta, por favor, eu estou disposta a esquecer tudo e ser sua amiga, e nunca revelar que me fez refém.
– Então é isso? Você quer mesmo ir embora? Não quer descobrir onde está a sua fada madrinha?
– Você não sabe onde ela esta, não é mesmo? Dizia Adelaide
– Aqueles covardes desistiu de você mais fácil né.
– Olha eu posso te ajudar a achar ela, ou juntos podemos. Dizia ela empolgada.
 – Meu nome é Alexandre, e confia em mim não farei nada com você, apenas obrigo você se alimentar, e usa esse vestido aqui vai ficar super bonito em você. Ele se retira e a deixa pensativa. Mais tarde Alexandre obriga um de seus criados a servir- la, mas por acidente acabou deixando um pouco de açúcar cair nela.
– Não se preocupe você fez um bom trabalho obrigada. Agradecia gentilmente.
– Não os chamem de criados, eles são trabalhadores e que recebem seus direitos trabalhistas.
Ele olha para ela.
– Você é uma princesa deve ser tratada como tal. Você me encanta, e cada vez mais. Pena que eu não sou príncipe estou mais para um sapo.
– Você só é um pouco desajeitado, mas acho que levaria jeito, você só tem que beijar e pessoa certa para não ser mais um sapo.
– Olha menininha nem tudo é romantizado como você pensa.
– Como você pode ser tão amargurado assim? Apesar que também não penso nisso, eu penso em viajar conhecer o mundo, estudar, e casar está em segundo plano, talvez por não ter conhecido alguém especial.
– A pessoa certa não vai te privar de viver tudo isso, casamento não tem que ser uma prisão, vocês irão viver todas essa aventuras juntos, vai continuar a sua vida, só que agora do lado do pessoa que a gente ama, compartilhando momentos.
– Você tem razão... olha acho que consegui que você abrisse seu coração um pouquinho.
                Passou dois dias, todos do reino estavam a procurar de Adelaide, enquanto isso o lado irresponsável de Adelaide a fazia continuar com Alexandre, uma parte dela queria consegui muito a formula para seus pés, outra parte sem perceber estava gostando de ter sua companhia de poder conversar com ele todos os dias, ela estava descobrindo que ele não era tão assustador quanto parecia no início. Porém Adelaide pensa quanto seus pais deveriam estar preocupados e se senti mal, culpada e acaba chorando.
– Você não sabe o tamanho do meu amor por você, deixa eu te dar tudo que você quer, riqueza, amor fica comigo? aqui!
– Calma, eu também gosto de você, gosto da sua amizade, mas eu realmente preciso ir embora pode me deixar, por favor?
– Se você ficar eu devolvo até a liberdade do seu amigo.
– O que você? por que fez isso? Eu já estava gostando de você.
– Desculpa te decepcionar assim princesinha, isso que eu não queria.
Uma lágrima cai dos olhos dela
– Você disse amor? Como você pode me amar me mantendo prisioneira e ao meu amigo?
– Porque você é da nobreza nunca me aceitariam, somos muito diferentes.
 – E isso que você pensa? Vai ver você está enganado, se você é realista, podemos mudar essa realidade, podemos tentar.
– Você não entende, vou te deixar aqui comigo, quando você me conhecer melhor vai gostar de mim. Ele coloca as mãos no rosto dela. Você deve me achar um loco não é mesmo?
 – Na verdade... Eu te entendo, você é sozinho.
                Do lado de fora haviam várias pessoas com tronco de árvore com fogo gritando do lado de fora prontos para invadirem o pequeno castelo de Alexandre. Quando ele ouve todos do lado de fora, Adelaide consegue ver ele com medo pela primeira vez, eles se olham nos olhos e uma lágrima cai dos olhos de Alezandre.
– Ao seu lado eu enfrento tudo.
Adelaide aparece na portaria junto com seu amigo e todos saem para abraçar ela, ela fica feliz mais ao mesmo tempo triste por deixá-lo sozinho, porém faz ela pensar sobre o quanto ele abriu mão de seu amor, para vê-la bem e evitar mais tristezas, fez isso para proteger ela dele mesmo.
             Passou-se um tempo Adelaide ainda sim continuou pela busca de Calisto, e fez uma ordem a qual encontrassem ela.
Eles acharam e quando a encontrou, eles descobriram que ela tinha sido acusada injustamente, e que tinha deixado o seu filho quando pequeno. Calisto foi levada até Adelaide.
– Minha querida lhe devo muito gratidão por ter me soltado. O que posso fazer por você em recompensa?
– Na verdade Calisto 
minha recompensa é ver você feliz, eu aprendi a me amar, no começo era vaidade, orgulho queria te achar para poder me ajudar a curar os meus pés, e pensando bem meus pés não são tão feios. Ela solta uma sorriso.
– Com certeza filha existe alguém que vai te amar do exatamente jeitinho que você é sem criticar, todos nós temos defeitos. O rei e a rainha convidaram Calisto para trabalhar no castelo, ela aceitou e passou a ser chamada de Celeste, ela aceita e vai morar junto com o seu filho no castelo. Quando Adelaide estava no jardim sozinha como sempre, ela olha para trás e vê Alexandre, nos primeiros segundos ela leva um susto, mais vai correndo abraça-lo, ele a pega no colo girando no ar, ele primeiro pede perdão por ter feito passar por aquilo tudo, ela ao abraça novamente e quando se afastam do abraço eles se olham e se aproximam até se beijarem, o rei e a rainha ficam de butuca e acabam assistindo a eles dois, e eles ficam muito felizes, o mínimo que podem fazer é autorizar que ele pedisse a mão de sua filha, e serem gratos a Celeste por seu filho amar Adelaide sem precisar ser com os olhos mais sim com a alma assim como deve ser, o rei e a rainha se abraçam lembrando de toda sua jornadas juntos que viveram.
– Adelaide, deixei o meu orgulho de lado e o meu medo por que eu te amo, e tive coragem de ser feliz, e ganhei você, a coisa mais preciosa em minha vida, mas que essa tiara em sua cabeça.
– Eu deixei a minha vergonha de lado, você me ensinou muitas coisas, eu te amo com todo o meu coração! pela vida toda.
– Agora eu que estou um pouco envergonhado, bom não sei se sou bom nessas coisas, mas vamos lá. Ele pega em sua mão ajoelha e olha em seus olhos.– Aceita esse príncipe desajeitado como seu namorado.
          Passaram-se um tempo Adelaide e Alexandre se casam e tiveram uma linda filhinha, que se chamava Lina, que tinha nascido com o nariz um pouco diferente talvez torto, mas sua mãe Adelaide ensinou a lidar com isso em sua vida, você pode ser linda e nada vai mudar o foto de você ser uma princesa, não é um defeitinho ou outro,  como chamam, que vai deixa-la menos linda, ser diferente é bom, o ruim seria se todos fossemos iguais.