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Atrás de mim

 

 



           Às 9:15 da manhã na delegacia de polícia na região de Cartão um grupo de detetives muito conhecidos pela sua competência e eficiência em cada trabalho que executam estavam tendo uma reunião em uma pequena sala fechada, cujo os vidros mostravam o lado de fora. Hoje a delegacia parecia muito agitada entretanto tinham recebido a denúncia de 4 jovens pichando o prédio da delegacia de polícia alegando ter sido uma aposta perdida entre colegas.
          Enquanto isso na sala de reuniões o superior pede para que Rayan, sendo ele um dos detetives mais admirados dali, seria o escolhido para o caso junto de seu colega Cameron, caso esse das jovens garotas pichadoras. A reunião acaba e Rayan é o primeiro abrir a porta e sair da sala e perceber uma movimentação estranha na delegacia, um alvoroço pelo prédio. Nesse momento tinha acabado de faltar a luz no prédio. Além do mais o cano de água tinha sido estourado e água estava por todos os lados dos corredores até as salas. Nisso as jovens pichadoras sentadas e algemadas viram a oportunidade de fugir e correram para todos os cantos do prédio. Cada policial foi atrás de uma delas. Uma das jovens infratoras pulou da janela, outra conseguiu descer as escadas. O detetive Rayan, o responsável desse caso, encontra uma que se escondeu em uma sala do prédio ele a alcança e tenta persuadir ela a não fugir e a fazer o que é certo e se entregar.

— Qual é o seu plano? você está sobre vista de dois policiais.
— Dois? Só estou vendo você. — Eu dizia olhando para uma janela quadrada no meio da porta em que podia ver o policial.

Sim te quero aqui

 


        Batia uma brisa leve de outono da janela que dava direto para a rua. Pensei que o dia ia ser difícil, mas foi suportável. Hoje eu estou melhor que ontem. Tempos difíceis, preocupações familiares, com o meu futuro, coisas das quais todo mundo passa, ou passará. Me chamo Desirre e hoje estou em uma roda de conversa de um grupo de pessoas que ajudam as outras com problemas psicológicos. É o grupo dos alcoólatras anônimos e eu participava desse grupo para tratar desses assuntos, mas não meus assuntos, eu era assistente da minha psicóloga. Víamos o resultados dos jovens melhorando e era gratificando saber que contribuía de alguma forma, mas outros paravam de ir nas sessões já faz um tempo e mentiam para seus pais e gastavam o dinheiro com bebida. Diante disso, na verdade era eu precisaria de uma reabilitação do coração, mas sei que nada é ruim pra sempre as coisas se equilibram. Será que ele vai encontrar um caminho de volta para mim? Eu espero que consiga.
– Despreguiçar é tão bom!
 Certa manhã acordo e me levanto da cama abro a porta e de pijamas mesmo vou para a sala ligar a televisão. Percebo que passava desenhos e deixo nesse canal, bocejo e coço o cabelo, pego meu celular com uma cordinha colorida que balança e vejo as notificações. Vejo que uma das notificações era uma chamada perdida e uma mensagem de uma pessoa desconhecida a qual dizia que era um dos parentes do meu pai, dizia ser uma prima dele e que conseguiu entrar em contato comigo. Na mensagem dizia o quando eu tinha crescido e estava bonita. Ela pediu pra dizer que todos sentiam muita a falta do meu pai. Nessa hora me veio na memória que na verdade eu não conhecia quase ninguém da família por parte do meu pai. Nessa mensagem ainda dizia para ele retornar a ligação e propôs marcarem um dia para irem viajar em um feriado para a casa deles. Essa ideia me animava um pouco, mas me dava um pouco de preguiça ao mesmo tempo.
Quando meu pai sai de seu quarto ele me dá um beijo na testa e me abraça, em seguida falo da mensagem que tinha recebido. Talvez essa mensagem já estivesse lá a algum tempo, mas só olhei hoje. Ele escuta com atenção e franze o cenho com estranhamento, depois de um breve silencio.
Eu mostro a foto para ele.
– Ah, ta! É a Elizete.
– Ah, sua prima, eu já ouvi o senhor e a minha mãe falando dela.
Nesse momento a minha mãe chega na sala.
– Quanto tempo elas não entram em contato. O que elas falaram Desirre? Perguntava minha mãe.
– Disseram que estavam com saudades.
– Acho que ta na hora de procura-los, Vinício, o que eles querem falar pode ser importante. – Dizia minha mãe.
– Não quero procurar a minha família eles vão vim com aquele papo de novo lembrando coisas do passado, agora implicando com meu emprego o melhor é evitar isso.
– Tenho que ir atender. Vou me arrumar beijos. Até mais tarde
Quando cheguei em casa estava morrendo de dor de cabeça e me escondendo atrás de um casaco preto.
– Eu e sua mãe estávamos conversando e decidimos que vamos viajar esse final de semana para casa dos meus familiares. Vai ser a primeira vez que sua mãe vai conhecer eles também.
Tenho carregado uma carga de perder pessoas. Tem vezes que não quero levantar da cama e perdi alguns quilos e agora não quero conhecer pessoas mais pra poder perder de novo. Primeiro meus avós, depois meu namorado em um mesmo ano. Joguei o ursinho e o anel pelo muro da casa dele depois de um tempo sem esperança de voltarmos com ajuda da minha minha amiga e meus avós que faleceram os dois no mesmo ano. Tem sido um processo reconstruir meu coração dia a dia. Eu me lembrava você precisa tentar ser uma melhor pessoas todos os dias.
 Na viagem percebo que estávamos chegando.
              Todos sentavam à mesa para tomar café da manhã, coloco meu casaco atrás da cadeira e me sento com pessoas que eu nunca vi, mas que pareciam receptivos. Eu sou introvertida, porém brincalhona, porém sem assunto no início, principalmente, dependendo do nível de proximidade, não gosto de falar coisas que não sei e nem de coisas polemicas, mas me esforço para poder falar mais, ser mais sociável. Ficaríamos por lá alguns dias, mas é recente ainda sinto saudade de Heitor. Lembro de quando ele ficou com vergonha e eu pude ver o sangue subindo no seu rosto, suas mãos exploravam meus dedos entre os seus e o nosso primeiro beijo foi, mas foi, tão lindo. Um arrepio no coração. Quando eu disse eu já vou indo dormir amanhã vou ter que acordar um menino dorminhoco ai para ir trabalhar e risos e a palavras deliciosas de ouvir como eu te amo, tão doce que não precisava mais de nenhum açúcar. Acho que consigo me despedir de você. Naquele momento em meus devaneios em meio a conversas era uma mistura de emoções, não sabia se me sentia sozinha, se sentia raiva, triste ou se me arrependia de não ter pedido de outro jeito pra ele ficar, mas não posso me culpar por uma decisão que foi dele.
– Lembro dele pequeno. –Dizia me pai – e a Desirre brincava com ele.
Todos na mesa olhavam pra mim, outra primas, o amigo vizinho do meu pai.
 – Sim. Eu lembro da gente criança brincando. Nossa! que nostalgia lembro do Theo era um vizinho bem próximo daqui da casa onde morávamos.
– Agora ele ta de plantão. Eles e a sua mãe ainda moram aqui, quer dizer só mudaram de casa, mas o Theo ta um homem muito trabalhador. Depois eu vou na casa da mãe dele ai você vem comigo Desirre. Dizia a prima Elizete.
– Desirre ta estudando para concurso público ela está no último período de psicologia. Dizia meu pai orgulhoso. Meu pai se gabando de mim, mas eu preciso me dedicar mais ao estudos de concurso. Desde a ultima vez meu namorado tomou a decisão sobre não seguir adiante com o namoro por celular foi um dia antes da minha prova, não consegui dormir essa noite e consequentemente não passei. Eu pensei que seria uma briga normal de casais e não que ele iria reagir assim um dia antes do concurso. Primeira vez que pude sentir a força de uma paixão e sentia que ninguém no mundo me tratava melhor do que ele agora olhando para trás vejo que foi algo passageiro para ele.
              Em meio aos pensamentos que afogavam meu coração sem entender o porque de tudo isso ter acontecido eu começo a sentir uma falta de ar, todos na mesa pareciam bem menos eu. Eu sentia que eu fazia força, puxava o ar e isso me deixava mais zonza e a minha mão e rosto suavam frio. Quando olham pra mim e perguntam se eu estava me sentindo bem. Até que eu levanto e digo que estou bem, mas tropeço e torço o pé e desmaio.
Já no hospital meus pais ficaram do lado de fora enquanto estou repousando em uma sala, com o pé enfaixado e esperando o resultados do exame. Fico surpreso por quem batia na porta, uma atitude da qual eu não esperava. Era Heitor da qual tinha uma expressão preocupada. Eu estava bagunçada, descabelada e quando eu vi ele eu me escondi no meu casaco. Ele chega mais perto senta do meu lado enquanto esperava ser atendida.

– Como você ta aqui? 
– Pra falar a verdade seus pais me ligaram. Assim que soube e parece imediatamente vim te ver.
Impressionante mesmo chateados com Heitor meus pais ligaram para ele avisando, mas eu estou bem.
– Não quero me veja assim.
– Vamos brincar de esconde esconde, então mas eu vou te achar. – Ele continua encarando meu rosto escondido no casaco –  Você está bem?
– To bem! quer dizer sinto uma dor de cabeça, um pouco tonta.
– Vai ficar tudo bem. Eu to aqui sempre você que precisar.

