Então, até a próxima!

 

               Hoje seria a mudança para uma nova casa. Eu e meus pais éramos a família Lavega e  eu estava muito radiante, pois iriamos nos mudar para uma casa bem maior e mais confortável, em uma rua chamada Flor de laranjeira, Hum já posso sentir o aroma de algo novo e surpreendente chegando é um intuição. Não deixo de pensar se eu encontrarei alguém novo por lá, o amor as vezes parece o cheiro de um perfume a gente sente, mas não vemos de onde é. A mudança foi na primavera em um dia que estava chovendo e haviam pétalas de flores pelo chão com o molhado da chuva. Estávamos em festa e felizes pelo sucesso da casa. Fizemos churrasco na mesma semana e chamamos as pessoas para verem como tinha ficado a casa depois de arrumada.
De dia era tudo na paz, tudo tranquilo, mas as noites a casa mudava, sentia algo que não era bom, as folhas das arvores pareciam meio sombrias na janela e eu ouvia alguns ruídos de estalar de portas geladeira, mas ignorava, pois provavelmente esses sons eram normais.
               Depois de alguns dias dentro da casa uma certa noite perto do meu quarto, já deitada e preste a dormir, ouvia o som das arvores baterem na minha janela e som de cochicho o que me deixou assustada, mas que seguida aquilo passou. Me perguntava o que tinha sido, mas logo pensava que tinha sido coisa da minha cabeça ou do meu ouvido que estava doendo já alguns dias e poderia ter sido ruídos do tímpano quando me deito a pressão pode causar isso, ou na rua, mas o que era pouco provável já que meu quarto se localizava longe da rua, ou morcegos cantando, mas não era só eu que estava achando alguma coisa estranha. Minha mãe ouvia som de cama arrastando vinha do meu quarto, quando na verdade eu não tinha feito nenhum barulho assim, mas pensava que em algum momento pudesse ter feito e eu não estaria lembrada, mas eu sabia que eu não tinha feito esses barulhos. Enquanto isso meu pai sempre foi calado e nunca tinha relatado nada de estranho. Até um mês depois meu pai ouvia som da minha máquina de escrever, quando eu não mexia a noite,
Esquecemos tudo isso e seguimos felizes, por mais que essas coisas tivessem me incomodando, eu estava feliz em ver meus pais felizes. Um mês se passou e tudo estava tranquilo as noites já não estavam parecendo mais tão sinistras assim, acho que era um problema de adaptação ou insegurança.
Até certo dia minha mãe volta a relatar um dia que tinha alguém na cozinha e tinha certeza que tinha sido eu, mas eu estava no meu quarto a todo tempo e nisso eu fiquei pensativa.
               Certo dia saindo de casa com a minha mãe pela manhã e meu pai tinha saído antes para trabalhar, olho para a janela de Corrêa da varanda que dava diretamente para a rua. Quando olho para cima vejo alguém da, janela transparente, vestido de preto dando chão para a mim. Nesse momento decidi que não queria mais morar lá, mas eu tinha medo de falar e meus pais não acreditarem.
Quando volto para casa eu procuro saber o que poderia ser naquele sótão da varando onde abaixo localizava aquela janela branca de Corrêa. Um buraco do lado de cima da casa e que até então eles tinham visto quando entraram na casa, mas ninguém tinha acesso tão fácil e por isso não sabíamos para que servia. Então decido me arriscar pegar uma escada emprestada, aqui era um sobrado, então pego a escada da vizinha que morava em baixo e subo para o sótão. Quando estava em cima só pensava que poderia ventar e eu poderia cair daquela escada diretamente para a janela do lado que eu tinha esquecido de fechar.
Eu consegui subir e sabia que esse lugar tinha alguma coisa haver  com essas assombrações e ali ela poderia resolver o mistério. Quando consegui subir eu vi que nesse sótão tinha guarda-roupa, tinha uma cômoda, tinha cabeceira, tinha um colchão. De repente eu fico com medo de olhar para trás, pois sentia uma presença, que tinha alguém em observando. Quando finalmente me virei lá estava uma pessoa, um rapaz, ele me encarava muito sério sem dizer sequer uma palavra, nem parecia estar respirando e eu fiquei com medo de perguntar quem ele poderia ser. Nisso eu sai correndo passando por ele, pois não tinha outra saída, corri tanto que não via mais nada, parecia que ele tinha desaparecido nesse instante e consegui descer. Assusta fiquei pensando o que poderia ter sido.
Depois de alguns dias ouvia mais sons de morcego e cachorros do lado de fora e eu saio para ver o que era. Não sei de onde tirei essa coragem, acho que eu só queria resolver isso logo e saber se era só coisa da minha cabeça e estava ficando louca. Infelizmente não vi mais ninguém. Me viro para abrir a porta da varanda, mas estava trancada do lado de fora, tento abrir as pressas, mas não obtinha sucesso. Não queria fazer barulho, pois todos iriam perguntar que eu tinha ido fazer do lado de fora e pudesse me achar mais louca ainda. Em questão se segundos engolindo a seco viro o meu rosto para o sótão que ficava justamente nessa varanda do lado de fora e ouvia barulho das arvores batendo na janela e chuva, trovão e relâmpagos que me fazem levar um súbito susto e na claridade de um relâmpago vejo um ser parado no final do corredor abaixo do sótão. Com a respiração ofegante e olhos espantados. Nesse momento eu encaro a escuridão quando as luzes dos relâmpagos se apagam.

