Pegando a brisa de manhã de dentro do carro e respeitando aquele cheiro
de terra molhada. Fazia uma semana que eu estava na Coreia do Sul, com o visto
de estudante. Inclusive tinha vindo para cá eu e minha irmã mais velha a
Delfina que veio a trabalho. Ela era arquiteta e a sua empresa tinha mandado
ela para a Coreia do Sul para uma pesquisa e eu acabei vindo com ela com os
custos da empresa e por eu ser da geração que amava a cultura e aproveitei para
me inscrever para estudar a língua em um cursinho aqui. Hoje depois da aula da aula
do curso resolvi passear com as meninas da minha classe da qual eu tinha
desenvolvido uma certa amizade. Eu me chamo Kira e o meu coreano não era dos
melhores, mas sabia conversar o básico e agora aprimorando. Tudo era novo e eu
sentia medo, mesmo com minha irmã do meu lado, ser uma estrangeira aqui era
totalmente diferente.
Era sexta à noite e via ruas iluminadas estávamos em Itaewon na Central de Seul
uma rua famosa por ter bailes. Minhas colegas resolvem ir para a balada
coreana, mas eu não podia ir, pois eu seguia os princípios cristãos da minha
igreja. A única coisa que ela me falaram foi para eu pegar o metrô e segui o
mapa dizendo que era fácil. Elas sem pensar duas vezes entram e me deixam
sozinha do lado de fora. Nisso começo a me desesperar, pois eu não sabia onde
eu estava.
Ainda
na entrada do baile eu mexia no celular procurando o mapa com as mãos tremendo,
andando de um lado para o outro. Até que levanto meus olhos e esbarro em ombros
duros e vejo com um rapaz coreano na minha frente. Nossos olhos se encontram e
parecia soar a música “Time spente walking trogh memorie de Nell” Eu fico
admirada com seus olhos bondosos e a sua beleza asiática. Além disso, seus
olhos sobre os meus parecia que eu vivi naquele instante que um sentimento leve
como a brisa invadia meu coração em poucos minutos. Parece que ele notou que eu
não era daqui, mas não me olhou como se eu fosse Destranha. Até que caio em si.
- Você saiu ali de dentro?
*Aponto*
- Dentro da balada? Ah, sim! eu saí de
lá. Porque? *Ele franziu a testa*
Desvio o meu olhar, ele percebe um certo desapontamento e aquilo despertou nele
uma certa curiosidade.
Volto a olhar o celular e saio andando...
- Volte aqui. Você precisa de alguma
ajuda? parece preocupada.
- Ahh eu acabei esquecendo que estou
perdida.
De repente começa a chover e olhamos
para o céu e na tentativa de nos proteger vamos para baixo de uma tapagem de um
ponto de ônibus. Ele tenta me cobrir com sua jaqueta de couro preta. No caminho
explico o motivo de eu não poder entrar e ele parece surpreso assim como estou
acostumada com as reações e não esperava que fosse diferente ou que
alguém estendesse.
- Que estranho hoje não estava dizendo que iria chover ele olha pra mim e
sorrir.
- Até o tempo é imprevisível até o tempo é.
- Deve ter ficado assustada suas amigas
te deixaram aqui sozinha em num país estrangeiro.
– Ta tudo bem! Acho que eu consigo.
-Eu posso te levar – Olho para a moto dele assustada - Não na minha moto, não
espero que você aceite eu sou um desconhecido. Eu posso te levar de ônibus até
a sua casa.
- Muita bondade sua, mas… porque você quer me ajudar?
Ele dá de ombros
O ônibus para no ponto e ele dá um sinal. Eu confiro no celular se o nome do
ônibus era o mesmo e entro. Ele nem mesmo senta do meu lado no ônibus, mas olho
para ele de longe admirada. Ninguém nunca fez algo assim por mim, porém um
pouco assustada.
No
caminho via o vento bater nas folhas das árvores fora do ônibus. Eu não queria
ligar para a minha irmã mais velha a Delfina porque ela iria pensar que sou
irresponsável e não iria me deixar sair sozinha outra vez, mas pensando bem
acho que seria mais responsável ter ligado para ela do que vir “sozinha” com
ele.