Ai meu Deus será que tem alguma chance dele não lembrar desse dia? que me viu assim?
Depois de tudo eu queria eu queria que ele me visse plena e bonita depois de terminar comigo. Apesar de tudo ele veio correndo para me ver porque ele se preocupa comigo? 

– Não precisa se preocupar comigo eu to bem.

– Mas é claro! Eu me importo.

Nesse momento não estava zangada, ao ouvir sua voz não parecia que aquele atmosfera de coisas ruins estava acontecendo entre nós dois.

– Eu senti sua falta. Digo de forma repentina mesmo parecendo eu quis arriscar, mesmo dentro de mim sem forças e quis lutar essa vez por nós dois.

– Você pode sempre contar comigo.
– Só isso? Eu só queria que você não tivesse decidido me deixar, mas não adianta conversar e agora não é o momento.

Mais uma vez não conseguia entender o porque de não ficarmos com as pessoas que gostamos, mas entendo o amor sozinho não sustenta a relação, mas a forma como o relacionamento sustenta o amor, embora quando seja com a gente não parece fazer sentido as vezes.

O médico entrou na sala olhando para a ficha em uma prancheta e olhamos juntos para cima e o rosto dele, não acredito Theo trabalha aqui, é ele.

– Boa tarde senhoras e senhores!

– Boa tarde! Respondemos eu e o Heitor. –  Se sente enjoada alguma coisa assim?
– Não...é me desculpa, se importa se eu perguntar? mas você é por acaso o Theo?
– Sou eu.
Nessa hora eu abro um sorriso.
– Você lembra de mim? Sorrio animada.
– Você é a...? Me desculpa. Ele coloca a mão na cabeça como se dissesse que a culpa é da cabeça falha.
– A gente brincava na rua e uma vez quando choveu jogamos da água na chuva um no outro, a gente também fazia guerrinhas de mamonas que pegávamos de um matagal, lembra?
– Não acredito! Desirre? Tudo bom, minha querida? Quero dizer você está aqui no hospital, né, mas tirando isso tudo bom? Ele sorri com seus largos sorrisos.
– Eu to bem! Sorrio pelo comentário – mas parece que essa é a única palavra que sei dizer hoje, que eu to bem – Eu to com meus pais aqui na casa da prima Elizete.

Enquanto isso Heitor ficava em silêncio observando.

– Bom... Seus exames Desirre deram os resultados todos bons.
– Mas então porque eu desmaiei?
– Me permite dizer com a presença da sua companhia?
– Sim, claro!

– Eu não sou psicólogo, mas é provável que você esteja sofrendo com um carga emocional – Nessa hora Heitor olha para mim e eu me arrependo de não ter tirado ele da sala. –  Precisa ser cuidada, pois acaba que seu corpo responde e pode ter prejuízo devido a isso. Não sei o que aconteceu na sua vida, mas o que for que aconteceu isso já passou agora temos que viver daqui pra gente. Considere isso. Ta bom? Ele sorri de forma bondosa e olha para Heitor.

Ele parecia fazer as coisas parecessem tão praticas. Eu olhava pra ele não acreditando. Que ironia eu estudante de psicologia não sabendo lidar sozinha com tudo. Fico feliz de olhar para meu passado e estar de um menino que sempre foi atencioso por estar diante de alguém que confiava. Ele iria me examinar com o estetoscópio. Pediu licença sentiu ouviu meu batimentos cardíacos por cima de meus vestimentas da qual ele pedia para eu respirar e inspirar. Ai final disse que estava tudo bem e eu poderia ser liberada. Saio da sala e encontro com a minha família.
Meu pai agradece a Heitor por ter vindo e minha mãe pede para ele ficar e dormir, pois já estava noite e tarde. Eu ainda tive um fio de esperança que ele ficasse, mas ele disse que precisava ir e que sua mãe estava esperando. Sei bem que a mãe dele foi uma das pessoas que disse que eu não era para ele, assim como a outra namorada dele, ela me contou a mesma coisa, acho que não foi diferente dessa vez e é claro achou certo o que o filho dela tinha feito comigo.

– Primeiro não precisava ter ligado para o Heitor, gente. Segundo sabiam que o Theo ta trabalhando aqui?
– É mesmo? ah por isso Elizete deve ter indicado para virmos para cá e também porque era o mais próximo. – Dizia minha mãe – Vamos pra casa?

Olhei para eles ainda com uma expressão um pouco chateada. Talvez ele tenha pensado que teria sido mais fácil ter me deixado porque não estava confiante em me fazer feliz. Mesmo sabendo que todos nós erramos o resultado reflete em tudo que fizemos. Depois dessa dor que senti aqui girou um chavezinha na minha cabeça. Desculpa eu não sinto mais o mesmo eu só quis poder tentar a ultima vez.
         No dia seguinte já a noite nos reunimos na sala e Elizete finalmente diz o que nos esperava era uma notícia grande e que poderia mudar as nossas vidas. Ela tinha mesmo essa mania de engrandecer as coisas. A notícia foi revelada de que meu avô já falecido tinha deixado uma casa em nome de meu pai. Não sabíamos só porque viemos saber agora, mas a notícia era essa. A notícia era boa, já que morávamos de aluguel, mas só em pensar em voltar a morar aqui e agora longe da minha faculdade, do meu trabalho e de Heitor.

              Sai um pouco de casa para pegar um ar e sento em uma cadeira de balanço que dava a visão para a rua. Vejo alguém entrando no portão.
– Boa noite, doutor!
– Quanto tempo o e está melhor?
– Sim sim.
 – Como vai a vida? Não conseguimos conversar muito naquele dia.
– Tenho uma notícia. Vou morar aqui agora tudo indica que sim.
– Olha, por essa eu não esperava é uma notícia boa. –  uma pausa dramática de silêncio –  Eu vim entregar uma sacola da minha mãe para a Elizete. Ela está em casa?

– Está sim, pode entrar.
– É impressão minha ou não achou uma boa notícia?
– Obvio que é uma ótima notícia estou verdadeiramente feliz por você estar de volta.

Até que ele é um motivo bom, pensando bem esse lugar me traz nostalgia é bom reviver a melhor época a de quando somos crianças e os problemas não existem e se existisse nada era tão grande o bastante para acabar com alegria.

              Dia da mudança a casa era próxima a de Tho e sua mãe. Eles nos ajudaram com a mudança. Consigo arrumar quase tudo durante o dia. Já a noite vou ao mercado comprar algo prático para jantamos porquê estávamos sem poder fazer muitas coisas na cozinha ainda. No caminho vindo ao longe vejo Theo vindo com sua mochila nas costas.
– Theo, você está indo para casa?
– Eu sou médico, mas nos tempos livres sou uma pessoa que vai pra casa. Fala Theo com sorriso cansado e fraco.

– Porque você ta diferente, metido? Cadê aquele caipira. Só porque é um moreno alto, médico ficou metido? Eu sorrio.
– Preciso só de uma academia to magrelo.
Eu tenho um humor que quase ninguém entende, mas ele me entende. As pessoas que me conhecem, me conhecem no detalhe ali que mora uma beleza peculiar que poucos conhecem e poucos permito conhecer.
              Enquanto estava andando no caminho de volta para casa eu sinto uma dor muito aguda na cabeça e chego a sentar no meio-fio.

– Eu tenho que cantar
– O que?
– Eu sinto essa dor de vez ou outra ai sempre que canto me sinto melhor eu sei que parece doideira.
Ele se abaixa até onde eu estava sentada.
– Não nada disso, canta pra mim.
Eu começo a cantar cuja a letra era “ fiquei com nó na garganta e no coração uma dor de luto, mas parei de esperar suas mensagens todas as noites como antes, fiquei sem chão e em choque e vergonha e pra abrir meu coração vai demorar um pouco”

– Você canta muito mal sabia?. Ele dizia enquanto eu morria de dor. – Ele senta no meio fio –

– As meninas sempre se entregam acabam se entregando mais  que os homens, ou vise e versa, mas você não é a primeira nem a última a passar por isso, pode acreditar já passei por isso. Isso vai passar.

– Não me entenda mal, mas você parece ser destemido, não parece ter passado por isso.

– Era aquele rapaz que tava com você no hospital?

– Sim, mas nem foi a volta o cão arrependido, só veio por pena, eu acho. Foi por um motivo bobo que ele terminou comigo. Ele tinha a síndrome do Peter Pan na psicologia chamamos assim. Ele se envolveu, mas não se comprometeu ele não priorizava a nossa relação e nem chegamos a brigar muito bastou apenas uma para ele decidir e namoramos por poucos meses. Eu sei que não posso ficar assim por alguém, mas foi inevitável saiu do meu controle, tenho tentado. Eu vou ter que sair dessa sozinha por um tempo eu não conseguirei ainda quero abrir meu coração de novo e passar por isso ou magoar alguém.

