A cidade

               
         Hoje era mais um dia corriqueiro de segundo feira em que eu teria aula. De manhã cedo ao acordar logo me deparo com a notícia  no grupo da minha turma, avisando que hoje não haveria aula. Nem mesmo acabo de ler as outras mensagens e meu celular acaba descarregado. Aproveitei que meus pais tinham ido trabalhar e junto a eles tinham levado a minha irmã mais nova para escola, pulo no sofá para ler meus gibis que eu amava e aproveito o dia. Depois resolvo ligar a televisão. Fico trocando de canal e parei em um que tinha um noticiário que falava sobre a fábrica onde tinha usinas havia explodido e que todos deveriam ficar longe desse local. Me espanto ao ver as imagens, era exatamente o local onde meus pais trabalhavam, fui tentar ir ao encontro deles. Ao chegar na fábrica vejo bombeiros e policiais segurando pessoas para não ultrapassarem a faixa de segurança. Encontro minha mãe e o meu pai, sujos e sendo atendidos. Vou correndo ao encontro deles.
– Anne, o que faz aqui? Diz ela, com uma expressão preocupada
e nervosa em saber como eu estava. Fui abraça-la.
 – Vocês estão bem? Pergunto chorando. Ouço meu pai dizer algo também.
– Filha precisamos sair daqui agora, isso aqui daqui algumas horas vai ficar perigoso, vamos temos que busca Alice no colégio.
Eu não estava entendendo nada, gostaria de saber mais o que tinha acontecido de fato, e porque estavam com aquela pressa.
        Chegando em casa eles trancam todas as portas, além disso também colocam plásticos nas portas e janelas e pedem para que nós ficássemos calmos, então eles finalmente explicam o que tinha feito explodir a fábrica era algo radioativo muito perigoso. Sentada no sofá junto com minha irmãzinha converso com meus pais
– Quando isso vai passar? E depois? então é isso? vamos ficar aqui presos em casa? Meus pais ficaram em silêncio não souberam responder, e aquilo me trouxe ainda mais pânico, não tínhamos saída, mas tentei ficar firme para não assustar ainda mais minha irmã. Vou para o quarto com Alice agindo normalmente, conto-lhe uma história inventada e faço planos para o futuro com ela, mesmo sabendo que ali seria o fim, e dessa forma acabo dormindo junto dela.
          De madrugada sinto alguém me chamar, era a minha mãe, sem entender nada ela pede que eu fosse de pijama mesmo e só colocasse um casaco por cima e que colocasse algo no rosto para proteger, fomos assim todos da minha família correndo para subimos em um ônibus, parecia um ônibus de resgate, ele nos levaria para fora do estado. Ainda a noite sinto-me sufocada gostaria de olhar para alguma janela e ver como estava a situação, onde nós estávamos indo, mas o ônibus era todo fechado e não me deixaram olhar, mas então acabo pegando no sono, contudo passamos a noite toda viajando, ligaram as luzes, mas já estava amanhecendo e estávamos perto, de onde quer que estejamos indo.
         Nesse alojamento eles nos tratavam de qualquer jeito e por algumas semanas ficamos dormindo no chão, passando frio e ainda sem entender o que acontecia, certa vez ouvi duas mulheres que estavam na mesma situação que a minha e da minha família cochichando sobre algo no ar, ninguém sabia o que era, mas matava todos que tivessem contato e cada vez mais isso se espalhava pelas cidades. Por mais que a comida não fosse das melhores, minha família como sempre, fazíamos piadas para amenizar esses mementos ruim.
          Ainda de pijamas por dias, estávamos levando uma vida difícil, não somente a gente, mas todos que ali estavam. Na horado almoço olho para o lado e encontro um menino ao telefone praticamente chorando e pedindo calma para alguém, curiosa aquilo me intriga. Quando ele desliga fui até ele tentar ajuda-lo, e eu me aproximo.

– Olá! disse ele, sentado olhando para mim parada em sua frente.

– Oi! quero dizer, saberia dizer o que está acontecendo com todo mundo?

– Você não sabe? A fábrica que explodiu era construída em cima de muita riqueza, e eu acho que a única forma deles chegarem lá era se livrando dela, mas não se importaram com os riscos e que teria graves consequências.

– Quando você diz eles, quem são eles?