O ônibus de repente para em um lugar que eu não conhecia ainda mais a noite. O motorista
levanta do seu banco dizendo que o pneu estourou e todos descem do ônibus.
- Ah agora eu lembro daqui está bem próxima. Sou muito agradecida ao senhor.
*era cultural falarmos de forma formal com desconhecidos*
- Mas é perigoso ir sozinha andando. Isso a voz dele já não ecoava quando eu já
estava longe.
Finalmente
chego em casa segura e suspirando o quanto cúmulo da fofura ele era. Estava
feliz, pois cheguei a tempo da Delfina perguntar onde eu estava a essa hora. Em
seguida deito na minha cama com roupas da rua mesmo porque eu estava muita
cansada só estico minha mão para ver o celular. Abro uma página do google e
aparece ultimas noticias da Coreia do Sul. De vez ou outra tinha curiosidade de
abrir, mas não era uma rotina, mas me deparo com a notícia sobre um ator famoso
da Coreia saindo de uma balada com uma garota estrangeira. Meus olhos saltam e
dou um pulo ao levantar. Minha irmã aparece no meu quarto me mostrando o
celular. Vejo a minha foto ao lado dele e não dava para ver muito meu rosto, mas
minha irmã me reconheceu.
- É você, Kira?
- E se eu disser que sim? Primeiro eu
não sabia que ele era um ator famoso.
- Pensei que você soubesse da cultura de k-pops, atores etc.
- Acho que não todos, eu não entendo, não me lembro ou acho que estava tão
nervosa por estar perdida que não o reconheci.
-O que você se perdeu?*dizia com ar de
bronca* Aqui na notícia ta ainda que ele postou no Instagram que quer
encontrar, saber o nome da tal menina estrangeira e misteriosa.
-Sério? ele quer me ver? Eu posso encontrar ele? As vezes ele só quer me
agradecer.
- Agradecer pelo o que, Kira?
-Verdade não sei.
- É muito arriscado e perigoso, agora você vai ficar um tempo sem sair de casa,
pode ser muito perigoso. Além do mais sabe o que um garoto famoso, rico assim o
que ele poderia querer?
- E seu eu fosse com você junto?
- Você sabe ele não é um garoto para você.
- Eu sei, você tem razão.
Algo me dizia que eu estava destinada a
não poder sair mais de casa, pois evitei tanto era o que eu mais temia. Antes
de dormir eu pesquiso mais sobre ele e vejo que ele era ator, descubro que seu
nome é Hwang, mas tinha ficado famoso agora depois de estrear em um drama que
ele fez um papel de Bady boy e se tornou muito popular e ele tinha sido um dos
personagem protagonista. Nessa mesma noite começo assistir. No começar de todo
drama, ou dorama eu ficava pensando se eu iria gostar, mas assim como das
outras vezes acabo amando.
Já
fazia semanas que eu não saia, mas avisei ao curso e a todos sobre a situação e
ainda sim Hwang não sai da minha cabeça, apesar de todos meus esforços.
Apesar
dos pesares toda dia olhava de uma janela enorme que dava para a rua e tinha
uma esquina escura e via pessoas passando por lá. Via todos os dias o céu e
hoje via uma avião pensava que depois de algumas semanas teria que voltar para
o Brasil. Pensamento engraçado da qual antes olhava para o céu vendo os aviões
e sonhava estar indo pra a Coreia e cá estou eu. Nem posso acreditar.
Depois
dessa quarentena enquanto via o último ep do seu dorama de sucesso, sabia que
só veria ele pelas telinhas. Neste dia a minha irmã me pede para ir no centro
do outro lado da cidade, um pouco longe, em que eu teria que pegar o metrô pra
comprar um cartão de ônibus para nós duas, pois só nesses lugares vendiam da
forma enfeitada que queríamos e ela não poderia ir comigo, pois estaria no
trabalho. Dessa vez ela estava mais tranquila pelas pessoas já terem esquecido
um pouco, mas o meu medo era de que eu caísse no esquecimento para ele também,
pois não pude ir ao encontro dele.