– Ahh,... é foi por isso?
– Sim. Todo mundo tem a mesma reação. Não sei se foi a verdade, mas isso não importa mais. Me doi saber que nem consigo lembrar da alegria que sentia com ele.
A gente pensa que não terá ninguém mais perfeito mesmo a minha ex mandando um abraço para o meu cachorro o Bisnaga e se importava com essas pequenas coisas ela não é mais a mesma para mim. Sei que você pensava em alguém que nunca faria isso com você e que desistisse de vocês tão facilmente. Por um tempo ainda vai ser difícil, mas depois de voar o mais difícil é saber pousar em um lugar seguro pra chegar e fazer o seu lar. Sem que desistam de você, nem dos dois, alguém que te ame com amor sincero, puro e profundo, que te ame e ame ter por perto.

Acho que arriscamos e caímos do alto e paramos no fundo do poço, mas tudo bem estamos aprendendo a voar.
Ele me ajuda a levantar do meio fio e segura a minha mão para me puxar
– Que mãozinhas delicadas.
Ele me puxa em um só impulso. Nos olhamos. A cena, que aqui parece lenta, durou poucos minutos.
– Ta tudo bem ai? 

– Ta sim...
só que ele ta perto demais de mim, você. 
– Pensei. Estremeci nos braços e quase podia ser palpável a sua respiração de tão próximo que estávamos isso me assustou.

– Perdão te puxei forte para minha direção.
– Ta tudo bem! 
Sorrio um pouco sem jeito.
Ele me leva até a porta de casa.

– Obrigada por hoje, pelos conselhos você é o melhor.
– Pode parar chega de agradecer, eu que agradeço por sua companhia. Aliais onde ela passa faz o palco dela de imaginação. Lembro que te via cantando, brincando com as galinhas quando era criança. Você não mudou nada, ainda me fez cantar junto para passar a dor. Espero que as duas dores sumam. Diz ele com uma expressão afável.

Um ou dois dias se passaram e na terceira vez Theo parece ter arrumado um pretexto qualquer para voltar a falar. Ele bate na porta em um dia que estava chovendo do lado de fora pedindo um guada-chuva até em casa. Acanhada olho e ele percebe.
Eu peço pra ele ficar.

– Vem vamos entrar pode esperar até a chuva cessar um pouco.
– Seus pais estão ai?
– Foram ao super-mercado, mas eles te conhecem pode entrar. Vem, anda.

Ele tira os sapatos encharcados e deixa no tapete do lado de fora da porta.
Trago uma toalha e enxugo os seus cabelos como se ele fosse um cachorro gigante molhado.

– Eu preciso de um abraço. Eu estava vendo um filme triste.

Ele sorrir
E me abraça forte e me arrependo, pois seu abraço era estranhamente confortante que não queria mais sair de seu abraço.

– Quer ver um filme comigo? Eu fiz pipoca doce com leite em pó e chocolate você precisa provar. – Digo isso enquanto procuro vasilhas para dividir a pipoca – Você está mais quieto hoje aconteceu algo?
– Algumas coisas...

– Que coisas? Me dê exemplos...
– ah vc sabe... coisas do trabalho.

Começamos a assistir ao filme que era do gênero terror.

– Você chama isso de terror?

– Ain como você não consegue tapar os olhos?
– Já vi coisa pior no hospital...

– É..mas eu tenho medo.
Ele sorrir.
Olha para a foto que estava pendurada na parede.

  Pensei que gostasse de cachorros quando mais nova você amava.

– Sim porque queria te um, mas na verdade tive medo ai meu pai deu para alguém.

 – Você é uma bebezona mesmo.
– Eu sou. – Faço beicinho. –
Ele olha para mim como se achasse um mina de ouro nesse mundo.

– Tenho a impressão que fomos criados como primos, sou tão sortuda por ter um amigo de infância.

Mas algo repentino acontecesse quando percebemos estávamos segurando as mãos enquanto viamos o filme. Meus pais chegam e nos observam, mas sem antes que eles perceberem nós tomamos a consciência e soltamos as mãos um do outro.

Ajudamos meus pais com as compras e logo a pós o filme acabar levo Theo até o portão para acompanhar ele ir para casa.

– Bom descanso! Ele ainda fica parado me olhando

– Pode falar. – Eu digo encucada.
– Não, deixa para lá.
– Agora que vi seu cabelo está lindo!
 São seus olhos! –Sorrio–

 O meu e de todo mundo, deixa eu te emprestar eles para se olhar no espelho e ver o que eu vejo.

– Agora fiquei vermelha. Não consigo ter uma resposta rápida pras coisas que você diz talvez porque eu me importe muito.

 – Você é tudo que eu sempre quis na minha vida, Desirre. – Dispara ele de forma repentina.

– Você é o dobro do que sempre quis... pera isso não faz sentido eu sei.
Ele fecha os olhos balança a cabeça concordando.
– Ah, eu sou? Deixa eu tirar uma poeira do seu rosto.

– Sabe o que é? Desde que você veio para cá tudo voltou a tona.
– Sobre o que?
– Eu não queria te pressionar, ou que se incomode com isso. Eu sei que você passou por algo difícil eu quero ser seu apoio, é que toda vez que te vejo é difícil conter minha alegria, cada vez cresce mais por você o meu sentimento eu fiquei muito feliz de ter você de volta, pois eu sempre tive uma quedinha por você quando éramos criança, você era a minha crush. Ele sorrir.

– Eu desconfiava, mas pensei que era coisa da minha cabeça. – Digo envergonhada – Diante de tudo que me disse eu considero seus sentimentos por mim algo lindo, mas... acho que eu preciso de um tempo sozinha para me recuperar. Somente sozinha eu conseguirei. Pode demorar um pouco, mas por favor só tenha um pouco de paciência um dia de cada. Eu pensei que nunca mais iria amar novamente, mas vou te mostrar dia pós dia que tenho vontade de ficar mais próxima de você.

Ele balança a cabeça consentindo com um sorriso em seus olhos

Eu suspiro de alegria de poder passar a noite pensando nele.


– Talvez não seja o suficiente agora, mas você está entrando no meu coração.

Ele sorrir.

Alguns meses se passaram.

Na praia jogamos areia molhada um no outro. No parque eles passamos mal juntos. Ela diz que estava doente e eu cuido dele.

Com os lábios de encontros nos dele e o carinho que eles se fazem e cada toque mágico constitui em mim laços de ternura.

Nem sempre no processo vai aparecer alguém, mas no meio de tudo ele apareceu sendo o motivo de todos as outras tentativas não terem dado certo, porque era você todo esse tempo, sempre foi você.

Até eu te encontrar

 



Pegando a brisa de manhã de dentro do carro e respeitando aquele cheiro de terra molhada. Fazia uma semana que eu estava na Coreia do Sul, com o visto de estudante. Inclusive tinha vindo para cá eu e minha irmã mais velha a Delfina que veio a trabalho. Ela era arquiteta e a sua empresa tinha mandado ela para a Coreia do Sul para uma pesquisa e eu acabei vindo com ela com os custos da empresa e por eu ser da geração que amava a cultura e aproveitei para me inscrever para estudar a língua em um cursinho aqui. Hoje depois da aula da aula do curso resolvi passear com as meninas da minha classe da qual eu tinha desenvolvido uma certa amizade. Eu me chamo Kira e o meu coreano não era dos melhores, mas sabia conversar o básico e agora aprimorando. Tudo era novo e eu sentia medo, mesmo com minha irmã do meu lado, ser uma estrangeira aqui era totalmente diferente.
Era sexta à noite e via ruas iluminadas estávamos em Itaewon na Central de Seul uma rua famosa por ter bailes. Minhas colegas resolvem ir para a balada coreana, mas eu não podia ir, pois eu seguia os princípios cristãos da minha igreja. A única coisa que ela me falaram foi para eu pegar o metrô e segui o mapa dizendo que era fácil. Elas sem pensar duas vezes entram e me deixam sozinha do lado de fora. Nisso começo a me desesperar, pois eu não sabia onde eu estava.
          Ainda na entrada do baile eu mexia no celular procurando o mapa com as mãos tremendo, andando de um lado para o outro. Até que levanto meus olhos e esbarro em ombros duros e vejo com um rapaz coreano na minha frente. Nossos olhos se encontram e parecia soar a música “Time spente walking trogh memorie de Nell” Eu fico admirada com seus olhos bondosos e a sua beleza asiática. Além disso, seus olhos sobre os meus parecia que eu vivi naquele instante que um sentimento leve como a brisa invadia meu coração em poucos minutos. Parece que ele notou que eu não era daqui, mas não me olhou como se eu fosse Destranha. Até que caio em si.

- Você saiu ali de dentro?
*Aponto*

- Dentro da balada? Ah, sim! eu saí de lá. Porque? *Ele franziu a testa*
Desvio o meu olhar, ele percebe um certo desapontamento e aquilo despertou nele uma certa curiosidade.
Volto a olhar o celular e saio andando...

- Volte aqui. Você precisa de alguma ajuda? parece preocupada.

- Ahh eu acabei esquecendo que estou perdida.

De repente começa a chover e olhamos para o céu e na tentativa de nos proteger vamos para baixo de uma tapagem de um ponto de ônibus. Ele tenta me cobrir com sua jaqueta de couro preta. No caminho explico o motivo de eu não poder entrar e ele parece surpreso assim como estou acostumada com as reações e não esperava que fosse diferente ou que alguém  estendesse.
-  Que estranho hoje não estava dizendo que iria chover ele olha pra mim e sorrir.
- Até o tempo é imprevisível até o tempo é.