–  Se chamam  “OCA” Ong Cuidado Ambiental, é uma corporação internacional que ajudam o meio ambiente pelo mundo. Eu fiquei sabendo que é tanto dinheiro que até presidente de outro pais está envolvido.  Dizia ele serio e preocupado. – Ei, pode pegar a minha tangerina, você deve estar com fome. Diz ele, jogando de uma mão para outra.
  Em outras circunstância eu recusaria, mas obrigada –  agradeço sabe lá quanto tempo depois, acrescentei um sorriso pelo gesto.
– Em outras ocasiões eu não ofereceria minha comida. E
le dá um sorriso despretensioso.
Obrigada – digo pela milésima vez.
Qual problema comigo e as palavras?
– Aliais me chamo Gustavo, e o seu.
– Anne. Só consigo dizer isso. Me afasto e volto para o lado onde estava a minha família.
       De noite quando todos nós já estávamos dormindo, pairava um silêncio. De repente ouvimos guardas nos acordando às pressas dizendo que o vírus iriam nós alcançar ali naquela região e teríamos que sair agora, e em meio multidão, eu procurava por Gustavo. Quando o achei, senti que não havia nada além do menino diante de mim. Corri ao encontro dele, meus pais me seguram, mas não conseguiram.
– Porque está parado? temos que ir agora.
– Não posso ir. Diz ele, cabisbaixo.
– Porque?
– Meus pais me colocaram no ônibus, mas não deu tempo de virem comigo, agora eles estão correndo perigo ou sabe lá o que aconteceu...não quero pensar nisso, mas e eu tenho que ir atrás deles. Dizia ele determinado

– Eu vou com você, de qualquer forma não estamos seguros aqui também, e eu sei que quando estamos preocupados não fazemos as direito as coisa sozinho.
– Não, Anne vai com os seus pais. Não quero te atrapalhar e muito menos te colocar me perigo.
Vou até os meus pais e falo com determinação que eu iria com Gustavo, e eles acabaram aceitando a minha decisão, em seguida fomos com a missão de acha-los e assim foi. Em meio à multidão que nos rodeia, mas se houvesse alguma coisa ali perto eu não veria, tudo desaparece perto dele. Escondidos vimos o lugar se esvaziando até só sobrar somente eu e ele. Quando fui para fora, vi depois de muito tempo a luz do dia, descobrir que estava de dia, e fico assustada quando vejo que a cidade em que eu nasci estava deserta e com um muro separando o lado de onde morava, para salvar os pais de Gustavo teríamos que conseguir ultrapassar a fronteira e para chegar até lá teríamos que pegar algum veículo e havia uma moto.

– Anda vem, segura firme na minha cintura. Dizia Gustavo.

– Ok. Estou pronta.

– Você está me paquerando?

– O que? nossa, você se acha, que pergunta é essa nessa hora?

– É porque eu não sei o que nos aguarda lá dentro, então se eu morrer eu queria saber se eu e você.... Podíamos... sair qualquer dia?

– Isso não faz sentido. Deixo um riso escapar.

– Eu sei, então tá pronta? Vamos...

E assim foi, enquanto isso, as pessoas que estavam no ónibus chegaram em um parque, onde tinha dois portões grandes e ai diziam que teriam a segurança máxima, até que os portões se abrem e todo mundo comemora com um grito, inclusive a minha família, e seguem com a multidão entrando. Enquanto eles estão andando eles percebem que todos que estavam na frente pararam, eles sem entender nada tentam de tudo para conseguirem ver o que tinha acorrido, Alice decide passar pelo meio daquelas pessoas até conseguir chegar a frente, minha mãe pede para ela segurasse na sua mão para não se perderem, mas quando ela foi olha para o lado ela já não estava mais ali, ela então fica desesperada e vai em busca da minha irmãzinha, eles então acabam se perdendo em meio a multidão. Quando meus pais finalmente chegam na frente ela encontra Alice, ela respira aliviada por te a achado, mas briga com ela para que ele não fizesse mais aquilo, quando minha mãe acaba de brigar ela percebe que eles estavam sérios e com um olhar assustado, meu pai aponta o dedo para frente e ela segue na direção apontada, ela olha um exército com muitos soldados encarnando todo eles, minha mãe fica assustada e já pensa em correr com eles para fora dali. Abriram espaço e eis que veio um homem bem elegante. O Presidente de outro país veio governar este país também, ele estava ameaçando a todos que não cumprissem o que ele mandasse iriam ter consequências graves. Ele começou a explicar as regras, eram um grupo de pessoas mais jovens comeriam o que eles mesmos conseguissem caçar, o outro grupo dos mais velhos iriam limpar todo o quartel e arrumar tudo dentro e fora todos os dia.

          Eu e Gustavo descobrimos que tudo isso de ter um vírus perigoso no ar era mentira, pois assim que passamos pelo muro não nos aconteceu nada, não foi fácil mas conseguimos entrar e finalmente achar os pais de Gustavo eles estavam escondidos porém bem, agora teríamos que encontrar todas as outras pessoas. Chegando lá mesmo escondidos Gustavo acaba levando um tiro na perna mas consegue escapar, enquanto isso aviso a todos que puderem. Meus pais disseram ainda bem que estávamos longe deles, conseguimos fugir e acabamos na dívida do nosso pais pedindo ajuda e relatando tudo que havia acontecido e eles tomaram as devidas providências. Não sei se conseguiremos retornar nossas vidas por lá, mas construiremos uma melhor juntos. 

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