Mesmo assim uso um moletom preto com
capuz que cobria meu rosto e óculos escuros. Pego o metrô e na subida das
longas escadas saio de dentro da estação direto para as ruas do bairro de
Myeongil e vejo logo a loja onde eu deveria comprar. Eu olho para todos os
lados e vejo uma multidão esperando para atravessar na faixa de pedestre. Na
movimentação observo um cara a quem, estranhamente, a chuva daquela tarde não
parecia o incomdar, está todo molhado a blusa. Observando de longe quando ele
vira seu rosto vejo que era o Hwang também esperando para atravessar a rua.
Quase não acreditei, quase desmaio, não podia acreditar que eu estava vendo ele
novamente. Me aproximo dele e eu não sei porque, mas meus olhos se encheram de
água e nisso sinto como que aquela música tocasse de novo. Toco o seu ombro e
ele se vira. Ele fica feliz, surpreso e admirado de poder me ver e ele fica um
pouco envergonhado
- Isso é real ou sonho? Ele sorri totalmente abismado.
- Hwang, né? Soube que...que... você era um ator famoso.
- Sim e também um cara que queria muito te encontrar novamente. Porque não veio
me encontrar?
- É uma longa história...
- Você tem a minha atenção. - Diz ele sorrindo - Você aceita comer alguma
coisa comigo?
- É que eu não sei se vai ficar tarde.
- Te levo para casa novamente de ônibus* Nós sorrimos*
Já
no restaurante local ele me explica sobre o cardápio em coreano e rir de mim
por ter dificuldades. Ele se aproxima enquanto ele explicava percebo nossas
respirações próxima até demais. E me pergunta porque eu me sentia assim, não
parecia uma má ideia ouvir ele o me explicar o tempo todo. Nisso senti algo
diferente ao tocar a ponta de seu polegar em meio a apontamento do cardápio em nossas
mãos, percebi em seus olhos o mesmo.
- Sabe, não parece uma má ideia. *Olho surpresa* To pensando em comprar uma
empresa de ônibus e largar minha moto.
*Nós rimos em corol*
- Seria o primeiro a faze-lo.
*Digo envergonhada*
- Fiquei muito curioso sobre você, notei seu comportamento, você é diferente em
todos os sentidos.
Diferente de outras pessoas que achavam, isso parecia encantar ele.
Ele parecia não se importar nem um pouco por eu ser estrangeira. Pelo contrário
parecia cativar e aos poucos parecia ficar mais curioso e eu por outro lado já
nutria algo próximo a um sentimento por ele.
-Um diferente bom ou ruim?
- Digamos que com certeza bom, algo muito positivo em você que erradia.
*Depois de corar*
- É… eu preciso ir agora.
- Eu te levo.
- Obrigada.
Enquanto saimos do restaurante vi a
moto dele estacionada e aquela moto me lembrava alguma coisa. Percebo que era a
mesma que ficava parada na esquina escura todas as noites e da qual me
perguntava quem deixaria uma moto sozinha.
- Aquela moto é sua?
- Ah, aquela? mas é claro porque?
Nesse momento corro, atravesso a rua sem o sinal ter fechado, jogo bolsa,
casaco e óculos para trás enquanto corria e os objetos lançados por mim caiam
sobre ele. Adeus disfarce. De forma rápida ele consegue me alcançar e segurar
meu antebraço. Ainda com a respiração ofegante eu olho para ele com medo e o
encaro.
- Você tava me perseguido todo esse tempo
- Eu? do que está falando?
- Só me espionando, você é algum pervertido?
- Eu fiquei te procurando todos os dias desde a última vez que nos vimos. Não
te vigiava da janela não me entenda mal. Desde que o ônibus quebrou eu voltei
nesse ponto e perguntei a todos sobre a sua fisionomia sobre as hospedagens
desse local. Sempre via você olhando para a janela vendo o céu mesmo nublado ou
com estrelas e ficava admirando e ai foi o dia que te achei. Eu poderia
te dizer muitas coisas, mas basta você olhar em meus olhos e decidir se
acredita e mim?
Nisso enquanto ele segurava meu braço
mais fotografos filmaram nós dois e eu estava sem meus casaco, sem meu óculos.