- Deve ter ficado assustada suas amigas te deixaram aqui sozinha em num país estrangeiro.
 – Ta tudo bem! Acho que eu consigo.
-Eu posso te levar – Olho para a moto dele assustada - Não na minha moto, não espero que você aceite eu sou um desconhecido. Eu posso te levar de ônibus até a sua casa.
- Muita bondade sua, mas… porque você quer me ajudar?
Ele dá de ombros
O ônibus para no ponto e ele dá um sinal. Eu confiro no celular se o nome do ônibus era o mesmo e entro. Ele nem mesmo senta do meu lado no ônibus, mas olho para ele de longe admirada. Ninguém nunca fez algo assim por mim, porém um pouco assustada. 
          No caminho via o vento bater nas folhas das árvores fora do ônibus. Eu não queria ligar para a minha irmã mais velha a Delfina porque ela iria pensar que sou irresponsável e não iria me deixar sair sozinha outra vez, mas pensando bem acho que seria mais responsável ter ligado para ela do que vir “sozinha” com ele.
O ônibus de repente para em um lugar que eu não conhecia ainda mais a noite. O motorista levanta do seu banco dizendo que o pneu estourou e todos descem do ônibus.
- Ah agora eu lembro daqui está bem próxima. Sou muito agradecida ao senhor. *era cultural falarmos de forma formal com desconhecidos*
- Mas é perigoso ir sozinha andando. Isso a voz dele já não ecoava quando eu já estava longe.

          Finalmente chego em casa segura e suspirando o quanto cúmulo da fofura ele era. Estava feliz, pois cheguei a tempo da Delfina perguntar onde eu estava a essa hora. Em seguida deito na minha cama com roupas da rua mesmo porque eu estava muita cansada só estico minha mão para ver o celular. Abro uma página do google e aparece ultimas noticias da Coreia do Sul. De vez ou outra tinha curiosidade de abrir, mas não era uma rotina, mas me deparo com a notícia sobre um ator famoso da Coreia saindo de uma balada com uma garota estrangeira. Meus olhos saltam e dou um pulo ao levantar. Minha irmã aparece no meu quarto me mostrando o celular. Vejo a minha foto ao lado dele e não dava para ver muito meu rosto, mas minha irmã me reconheceu.
- É você, Kira?

- E se eu disser que sim? Primeiro eu não sabia que ele era um ator famoso.

- Pensei que você soubesse da cultura de k-pops, atores etc.

- Acho que não todos, eu não entendo, não me lembro ou acho que estava tão nervosa por estar perdida que não o reconheci.

-O que você se perdeu?*dizia com ar de bronca* Aqui na notícia ta ainda que ele postou no Instagram que quer encontrar, saber o nome da tal menina estrangeira e misteriosa.
-Sério? ele quer me ver? Eu posso encontrar ele? As vezes ele só quer me agradecer.
- Agradecer pelo o que, Kira?
-Verdade não sei.
- É muito arriscado e perigoso, agora você vai ficar um tempo sem sair de casa, pode ser muito perigoso. Além do mais sabe o que um garoto famoso, rico assim o que ele poderia querer?
- E seu eu fosse com você junto?
- Você sabe ele não é um garoto para você.
- Eu sei, você tem razão.

Algo me dizia que eu estava destinada a não poder sair mais de casa, pois evitei tanto era o que eu mais temia. Antes de dormir eu pesquiso mais sobre ele e vejo que ele era ator, descubro que seu nome é Hwang, mas tinha ficado famoso agora depois de estrear em um drama que ele fez um papel de Bady boy e se tornou muito popular e ele tinha sido um dos personagem protagonista. Nessa mesma noite começo assistir. No começar de todo drama, ou dorama eu ficava pensando se eu iria gostar, mas assim como das outras vezes acabo amando.
          Já fazia semanas que eu não saia, mas avisei ao curso e a todos sobre a situação e ainda sim Hwang não sai da minha cabeça, apesar de todos meus esforços.
          Apesar dos pesares toda dia olhava de uma janela enorme que dava para a rua e tinha uma esquina escura e via pessoas passando por lá. Via todos os dias o céu e hoje via uma avião pensava que depois de algumas semanas teria que voltar para o Brasil. Pensamento engraçado da qual antes olhava para o céu vendo os aviões e sonhava estar indo pra a Coreia e cá estou eu. Nem posso acreditar.
          Depois dessa quarentena enquanto via o último ep do seu dorama de sucesso, sabia que só veria ele pelas telinhas. Neste dia a minha irmã me pede para ir no centro do outro lado da cidade, um pouco longe, em que eu teria que pegar o metrô pra comprar um cartão de ônibus para nós duas, pois só nesses lugares vendiam da forma enfeitada que queríamos e ela não poderia ir comigo, pois estaria no trabalho. Dessa vez ela estava mais tranquila pelas pessoas já terem esquecido um pouco, mas o meu medo era de que eu caísse no esquecimento para ele também, pois não pude ir ao encontro dele.
 Mesmo assim uso um moletom preto com capuz que cobria meu rosto e óculos escuros. Pego o metrô e na subida das longas escadas saio de dentro da estação direto para as ruas do bairro de Myeongil e vejo logo a loja onde eu deveria comprar. Eu olho para todos os lados e vejo uma multidão esperando para atravessar na faixa de pedestre. Na movimentação observo um cara a quem, estranhamente, a chuva daquela tarde não parecia o incomdar, está todo molhado a blusa. Observando de longe quando ele vira seu rosto vejo que era o Hwang também esperando para atravessar a rua. Quase não acreditei, quase desmaio, não podia acreditar que eu estava vendo ele novamente. Me aproximo dele e eu não sei porque, mas meus olhos se encheram de água e nisso sinto como que aquela música tocasse de novo. Toco o seu ombro e ele se vira. Ele fica feliz, surpreso e admirado de poder me ver e ele fica um pouco envergonhado
- Isso é real ou sonho? Ele sorri totalmente abismado.
- Hwang, né? Soube que...que... você era um ator famoso.
- Sim e também um cara que queria muito te encontrar novamente. Porque não veio me encontrar?
- É uma longa história...
-  Você tem a minha atenção. - Diz ele sorrindo - Você aceita comer alguma coisa comigo?

- É que eu não sei se vai ficar tarde.
- Te levo para casa novamente de ônibus* Nós sorrimos*

          Já no restaurante local ele me explica sobre o cardápio em coreano e rir de mim por ter dificuldades. Ele se aproxima enquanto ele explicava percebo nossas respirações próxima até demais. E me pergunta porque eu me sentia assim, não parecia uma má ideia ouvir ele o me explicar o tempo todo. Nisso senti algo diferente ao tocar a ponta de seu polegar em meio a apontamento do cardápio em nossas mãos, percebi em seus olhos o mesmo.
- Sabe, não parece uma má ideia. *Olho surpresa* To pensando em comprar uma empresa de ônibus e largar minha moto.
*Nós rimos em corol*
- Seria o primeiro a faze-lo.
*Digo envergonhada*
- Fiquei muito curioso sobre você, notei seu comportamento, você é diferente em todos os sentidos.
Diferente de outras pessoas que achavam, isso parecia encantar ele.
Ele parecia não se importar nem um pouco por eu ser estrangeira. Pelo contrário parecia cativar e aos poucos parecia ficar mais curioso e eu por outro lado já nutria algo próximo a um sentimento por ele.
-Um diferente bom ou ruim?
- Digamos que com certeza bom, algo muito positivo em você que erradia.
*Depois de corar*
- É… eu preciso ir agora.
- Eu te levo.
- Obrigada.

Enquanto saimos do restaurante vi a moto dele estacionada e aquela moto me lembrava alguma coisa. Percebo que era a mesma que ficava parada na esquina escura todas as noites e da qual me perguntava quem deixaria uma moto sozinha.

- Aquela moto é sua?
- Ah, aquela? mas é claro porque?
Nesse momento corro, atravesso a rua sem o sinal ter fechado, jogo bolsa, casaco e óculos para trás enquanto corria e os objetos lançados por mim caiam sobre ele. Adeus disfarce. De forma rápida ele consegue me alcançar e segurar meu antebraço. Ainda com a respiração ofegante eu olho para ele com medo e o encaro.
- Você tava me perseguido todo esse tempo
- Eu? do que está falando?
- Só me espionando, você é algum pervertido?
- Eu fiquei te procurando todos os dias desde a última vez que nos vimos. Não te vigiava da janela não me entenda mal. Desde que o ônibus quebrou eu voltei nesse ponto e perguntei a todos sobre a sua fisionomia sobre as hospedagens desse local. Sempre via você olhando para a janela vendo o céu mesmo nublado ou com estrelas e ficava admirando e ai foi o dia que te achei.  Eu poderia te dizer muitas coisas, mas basta você olhar em meus olhos e decidir se acredita e mim?

Nisso enquanto ele segurava meu braço mais fotografos filmaram nós dois e eu estava sem meus casaco, sem meu óculos.
- Tudo bem, mas é um pouco suspeito ficar olhando alguém da janela.
- Eu sei *ele sorrir* eu não queria te assustar batendo na sua porta do nada. Eu pensei que você tinha de que meu era.
Assim como pessoas choram de alegria eu também sorriu de tristeza. Então comecei a ter um ataque de risos de desespero e chorar ao mesmo tempo.

- O que foi? eu disse algo ruim?
*perguntou ele preocupado*

- Não... foi que eu que pensei que você tinha esquecido de mim.
- Tenho algo para te dizer, isso não tem chances de ter acontecido.
-  Mesmo? mas acho que não poderemos nos encontrar mais e sermos amigos.
- Porque, Kira?
- Não quero prejudicar sua carreira. Eu sinto muito.
*Ele olha cabisbaixo e sem entender muito*
- Não se preocupe com isso.
- É… só mais uma coisa. Se não for pedir demais você só pode me levar até em casa porque eu ainda não sei voltar sozinha.

- Pode ser na minha moto dessa vez?
- Hum eu acho que pode já ta bem tarde.
 *Sorrio de forma bondosa*

- Obrigada por tudo, pela compreensão e pela carona.
- Não fale assim parece que você está se despedindo pra sempre de mim.
- Nossa é verdade não tinha me dado conta. *Sorrio*
- Parece muito, só faltou um adeus na sua frase.
- Para de implicância não pareceu tanto assim-sorrio- Não farei isso. Lhe dou um beijo no rosto em forma de agradecimento. 

Ela me deu um beijo no rosto meu Deus!. Se recomponha Ryam. Não posso me apaixonar assim…mas conseguia controlar seu grande sorriso e o olhar dele se levantava para o alto feliz. 

Entrei  para casa pensativa sobre ter visto ele mesmo quando eu jamais pensei que pudesse e como eu estava feliz com isso, mas pauto meu dia em dizer que consegui comprar o cartão de passagem.

- E demorou tudo isso?
*olho com olhos dilatados, mas tentando disfarçar*
- Hoje o dia foi cansativo no trabalho fiz um relatório sobre as construções de prédio em Seul que visitei e tive que montar um apresentação sobre os espaços na hora para apresentar a proposta. Bem estressante. Ela dizia enquanto abria uma pacote de lamen e eu pensava no dia de hoje com o 

- Só de pensar me preguiça, mas todo esforço valerá a pena! fighting!
*minha irmã sorriu agradecida*
-  E eu posso ajudar em algo?
- Ta tudo bem, amanhã eu termino. Olha amanhã você já volta para o curso, mas ainda sim tome cuidado. Amanhã eu te levo de manhã.

          Eu e  Hwang nos encontramos depois do meu curso, pois eu iria acompanha-lo para ficar na plateia de um programa de variedade em que estariam seus colegas de trabalho com quem o drama recente de sucesso. Ao ve-lo chegando de longe não tinha medo do meu coração que acelera tanto quanto o via. Fomos para um parquinho próximo e sentamos no balanço e ventava muito naquela tarde. meu cabelos vinha com fúria em meu rosto, engolia o meu próprio cabelo enquanto ficava na tentativa de coloca-lo para trás. Chegando lá eu ficava animada e sem jeito, pois eu nunca tinha ido a um programa assim nem mesmo no meu pais.          Hwang dizia na parte da entrevista que gostava mais de dançar, pois fazia parte de um grupo de dança na escola o único passo que ele fazia era com os braços e sorriso tímido pelo seu movimento. Era uma artista completo, ele cantava, atuava e dançava. O engraçado que eu já tinha visto entrevista dele fazendo aquele mesmo passo de dança ele sempre repetia e acho que nem imaginou que eu olhei pra ele, mas estava eu olhando e parece ele nem acreditar que alguém pudesse estar olhando pra ele, como eu estava, mas como poderia pensar isso dele mesmo? dele ser maravilhoso!
          Em um dos jogos os apresentadores chamaram algumas meninas da plateia. Dentre elas o apresentador me escolheu e eu neguei até o fim. o apresentador pergunta meu nome e eu digo no microfone. Nisso ele e a plateia insistiram batendo palmas. Nessa hora eu olhei para Hwang e ele sorriu com aquele sorriso que só ele tem e me lançando de longe de onde estava sentado uma piscadinha me dando confiança para eu participar. Eu estava com tanta vergonha, mas acabei aceitando e subi ao palco.
          O jogo consistia em cantar qualquer música e se apresentar da melhor forma que pudesse para no final ganharmos um prémio. Uma das atrizes que fizeram parte do drama cantou com a gente, mas na minha vez de cantar todos aplaudiram como se eu fosse uma celebridade também e Hwang parecia surpreso por me ouvir cantar  e explicar o seu olhar é indescritível me olhava como se eu fosse o pôr do sol. Ao final do primeiro jogo o apresentar perguntou o lugar de onde eramos, se tinhamos assistido ao drama dos atores e ao final disseram pra mim que por ser brasileira eu era muito bonita e que combinava com o ator Hwang. O ator concordou que eu tinha o sorriso parecido com o dele e que cominávamos. O apresentador ficou brincando dizendo que os olhos de Hwang pareciam brilhar. Eu disfarçava nos conhecermos, mas Hwang parecia não se preocupar muito. Nesse momento eu corei e comecei a rir quando não pude ver a reação de Hwang, mas ao pouco que pude ver ele ficava surpreso e sorrindo. Eu apenas agradeci enquanto sorria envergonhada. O próximo jogo era de atuação tinhamos que imitar a nossa reação de nosso humor com fome, apaixonado, um namorado pedindo para que escovarmos os dentes, se o crush gostasse de outra pessoa, se seu melhor amigo gostasse da sua irmã, depois de assitir a um filme de terror. Ufa. Hwang parecia outra vez se divertir me vendo passar vergonha em rede nacional. Ao final do programa uma agencia de modelos me chama para participar de um ensaio de fotos e outros compromisso. Hwang aparece nessa hora e eu olho para ele, mas e eu recurso a oferta. 

- Parece que as pessoas te amaram

- Eu?
- Ah mas isso é fácil.
 Nessa hora ele não tinha se dado conta do que tinha falado, mas aquelas palavras esse dia tinha ficado marcado no meu coração.
- Estou muito orgulhosa de você. Você tinha que ser o ator principal em tudo.
*ele sorrir*

- Muito obrigada, minha princesa amada, não esperava que eu pudesse ser reconhecido internacionalmente. É muito gratificante eu me sinto muito orgulhoso, sabe, quando vi como o projeto era perfeito, pensei que muitos espectadores iriam gostar, mas nunca poderia imaginar receber tanto amor. É uma honra fazer parte desse projeto como este e estou feiz Trabalhamos duro sempre que tem um trabalho novo, fico animado, mas esse foi especial.
- Estou muito orgulhosa de você e você precisa acreditar mais que você é um ator incrivelmente talentoso.
Ele afaga meus cabelos em um movimento de ternura e muito afeto como se ele estivesse orgulhoso por eu ter ido assiti-lo.
- Meu coração disparou apenas com o seu olhar. Obrigada por ter me acompanhado até aqui.
- Estou aqui para isso.

*Para comemorar ele me leva a um lugar para comermos.*
- Que tal?   - ele apontava para cinema enquanto segurava um copo de café, mas naqueles copos de milkshake.
- Cinema? *repetia de forma engolindo seco*
- O que foi? - ele arqueava testa- Ah… vamos assistir nos divertir e assistir a um filme é só.
Eu sorrio mais calma e admirada. Ele faz carinho na minha cabeça como se eu fosse um pet fofo. Já dentro do cinema os filme se passava em algum século passado e eu pergunto o que ta acontecendo? E Ele reponde eu não faço ideia e nós rimos

-  Onde você tava todo esse tempo hein?

-  Tava ai perdido tentando achar você

Já de noite e Hwang me traz para casa. Na rua da esquina tinha um parquinho próximo de onde eu estava morando e ficamos conversando sentados em um balanço.
- Não sei se é adequado falar isso. * Ele para e pensa um pouco*. Mas vou falar é sobre os teus cabelos? Espera! São tão belos e é bom olhar pra eles. Talvez eu nesse tempo eu nunca tenha olhado para eles com atenção e não somente com atenção. Enquanto ele falava retirava uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e seu olhar continha toda a felicidade possível ao me olhar.
- Eu poderia observá-los fio a fio. Poder sentir a felicidade de os contar demoradamente. *Falava precisamente com lentidão*

- Vou chama-la de mocinha, pois você é uma moça linda ou sorriso porque você é muito sorridente. 

- Eu gostei desse mocinha. *Sorrio timidamente* Espera eu trouxe uma coisa pra você. É um doce chamado brigadeiro tomara que goste. Fui eu mesma quem preparei. Vamos lá  - levo uma colherada na sua boca-
- O que achou?
- Hum uma delícia!

Vejo que ele está a gostar, mas faço beicinho

- Mentira.

- Não é mentira eu estou viciado em brigadeiro, Kira.

-  Então vamos lá olha o aviãozinho mais uma colherada

*ele ria com a colherada*

- fofa demais *falava de boca cheia*
- Hum deixa um pouquinho pra mim também
Até que limpa olha para o meu rosto e limpa uma camada de brigadeiro no meu queixo.