- Tudo bem, mas é um pouco suspeito ficar olhando alguém da janela.
- Eu sei *ele sorrir* eu não queria te assustar batendo na sua porta do nada.
Eu pensei que você tinha de que meu era.
Assim como pessoas choram de alegria eu também sorriu de tristeza. Então
comecei a ter um ataque de risos de desespero e chorar ao mesmo tempo.
- O que foi? eu disse algo ruim?
*perguntou ele preocupado*
- Não... foi que eu que pensei que você tinha esquecido de mim.
- Tenho algo para te dizer, isso não tem chances de ter acontecido.
- Mesmo? mas acho que não poderemos nos encontrar mais e sermos amigos.
- Porque, Kira?
- Não quero prejudicar sua carreira. Eu sinto muito.
*Ele olha cabisbaixo e sem entender muito*
- Não se preocupe com isso.
- É… só mais uma coisa. Se não for pedir demais você só pode me levar até em
casa porque eu ainda não sei voltar sozinha.
- Pode ser na minha moto dessa vez?
- Hum eu acho que pode já ta bem tarde.
*Sorrio de forma bondosa*
- Obrigada por tudo, pela compreensão e
pela carona.
- Não fale assim parece que você está se despedindo pra sempre de mim.
- Nossa é verdade não tinha me dado conta. *Sorrio*
- Parece muito, só faltou um adeus na sua frase.
- Para de implicância não pareceu tanto assim-sorrio- Não farei isso. Lhe dou
um beijo no rosto em forma de agradecimento.
Ela me deu um beijo no rosto meu Deus!.
Se recomponha Ryam. Não posso me apaixonar assim…mas conseguia controlar seu grande sorriso e o olhar dele se levantava
para o alto feliz.
Entrei para casa pensativa sobre
ter visto ele mesmo quando eu jamais pensei que pudesse e como eu estava feliz
com isso, mas pauto meu dia em dizer que consegui comprar o cartão de passagem.
- E demorou tudo isso?
*olho com olhos dilatados, mas tentando disfarçar*
- Hoje o dia foi cansativo no trabalho fiz um relatório sobre as construções de
prédio em Seul que visitei e tive que montar um apresentação sobre os espaços
na hora para apresentar a proposta. Bem estressante. Ela dizia enquanto abria
uma pacote de lamen e eu pensava no dia de hoje com o
- Só de pensar me preguiça, mas todo
esforço valerá a pena! fighting!
*minha irmã sorriu agradecida*
- E eu posso ajudar em algo?
- Ta tudo bem, amanhã eu termino. Olha amanhã você já volta para o curso, mas
ainda sim tome cuidado. Amanhã eu te levo de manhã.
Eu
e Hwang nos encontramos depois do meu curso, pois eu iria acompanha-lo
para ficar na plateia de um programa de variedade em que estariam seus colegas
de trabalho com quem o drama recente de sucesso. Ao ve-lo chegando de longe não
tinha medo do meu coração que acelera tanto quanto o via. Fomos para um
parquinho próximo e sentamos no balanço e ventava muito naquela tarde. meu
cabelos vinha com fúria em meu rosto, engolia o meu próprio cabelo enquanto
ficava na tentativa de coloca-lo para trás. Chegando lá eu ficava animada e sem
jeito, pois eu nunca tinha ido a um programa assim nem mesmo no meu pais. Hwang dizia na parte da entrevista que
gostava mais de dançar, pois fazia parte de um grupo de dança na escola o único
passo que ele fazia era com os braços e sorriso tímido pelo seu movimento. Era
uma artista completo, ele cantava, atuava e dançava. O engraçado que eu já
tinha visto entrevista dele fazendo aquele mesmo passo de dança ele sempre
repetia e acho que nem imaginou que eu olhei pra ele, mas estava eu olhando e
parece ele nem acreditar que alguém pudesse estar olhando pra ele, como eu
estava, mas como poderia pensar isso dele mesmo? dele ser maravilhoso!
Em
um dos jogos os apresentadores chamaram algumas meninas da plateia. Dentre elas
o apresentador me escolheu e eu neguei até o fim. o apresentador pergunta meu
nome e eu digo no microfone. Nisso ele e a plateia insistiram batendo palmas.
Nessa hora eu olhei para Hwang e ele sorriu com aquele sorriso que só ele tem e
me lançando de longe de onde estava sentado uma piscadinha me dando confiança
para eu participar. Eu estava com tanta vergonha, mas acabei aceitando e subi
ao palco.
O
jogo consistia em cantar qualquer música e se apresentar da melhor forma que
pudesse para no final ganharmos um prémio. Uma das atrizes que fizeram parte do
drama cantou com a gente, mas na minha vez de cantar todos aplaudiram como se
eu fosse uma celebridade também e Hwang parecia surpreso por me ouvir cantar
e explicar o seu olhar é indescritível me olhava como se eu fosse o pôr do sol.
Ao final do primeiro jogo o apresentar perguntou o lugar de onde eramos, se
tinhamos assistido ao drama dos atores e ao final disseram pra mim que por ser
brasileira eu era muito bonita e que combinava com o ator Hwang. O ator
concordou que eu tinha o sorriso parecido com o dele e que cominávamos. O
apresentador ficou brincando dizendo que os olhos de Hwang pareciam brilhar. Eu
disfarçava nos conhecermos, mas Hwang parecia não se preocupar muito. Nesse
momento eu corei e comecei a rir quando não pude ver a reação de Hwang, mas ao
pouco que pude ver ele ficava surpreso e sorrindo. Eu apenas agradeci enquanto
sorria envergonhada. O próximo jogo era de atuação tinhamos que imitar a nossa
reação de nosso humor com fome, apaixonado, um namorado pedindo para que
escovarmos os dentes, se o crush gostasse de outra pessoa, se seu melhor amigo
gostasse da sua irmã, depois de assitir a um filme de terror. Ufa. Hwang
parecia outra vez se divertir me vendo passar vergonha em rede nacional. Ao
final do programa uma agencia de modelos me chama para participar de um ensaio
de fotos e outros compromisso. Hwang aparece nessa hora e eu olho para ele, mas
e eu recurso a oferta.
- Parece que as pessoas te amaram
- Eu?
- Ah mas isso é fácil.
Nessa hora ele não tinha se dado conta
do que tinha falado, mas aquelas palavras esse dia tinha ficado marcado no meu
coração.
- Estou muito orgulhosa de você. Você tinha que ser o ator principal em tudo.
*ele sorrir*
- Muito obrigada, minha princesa amada,
não esperava que eu pudesse ser reconhecido internacionalmente. É muito
gratificante eu me sinto muito orgulhoso, sabe, quando vi como o projeto era
perfeito, pensei que muitos espectadores iriam gostar, mas nunca poderia
imaginar receber tanto amor. É uma honra fazer parte desse projeto como este e
estou feiz Trabalhamos duro sempre que tem um trabalho novo, fico animado, mas
esse foi especial.
- Estou muito orgulhosa de você e você precisa acreditar mais que você é um
ator incrivelmente talentoso.
Ele afaga
meus cabelos em um movimento de ternura e muito afeto como se ele estivesse
orgulhoso por eu ter ido assiti-lo.
- Meu coração disparou apenas com o seu olhar. Obrigada por ter me acompanhado
até aqui.
- Estou aqui para isso.
*Para comemorar ele me leva a um lugar
para comermos.*
- Que tal? - ele apontava para cinema enquanto segurava um copo de café,
mas naqueles copos de milkshake.
- Cinema? *repetia de forma engolindo seco*
- O que foi? - ele arqueava testa- Ah… vamos assistir nos divertir e assistir a
um filme é só.
Eu sorrio mais calma e admirada. Ele faz carinho na minha cabeça como se eu
fosse um pet fofo. Já dentro do cinema os filme se passava em algum século
passado e eu pergunto o que ta acontecendo? E Ele reponde eu não faço ideia e
nós rimos
- Onde você tava todo esse tempo hein?
- Tava ai perdido tentando achar você
Já de noite e Hwang me traz para casa.
Na rua da esquina tinha um parquinho próximo de onde eu estava morando e ficamos
conversando sentados em um balanço.