-  Eu amei o dia de hoje, mesmo, de verdade, eu fico muito agradecida pela sua companhia, me divertir muito. Fica com Deus.
- Adeus eu me divertir muito, foi muito bom conhecer você, mas agora terei que ir.
- O que? como assim adeus?
- Você me agradecendo parece que está se despedindo outra vez ai eu imitei você.
- Ai não. - Bato na minha testa.-
- É brincadeira. Eu também me diverti muito ao seu lado. Tenho vontade de te levar dentro de um potinho.
- Posso te abraçar? * ele pergunta corado*
Ao som de vagalumes e em uma noite estrelada eu nem o respondo eu subo em um dos degraus da escadinha do portão de um vizinho estendo meus braços e sorrindo chamo ele. Hwang abaixa a cabeça sorrindo e corado e me puxa para um abraço de tão apertado e duradoura que nesse momento senti que todos os pedacinhos do meu coração se juntaram, que tudo se revigorou dentro de mim. Sai do abraço um pouco tonta e desnorteada.
- O tempo está ficando frio. Cuidado com o frio..! em. Ele dá um xauzinho com a mão e um sorriso sem aparecer os dentes.

Assim termina esse dia mágico e chego em casa. Minha irmã estava vendo na sala escura vendo televisão com um refrigerante na mão.

- Eu vi você e um rapaz. Tem sentimentos por ele?
desvio meus olhos para o chão e afirmo com o balançar da cabeça que sim

- Kira, garotos assim podem parecer maravilhosos, eu sei como é, mas no final eles só fazem isso para te conquistar e você sabe o que garotos assim pensam.
- Eu sei que parece bobo falar isso, mas ele não é o tipo de pessoa assim.

- Eu sei, ele pode ser um cara super legal, mas… Enquanto a televisão estava ligada  passava no comercial apareceu um noticiário mostrado o ator Hwng saindo com uma menina estrangeira do programa de variedade horas depois na entrada do cinema. Eu arregal os olhos e nessa hora eu tenho uma crise de desespero.
- É você, Kira, você ta doida? você está aparecendo no noticiário, aquele menino além de tudo é aquele famoso? Ainda bem sua viagem já está no final até lá não se encontre mais com ele.
- Mas eu sou maior de idade, não precisa se preocupar tanto.
- Não quero saber idade não importa isso é pra seu bem, Kira.
Nessa hora Hwnag me manda uma mensagem e eu olho a notificação
- Para de falar com esse menino
- Eu posso me despedir pelo menos?
- Faz o que quiser, Kira, eu só to te avisando. Apesar dela acreditar em mim e me incentivar ela era dura comigo as vezes.
Abaixo os olhos desapontada e digito em um suspiro *precisamos nos encontrar*

Hwnag já estava sabendo de tudo por isso entrou em contato urgentemente comigo.

          Naquele dia uma faltando três dias para eu voltar para casa nos encontramos naquele mesmo lugar de sempre, o parquinho, com balanços da qual ficávamos sempre um do lado do outro, o escorrego, lembro dele a gente brincando ali, as arvores ali que as folhas dançavam com o vento.
Seus olhos brilhantes parecem duas estrelas reluzentes e seu sorriso como uma pedra preciosa. Não importava quantas vezes eu olhava pra ele. Nunca acreditava no que via na minha frente a sua beleza é realmente notória. Além do seu físico que foi um dos pontos característico de um personagem de um filme policial, o seu sorriso, o seu sorriso que eu mais amava. Era o mais lindo de tudo. Ele estava distraído nesse dias, mas era gentil quando ninguém olhava. Nesse momento de silêncio eu solto a primeiro frase.
- O tempo está nublado
- Eu amo você, Kira, é só isso. Eu quero ficar ao seu lado

- Você é o único maluco suficiente para me amar. E eu o amo.


Ele simplesmente me amava pelo o que eu sou, pela forma que sou, por ser quem eu sou, era tão fácil nos amarmos. Nunca pensei que eu fosse amar alguém assim do mesmo jeito que ele me ama e eu não tinha medo de imaginar a vida ao seu lado. Não pensei que chegando aqui eu iria conhecer o amor através de alguém como ele.

 

*Ele sorri bondoso e faz carinho na minha cabeça como se eu fosse um pet fofo e me dá um beijo na testa.*

 

- É… eu andei pensando e sabia que esse momento iria chegar, mas não pensei que seria tão rápido assim. Eu vou falar uma coisa… Eu posso ser seu namorado? o que me diz?

 

*fecho meus olhos*

 

- É claro que sim. Sabe o mais engraçado é que aqui eu me sinto em casa por incrível que pareça.

 

- Agora está se despedindo de novo.

 

- Mas dessa vez é verdade estou me despedindo.
Se é pela minha carreira e sobreo que saiu no jornal, você não vai me prejudicar me nada, Kira.


- Não é só sobre você, não é só pela sua carreia temos vidas muito diferentes. A fé, costumes de nações diferentes. Eu não tenho permissão e a minha irmã tem razão.

 

- Kira, me desculpa, eu posso ter sido egoísta agora, eu só quero ficar do seu lado. Quero conhecer mais dos seus preceitos, da sua cultura, falar com a sua irmã.

 

- Ta bem você admitiu rápido, mas não muda o fato que você pensou isso primeiro. Sua carreira é importante sim e a minha vida do jeito que levo e mais ainda. Eu agradeço pelo momentos que tivemos, amei cada um com você.

 

Não tive um impedimento no aeroporto como nos filmes de clichê romântico ele respeitou a minha decisão. Não era para ter respeitado.

 

Para ser mais precisoa estou no meu quarto, no calor do Rio de Janeiro em dezembro escrevendo na minha escrivaninha, com um Micro System ligado na minha frente (bem alto, por sinal). Me pego pensando ainda em Hwnag, em cada dia era uma aventura com ele em Seul. O que é o amor se não é isso que estou sentindo? Se não for, eu não sei nada mais sobre o amor. Só sei que nada sei do amor.

- Estou hospedado aqui e falando inglês procurando por você de novo,

- A minha carreira está lá e você aqui, mas eu tomei uma decisão e não vou me arrepender e peço que não me impeça. Eu vou morar aqui no Brasil por você.

- Eu que deveria morar na Coreia do Sul com você.

- Quem sabe se você ainda quiser no futuro casados. Eu iria ficar muito feliz também.

só sei que com você não saio mais daqui. Vou melhorar por mim, por você, por nós dois. Viverei com a verdade que você me ensinou e eu não estaria aqui se não fosse por esse milagre.

                                    

- Então pode considerar hoje é o nosso primeiro dia do nosso pra sempre

*Ali nos abraçamos e dois corações inteiros ali se tornaram um naquele abraço e selou o nosso amor*



Onde ta meu par

 

 



              Eu morava no condomínio do lado de um vizinho que era um jovem médico popular do Instagram. Nos conhecemos dentro de um ônibus quando sentei ao lado dele cheio de bolsas de compras. Depois de perceber o como ele era bonito eu fiquei tentando poder dizer algo, e disse, disse que eu estava congelando com o ar-condicionado daquele ônibus. Primeiro ele não escutou o que eu disse e se curvou para ouvir. Ele sorriu e respondeu que nem estava conseguindo se mexer. Descobrimos que morávamos perto quando descemos juntos no mesmo lugar. Daí nos tornamos amigos.
              Iamos diariamente um na casa do outro. De roupas de dormir e cabelo sem pentear o que muitas mulheres questionariam ir assim na casa dele. Até que um dia ele me acusou de ter feito algo, de ter colocado lixo na frente da casa dele,
 depois de eu aparecido comendo um picolé, como justamente um daqueles que estava no chão com lixo. Ele me tratou como se achasse que eu fosse uma das suas seguidoras fazendo alguma graça para filmar e postar no Instagram. Fiquei triste por ele pensar que seria capaz daquilo.
     Sentada no braço do sofá em silêncio com um cilma estranho e uma distância de onde ele estava sentando vendo televisão, digo que já estava indo embora. Ele me chama para jantar na casa dele. Então digo para marcar o dia e me falar. Certamente ele estava arrependido e isso era uma forma de se redimir. Em seguida ele diz que vai aproveitar que vai vir uma amiga de Fortaleza para a gente jantar juntos. Fecho a porta sem falar nada. 
     Já estando na minha porta do apartamento aparece mais uma menina que eu nunca tinha visto me pedindo um copo de água. Dizendo que tinha vindo visitar ele. Eu me pergunto porque ela não pede para ele a água já que a casa dele era no mesmo corredor. Ela diz que já tava com saudades da TV dele e eu digo que eu sei, pois é muito boa mesmo.
Ela nem liga, como se tivesse certeza que uma cara como ele nunca olharia para mim. Uma pessoa como eu. Ela era super linda e produzida. Até que lembro que essa menina era a sua suposta amiga dele de Fortaleza.
     Bom ele já disse que gostava de mim, mas depois meio que aceitei a friendzone. Primeiro momento ele disse isso pela emoção, depois ele colocou na balança que pudéssemos não dar certo juntos por N motivos  e ele foi sensato. Como ele sempre dizia que queria me proteger e me respeitava muito. Ele falava isso, mas sempre de forma confusa, mas agora eu entendo melhor, está caindo a ficha. De certa forma a amizade para ambos era um forma de ter um ao outro por perto de alguma forma, mas ao ver essa garota, percebi que ele conheceu meninas que tinham o mesmo propósitos que ele e por ele pensar assim faz dele um idiota e mais uma vez não sendo alguém para mim.
          Depois de um tempo cortei laços e ele ainda sim olhava para mim no elevador, mas eu não falava nada e eu ainda sim sentia saudade dele, mas depois de um tempo não senti mais e ele passou a não olhar mais para mim. Ele parecia estar tendo um daqueles orgulho masculino ferido por eu ter superado e ter tirado finalmente ele da minha vida. Ele pensou mesmo que depois dizer tudo que eu sinto, continuar esperando por ele e o mesmo pelo nada eu nunca iria me cansar? No final ninguém merece todo esse sofrimento, ele não merece o meu amor mesmo fazendo tudo isso por que se importa e pensando e mim eu não voltaria atrás, pois sei que é uma pessoa boa, mas não quero mais descobrir, não me interesso mais porque agora me perdeu. Espero que ele seja feliz. Espero encontrar ainda o meu par que me ame do jeitinho que sou. 

Então, até a próxima!

 

               Hoje seria a mudança para uma nova casa. Eu e meus pais éramos a família Lavega e  eu estava muito radiante, pois iriamos nos mudar para uma casa bem maior e mais confortável, em uma rua chamada Flor de laranjeira, Hum já posso sentir o aroma de algo novo e surpreendente chegando é um intuição. Não deixo de pensar se eu encontrarei alguém novo por lá, o amor as vezes parece o cheiro de um perfume a gente sente, mas não vemos de onde é. A mudança foi na primavera em um dia que estava chovendo e haviam pétalas de flores pelo chão com o molhado da chuva. Estávamos em festa e felizes pelo sucesso da casa. Fizemos churrasco na mesma semana e chamamos as pessoas para verem como tinha ficado a casa depois de arrumada.
De dia era tudo na paz, tudo tranquilo, mas as noites a casa mudava, sentia algo que não era bom, as folhas das arvores pareciam meio sombrias na janela e eu ouvia alguns ruídos de estalar de portas geladeira, mas ignorava, pois provavelmente esses sons eram normais.
               Depois de alguns dias dentro da casa uma certa noite perto do meu quarto, já deitada e preste a dormir, ouvia o som das arvores baterem na minha janela e som de cochicho o que me deixou assustada, mas que seguida aquilo passou. Me perguntava o que tinha sido, mas logo pensava que tinha sido coisa da minha cabeça ou do meu ouvido que estava doendo já alguns dias e poderia ter sido ruídos do tímpano quando me deito a pressão pode causar isso, ou na rua, mas o que era pouco provável já que meu quarto se localizava longe da rua, ou morcegos cantando, mas não era só eu que estava achando alguma coisa estranha. Minha mãe ouvia som de cama arrastando vinha do meu quarto, quando na verdade eu não tinha feito nenhum barulho assim, mas pensava que em algum momento pudesse ter feito e eu não estaria lembrada, mas eu sabia que eu não tinha feito esses barulhos. Enquanto isso meu pai sempre foi calado e nunca tinha relatado nada de estranho. Até um mês depois meu pai ouvia som da minha máquina de escrever, quando eu não mexia a noite,
Esquecemos tudo isso e seguimos felizes, por mais que essas coisas tivessem me incomodando, eu estava feliz em ver meus pais felizes. Um mês se passou e tudo estava tranquilo as noites já não estavam parecendo mais tão sinistras assim, acho que era um problema de adaptação ou insegurança.
Até certo dia minha mãe volta a relatar um dia que tinha alguém na cozinha e tinha certeza que tinha sido eu, mas eu estava no meu quarto a todo tempo e nisso eu fiquei pensativa.
               Certo dia saindo de casa com a minha mãe pela manhã e meu pai tinha saído antes para trabalhar, olho para a janela de Corrêa da varanda que dava diretamente para a rua. Quando olho para cima vejo alguém da, janela transparente, vestido de preto dando chão para a mim. Nesse momento decidi que não queria mais morar lá, mas eu tinha medo de falar e meus pais não acreditarem.
Quando volto para casa eu procuro saber o que poderia ser naquele sótão da varando onde abaixo localizava aquela janela branca de Corrêa. Um buraco do lado de cima da casa e que até então eles tinham visto quando entraram na casa, mas ninguém tinha acesso tão fácil e por isso não sabíamos para que servia. Então decido me arriscar pegar uma escada emprestada, aqui era um sobrado, então pego a escada da vizinha que morava em baixo e subo para o sótão. Quando estava em cima só pensava que poderia ventar e eu poderia cair daquela escada diretamente para a janela do lado que eu tinha esquecido de fechar.
Eu consegui subir e sabia que esse lugar tinha alguma coisa haver  com essas assombrações e ali ela poderia resolver o mistério. Quando consegui subir eu vi que nesse sótão tinha guarda-roupa, tinha uma cômoda, tinha cabeceira, tinha um colchão. De repente eu fico com medo de olhar para trás, pois sentia uma presença, que tinha alguém em observando. Quando finalmente me virei lá estava uma pessoa, um rapaz, ele me encarava muito sério sem dizer sequer uma palavra, nem parecia estar respirando e eu fiquei com medo de perguntar quem ele poderia ser. Nisso eu sai correndo passando por ele, pois não tinha outra saída, corri tanto que não via mais nada, parecia que ele tinha desaparecido nesse instante e consegui descer. Assusta fiquei pensando o que poderia ter sido.
Depois de alguns dias ouvia mais sons de morcego e cachorros do lado de fora e eu saio para ver o que era. Não sei de onde tirei essa coragem, acho que eu só queria resolver isso logo e saber se era só coisa da minha cabeça e estava ficando louca. Infelizmente não vi mais ninguém. Me viro para abrir a porta da varanda, mas estava trancada do lado de fora, tento abrir as pressas, mas não obtinha sucesso. Não queria fazer barulho, pois todos iriam perguntar que eu tinha ido fazer do lado de fora e pudesse me achar mais louca ainda. Em questão se segundos engolindo a seco viro o meu rosto para o sótão que ficava justamente nessa varanda do lado de fora e ouvia barulho das arvores batendo na janela e chuva, trovão e relâmpagos que me fazem levar um súbito susto e na claridade de um relâmpago vejo um ser parado no final do corredor abaixo do sótão. Com a respiração ofegante e olhos espantados. Nesse momento eu encaro a escuridão quando as luzes dos relâmpagos se apagam.

Com essa resposta eu fiquei ainda com mais medo.
— O que você quer?
—Tenho observado vocês, parecem uma família feliz. — Uma voz que não pareceu tão assustadora, mas sua resposta ainda sim me assustava.
Ele se aproxima cada vez mais
— Essa casa como sabe está parada a um tempo e eu vir morar aqui no sótão.
— Porque? — Perguntava com medo —
Ele se aproxima e nisso me encosto na parede me afastando e ele finalmente aparece na parte que estava mais clara e pude ver o rosto dele.
— Eu sou um morcego. Dizia um rapaz com cabelos castanhos bem claro e grande que dava para fazer um coque, era bem alto, muito magro e por incrível que parece ele tinha uma aparência amável.

— Tudo bem. — Eu só podia estar diante de uma pessoa louca. — Eu quero te deixar em paz, mas eu não estou conseguindo abrir a porta.
Olhava para ele forçando a porta e ele com uma simples tentativa destrava para mim a porta e nisso entro correndo. Tranco a porta do lado de dentro e corro para o meu quarto, mas quando chego lá essa pessoa estava parada no dentro do meu quarto, em que dou um grito de susto. Minha mãe sai do quarto dela perguntando o que tinha acontecido e nisso olho para trás e ele não estava mais no meu quarto, ele tinha desaparecido em questão de segundos e nessa hora comecei a me questionar se eu que estava ficando louca, em acreditar que ele era realmente um morcego que se transformava em humano. Tranco janelas e durmo com a luz ligada nesse dia.
               Ainda de férias acordo mais tarde no dia seguinte, penteio os meus cabelos longos castanhos escuro e embaraçados, além de não ter dormido muito bem na noite passada. Eu não sentir medo, ficar em paz na minha própria casa e isso estava me incomodava, só queria me não morar mais ali, além disso era inevitável meus pais perceberem o meu comportamento atípico. Mais tarde meus pais falam que vão ao mercado e me perguntam se eu queria ir. Algo que seria difícil de eu recusar, mas parecia que esse menino só aparecia quando eu estava sozinha então essa seria uma chance de saber o que ele queria afinal comigo e a minha família. Fui até o sótão e o encontrei lá rapidamente.

— O que está fazendo aqui? — Dizia o rapaz com um estilo emo, mas com roupas e-boy. O vento soprava seus cabelos cacheados pelo o que puder vê.
— Pelo que eu sei essa é a minha casa. — Colocava a mão na cintura, mas quando ele me encara serio logo desfaço e recuo com medo. — Olha, eu não tenho medo de você.
— Pois deveria.
— Me fala, você é tipo um vampiro né
 Não só morcego.
— E o que você quer?
— Já disse aqui é a minha casa.
— Eu não quero ser grosseira, mas agora é a nossa casa você não pode viver aqui.

— É mesmo? E como pretende me tirar daqui?

— Você estava me deixando louca.

— Eu te causei muitos problemas. Eu gostei disso. — Ele levanta da cama dele e me encara—

— Mas você estava nos observando?

— Não, mas agora que você falou talvez passe a fazer isso.

— Isso não foi uma ideia.
— Vamos fazer um acordo de paz. Você não pode ficar andando pela casa, fazendo barulhos e sombras nos assustando. Eu deixo você ficar, afinal eu sou boa com os animais e você não tem onde morar.

— Mesmo você não deixando eu vou ficar de qualquer maneira.