- Não sei se é adequado falar isso. * Ele para e pensa um pouco*. Mas vou falar
é sobre os teus cabelos? Espera! São tão belos e é bom olhar pra eles. Talvez
eu nesse tempo eu nunca tenha olhado para eles com atenção e não somente com
atenção. Enquanto ele falava retirava uma mecha do meu cabelo para trás da
orelha e seu olhar continha toda a felicidade possível ao me olhar.
- Eu poderia observá-los fio a fio. Poder sentir a felicidade de os contar
demoradamente. *Falava precisamente com lentidão*
- Vou chama-la de mocinha, pois você é
uma moça linda ou sorriso porque você é muito sorridente.
- Eu gostei desse mocinha. *Sorrio
timidamente* Espera eu trouxe uma coisa pra você. É um doce chamado brigadeiro
tomara que goste. Fui eu mesma quem preparei. Vamos lá - levo uma
colherada na sua boca-
- O que achou?
- Hum uma delícia!
Vejo que ele está a gostar, mas faço
beicinho
- Mentira.
- Não é mentira eu estou viciado em
brigadeiro, Kira.
- Então vamos lá olha o
aviãozinho mais uma colherada
*ele ria com a colherada*
- fofa demais *falava de boca cheia*
- Hum deixa um pouquinho pra mim também
Até que limpa olha para o meu rosto e limpa uma camada de brigadeiro no meu
queixo.
- Eu amei o dia de hoje, mesmo,
de verdade, eu fico muito agradecida pela sua companhia, me divertir muito.
Fica com Deus.
- Adeus eu me divertir muito, foi muito bom conhecer você, mas agora terei que
ir.
- O que? como assim adeus?
- Você me agradecendo parece que está se despedindo outra vez ai eu imitei
você.
- Ai não. - Bato na minha testa.-
- É brincadeira. Eu também me diverti muito ao seu lado. Tenho vontade de te
levar dentro de um potinho.
- Posso te abraçar? * ele pergunta corado*
Ao som de vagalumes e em uma noite estrelada eu nem o respondo eu subo em um
dos degraus da escadinha do portão de um vizinho estendo meus braços e sorrindo
chamo ele. Hwang abaixa a cabeça sorrindo e corado e me puxa para um abraço de
tão apertado e duradoura que nesse momento senti que todos os pedacinhos do meu
coração se juntaram, que tudo se revigorou dentro de mim. Sai do abraço um
pouco tonta e desnorteada.
- O tempo está ficando frio. Cuidado com o frio..! em. Ele dá um xauzinho com a
mão e um sorriso sem aparecer os dentes.
Assim termina esse dia mágico e chego
em casa. Minha irmã estava vendo na sala escura vendo televisão com um
refrigerante na mão.
- Eu vi você e um rapaz. Tem
sentimentos por ele?
desvio meus olhos para o chão e afirmo com o balançar da cabeça que sim
- Kira, garotos assim podem parecer
maravilhosos, eu sei como é, mas no final eles só fazem isso para te conquistar
e você sabe o que garotos assim pensam.
- Eu sei que parece bobo falar isso, mas ele não é o tipo de pessoa assim.
- Eu sei, ele pode ser um cara super
legal, mas… Enquanto a televisão estava ligada
passava no comercial apareceu um noticiário mostrado o ator Hwng saindo
com uma menina estrangeira do programa de variedade horas depois na entrada do
cinema. Eu arregal os olhos e nessa hora eu tenho uma crise de desespero.
- É você, Kira, você ta doida? você está aparecendo no noticiário, aquele
menino além de tudo é aquele famoso? Ainda bem sua viagem já está no final até
lá não se encontre mais com ele.
- Mas eu sou maior de idade, não precisa se preocupar tanto.
- Não quero saber idade não importa isso é pra seu bem, Kira.
Nessa hora Hwnag me manda uma mensagem e eu olho a notificação
- Para de falar com esse menino
- Eu posso me despedir pelo menos?
- Faz o que quiser, Kira, eu só to te avisando. Apesar dela acreditar em mim e me incentivar ela era dura comigo as vezes.
Abaixo os olhos desapontada e digito em um suspiro *precisamos nos encontrar*
Hwnag já
estava sabendo de tudo por isso entrou em contato urgentemente comigo.