Dou de ombros e saio.

Agora eu pensava o que fazer, esse garoto do sótão estava me dando trabalho. Desci do sótão e fui ver as compras dos meus pais. Eles me perguntam onde eu estava, e eu gaguejo ao responder o que deixou eles mais preocupados ainda me propondo terem uma conversa comigo. Enquanto eles conversavam comigo sobre o que estava acontecendo comigo eu vi da janela ele saindo da garagem pulando da chuva e pensava será que morcegos tem medo de chuva?
Sorrio fraco e disfarço o sorriso e volta a prestar a atenção no que meus pais diziam foi a palavra menina excepcional, apesar de não ter escutado nos últimos segundos eu concordo com a cabeça o que eles diziam e digo que estava tudo bem, só estava com a cabeça cheia e pensando nos preparativos da festa de formatura do terceiro ano que seria uma festa com tema Hallowen, sim minha formatura caiu no mês de novembro em que se comemorava nos Estados Unidos essa festa e o que particularmente eu e a minha turma gostávamos muito de assuntos assim, acho que por isso uma parte de mim estava tão curiosa em saber sobre o tal morcego do sótão.
Ele parecia perigoso, mas ao mesmo tempo que causava curiosidade. Então perguntei ao proprietária quem morava antes de nós naquela casa e eles diziam que tinha sido uma casal de idosos com um neto, mas que eles viajaram e foram morar em outro lugar.
De repente vejo um vizinho encarando a minha casa sério e aquilo me causava calafrio e uma sensação perturbadora, não sendo a primeira vez que o flagro encarando a minha casa, mas decido ir até perguntar, mas ele vira o olhar e volta a entrar para sua casa ele parecia saber de algo.
 Os dias forma passando e cada vez que voltava no sótão para saber mais sobre o tal morcego, isso tinha se tornado uma rotina, sendo algo que não me causava mais tanto arrepios.
— Olá. Eu queria agradecer por não fazer mais tantos barulhos. — Ele me ignorava totalmente enquanto estava distraído mexendo em uma bolinha que esticava.
— Qual seu nome?
— Ítalo
— Prazer o meu é Estella.
— Tanto faz.
— Você tem família?
— E porque mesmo eu tenho que te responder isso?
— Talvez eu queria saber mais como você consegue se transformar em morcego. Aliais nunca te vi como um morcego.
— Já viu sim, você só não lembra. — Eu fico em silêncio tentando me lembrar —
— Eu não lembro, eu tenho essa maldição de ser morcego.

— Por isso você mora aqui, você sempre espera por uma família para morar com você.
— Interprete como quiser eu não to nem ai.
— Você vai ficar assim para sempre?
 — Escuta você está muito curiosa sobre mim e ta esquecendo de fazer as suas coisas, seu pais estão preocupados, então falo isso para o seu bem. Aproveita você não tem que ficar aqui presa comigo.
Eu mostrava não me importar com um quase desconhecido morando no meu sótão, mas no fundo ficava pensando nele todo o tempo, todos os dias.
— Não confio em pessoas que usam esse tipo de couro. Dizia implicando com ele.
Ele sorrir e rir alto, um sorriso que apareceu do qual eu nunca tinha visto antes vindo dele. O riso dele me soou alto, o que me faz ficar preocupada, o que antes eu queria que meus pais soubessem que tinha alguém a mais na casa, agora eu queria manter isso em segredo.
               O dia da festa estava chegando e eu estava tão preocupada com vestidos, cabelo, que esqueci de algo importante, de quem iria entrar comigo na cerimônia, onde desfilávamos nossas becas e dançar comigo ao som de uma balada. Diferente das escola dos Estados unidos aqui a gente só tínhamos, digamos, esse baile, mas sem coroar rei e rainha, no terceiro ano na nossa formatura e eu me esqueci do meu par.
— Queria fazer uma pergunta, mas não vai rir de mim?
— Você iria a festa comigo? Temos a mesma idade e pode ser pessoas de fora.
— Tão infantil — diz ele sobre o sonho dela —  
— Vai ser a noite, você pode sair .
— Isso é mito, eu posso sair de dia também.
 Porque nunca sai então?
— A vantagem de não ter amigos é que eu não tenho que falar com ninguém.
— Acho que não é tão ruim, você é o único garoto que eu chamaria para a festa usando uma capa assim de vampiro. Aliais é a fantasia.
— Prefiro arrancar meu pés com os dentes.
— Não estou tentando te seduzir eu realmente não tenho um par, eu sei que parece bem seria dos EUA, mas eu também não tenho ninguém.

Não sei o que tem de especial nessa festa, pensava ele mas fui ver uma roupa bonita só porque ela fazia isso, de procurar loucamente um vestido para a festa. Mostrava uma cicatriz feia que chega dava vergonha de mostrar, mas sabia que ela nem se importava.
Ele tinha um jeitinho que no fundo se importava mesmo parecendo frio eu pensava assim quando eu vi ele arrumado, e tinha cortado o cabelo, por mais que eu gostasse do cabelo dele grande, ainda sim ficou lindo. 

— Infelizmente o mundo é uma constante meu amigo.

— Pois é, mudanças são importantes. Dizia Ítalo sentado em uma parte do salão conversando com um desconhecido.

— Vem Ítalo vamos dançar.
— Pera, eu não sou muito bom nisso.

E a música balada começou a tocar.

— Antes eu pensava que só estava curiosa sobre você, mas não é só isso.
— Estella. Ele arregala os olhos. Esbanjava um olhar intenso. Sorri com doçura.
— Eu nunca me senti assim por alguém.
— Você é uma flor.
— E você é o meu sol que iluminou meus dias.

Ao Longo da festa saio da dança e vou para a pista de dança com as minhas amigas. Eu pego na mão de Ítalo e chamo ele junto par a pista de dança. Um menino chega perto de mim e Ítalo próximo e pede licença e ele sai de perto, o que me faz olhar para trás e procurar por ele. Saio da festa e vou procurá-lo do lado de fora em que se via o breu da noite, brilho e luz somente na festa.
— Italo?
— BOOW!
— Ai que susto! — coloco a mão no coração e sorrio —  O que está fazendo aqui?
— To aqui fora olhando tudo.
— Tudo o que?
Eu estava com raiva dele por ter sumido, mas ele me fez ela rir com o susto e acaba que aquilo se desfaz.
— É serio o que estava falando
— Você é linda com raiva — Nós acabamos rindo juntos. —

 De volta a olhar para ela, ele percebeu a presença dela mais próxima. Não podendo se conter, Ítalo também se aproxima, tenta bani-la, mas sua força de vontade foi fraca. Ítalo metem os dedos pelos cabelos de Estella e eles ali seus lábios se encostam, mas ele se afasta.
— Vamos para casa, já está tarde.
já na rua de casa, com um ambiente escuro vejo aquele vizinho que sempre escarava a minha casa olhando para a lua.

— O que você quer afinal comigo e a minha casa? —

— Vingança —

— Eu tava guardando essa notícia boa, mas eu descobrir que esse vizinho que sempre encara a mina casa sabe do seu segredo.

— Como?

 — Eu descobrir hoje que ele é um feiticeiro, quando ele deixou a porta da casa dele aberta eu pude ver. Veja! Bem! ele poderia desfazer isso em você e você parar essa vingança infundada que não vai te leva a nada, você vai continuar assim.
— Não é tão simples assim... Estella.
— Porque complicar?
— Longe de você eu estaria melhor.
— Longe de mim? Você nunca chegou a sentir nada por mim?
— Não. Hey você é muito importante pra mim, mas vai ser melhor assim, você ficar longe de mim. Nunca pare de crescer, ok?
Ele abre as asas de morcego e desaparece no ar.
Nessa noite ele foi embora. Depois dessa noite inesquecível, em que parece que foi um sonho. Esses dias que passei ao lado dele.
Procurei ainda por vários dias ir ao porão com a esperança de ainda ver voltar ou estar por lá me esperando para conversar.
Não é pela amizade, nem é por conversas românticas, claro que sinto falta, mas amei você por ser quem você é, só por ser você, por existir, só pela pessoa que é. Acho que nunca tive esse sentimento por ninguém. Minha mãe sempre falou que quando a gente conhece a pessoa certa basta olhar e dizermos é ela, pois você saberá quando for a pessoa certa eu me pergunto será que eu vou saber. Eu não tive esse pensamento com você por achar que não era para mim pela vida que viveu de morcego, mas sinto que aprendi a amar. Assim. Me pergunto por que gostei dele por mais que ele nunca tenha dito que gostou de mim, mas eu sempre sentia que ele tinha algo a me dizer e as atitudes deles mostravam.
Como vai ser a minha vida sem o sorriso dele, sem a voz dele, mas aí eu paro e penso vai continuar bem como antes, antes de conhece-lo. Sendo assim como antes de conhecer alguém futuramente e vivi esse tempo sem ele, mas foi alguém que me comprazeria.
Você se lembra que foi assim também com fulaninhos. Dizia garota com ela mesma em pensamentos — Sim eu lembro. Meus cabelos voam com o vento e olho para o horizonte.
Não quero me apaixonar de novo, ficar animada de novo para tudo dar errado de novo. Só o tempo poderá dizer se voltaremos a estar juntos. Se for pra sermos. Então quem sabe, até a próxima!