Naquele
dia uma faltando três dias para eu voltar para casa nos encontramos naquele
mesmo lugar de sempre, o parquinho, com balanços da qual ficávamos sempre um do
lado do outro, o escorrego, lembro dele a gente brincando ali, as arvores ali
que as folhas dançavam com o vento.
Seus olhos brilhantes parecem duas estrelas reluzentes e seu sorriso como uma
pedra preciosa. Não importava quantas vezes eu olhava pra ele. Nunca acreditava
no que via na minha frente a sua beleza é realmente notória. Além do seu físico
que foi um dos pontos característico de um personagem de um filme policial, o seu
sorriso, o seu sorriso que eu mais amava. Era o mais lindo de tudo. Ele estava
distraído nesse dias, mas era gentil quando ninguém olhava. Nesse momento de
silêncio eu solto a primeiro frase.
- O tempo está nublado
- Eu amo você, Kira, é só isso. Eu quero ficar ao seu lado
- Você é
o único maluco suficiente para me amar. E eu o amo.
Ele simplesmente me amava pelo o que eu sou, pela forma que sou, por ser quem
eu sou, era tão fácil nos amarmos. Nunca pensei que eu fosse amar alguém assim
do mesmo jeito que ele me ama e eu não tinha medo de imaginar a vida ao seu
lado. Não pensei que chegando aqui eu iria conhecer o amor através de alguém
como ele.
*Ele
sorri bondoso e faz carinho na minha cabeça como se eu fosse um pet fofo e me
dá um beijo na testa.*
- É… eu
andei pensando e sabia que esse momento iria chegar, mas não pensei que seria
tão rápido assim. Eu vou falar uma coisa… Eu posso ser seu namorado? o que me
diz?
*fecho
meus olhos*
- É claro
que sim. Sabe o mais engraçado é que aqui eu me sinto em casa por incrível que
pareça.
- Agora
está se despedindo de novo.
- Mas
dessa vez é verdade estou me despedindo.
Se é pela minha carreira e sobreo que saiu no jornal, você não vai me
prejudicar me nada, Kira.
- Não é só sobre você, não é só pela sua carreia temos vidas muito diferentes. A
fé, costumes de nações diferentes. Eu não tenho permissão e a minha irmã tem
razão.
- Kira,
me desculpa, eu posso ter sido egoísta agora, eu só quero ficar do seu lado. Quero
conhecer mais dos seus preceitos, da sua cultura, falar com a sua irmã.
- Ta bem
você admitiu rápido, mas não muda o fato que você pensou isso primeiro. Sua
carreira é importante sim e a minha vida do jeito que levo e mais ainda. Eu
agradeço pelo momentos que tivemos, amei cada um com você.
Não tive
um impedimento no aeroporto como nos filmes de clichê romântico ele respeitou a
minha decisão. Não era para ter respeitado.
Para ser mais precisoa estou no meu quarto, no
calor do Rio de Janeiro em dezembro escrevendo na minha escrivaninha, com um
Micro System ligado na minha frente (bem alto, por sinal). Me pego pensando
ainda em
Hwnag, em
cada dia era uma aventura com ele em Seul. O que é o amor se não é isso que
estou sentindo? Se não for, eu não sei nada mais sobre o amor. Só sei que nada
sei do amor.
- Estou hospedado aqui e falando inglês procurando
por você de novo,
- A minha carreira está lá e você aqui, mas eu tomei
uma decisão e não vou me arrepender e peço que não me impeça. Eu vou morar aqui
no Brasil por você.
- Eu que deveria morar na Coreia do Sul com você.
- Quem
sabe se você ainda quiser no futuro casados. Eu iria ficar muito feliz também.
só sei
que com você não saio mais daqui. Vou melhorar por mim, por você, por nós dois.
Viverei com a verdade que você me ensinou e eu não estaria aqui se não fosse
por esse milagre.
- Então pode considerar hoje é o nosso
primeiro dia do nosso pra sempre
*Ali nos abraçamos e dois corações
inteiros ali se tornaram um naquele abraço e selou o nosso amor*