Com essa resposta eu fiquei ainda com mais medo.
— O que você quer?
—Tenho observado vocês, parecem uma família feliz. — Uma voz que não pareceu tão assustadora, mas sua resposta ainda sim me assustava.
Ele se aproxima cada vez mais
— Essa casa como sabe está parada a um tempo e eu vir morar aqui no sótão.
— Porque? — Perguntava com medo —
Ele se aproxima e nisso me encosto na parede me afastando e ele finalmente aparece na parte que estava mais clara e pude ver o rosto dele.
— Eu sou um morcego. Dizia um rapaz com cabelos castanhos bem claro e grande que dava para fazer um coque, era bem alto, muito magro e por incrível que parece ele tinha uma aparência amável.

— Tudo bem. — Eu só podia estar diante de uma pessoa louca. — Eu quero te deixar em paz, mas eu não estou conseguindo abrir a porta.
Olhava para ele forçando a porta e ele com uma simples tentativa destrava para mim a porta e nisso entro correndo. Tranco a porta do lado de dentro e corro para o meu quarto, mas quando chego lá essa pessoa estava parada no dentro do meu quarto, em que dou um grito de susto. Minha mãe sai do quarto dela perguntando o que tinha acontecido e nisso olho para trás e ele não estava mais no meu quarto, ele tinha desaparecido em questão de segundos e nessa hora comecei a me questionar se eu que estava ficando louca, em acreditar que ele era realmente um morcego que se transformava em humano. Tranco janelas e durmo com a luz ligada nesse dia.
               Ainda de férias acordo mais tarde no dia seguinte, penteio os meus cabelos longos castanhos escuro e embaraçados, além de não ter dormido muito bem na noite passada. Eu não sentir medo, ficar em paz na minha própria casa e isso estava me incomodava, só queria me não morar mais ali, além disso era inevitável meus pais perceberem o meu comportamento atípico. Mais tarde meus pais falam que vão ao mercado e me perguntam se eu queria ir. Algo que seria difícil de eu recusar, mas parecia que esse menino só aparecia quando eu estava sozinha então essa seria uma chance de saber o que ele queria afinal comigo e a minha família. Fui até o sótão e o encontrei lá rapidamente.

— O que está fazendo aqui? — Dizia o rapaz com um estilo emo, mas com roupas e-boy. O vento soprava seus cabelos cacheados pelo o que puder vê.
— Pelo que eu sei essa é a minha casa. — Colocava a mão na cintura, mas quando ele me encara serio logo desfaço e recuo com medo. — Olha, eu não tenho medo de você.
— Pois deveria.
— Me fala, você é tipo um vampiro né
 Não só morcego.
— E o que você quer?
— Já disse aqui é a minha casa.
— Eu não quero ser grosseira, mas agora é a nossa casa você não pode viver aqui.

— É mesmo? E como pretende me tirar daqui?

— Você estava me deixando louca.

— Eu te causei muitos problemas. Eu gostei disso. — Ele levanta da cama dele e me encara—

— Mas você estava nos observando?

— Não, mas agora que você falou talvez passe a fazer isso.

— Isso não foi uma ideia.
— Vamos fazer um acordo de paz. Você não pode ficar andando pela casa, fazendo barulhos e sombras nos assustando. Eu deixo você ficar, afinal eu sou boa com os animais e você não tem onde morar.

— Mesmo você não deixando eu vou ficar de qualquer maneira.

Dou de ombros e saio.

Agora eu pensava o que fazer, esse garoto do sótão estava me dando trabalho. Desci do sótão e fui ver as compras dos meus pais. Eles me perguntam onde eu estava, e eu gaguejo ao responder o que deixou eles mais preocupados ainda me propondo terem uma conversa comigo. Enquanto eles conversavam comigo sobre o que estava acontecendo comigo eu vi da janela ele saindo da garagem pulando da chuva e pensava será que morcegos tem medo de chuva?
Sorrio fraco e disfarço o sorriso e volta a prestar a atenção no que meus pais diziam foi a palavra menina excepcional, apesar de não ter escutado nos últimos segundos eu concordo com a cabeça o que eles diziam e digo que estava tudo bem, só estava com a cabeça cheia e pensando nos preparativos da festa de formatura do terceiro ano que seria uma festa com tema Hallowen, sim minha formatura caiu no mês de novembro em que se comemorava nos Estados Unidos essa festa e o que particularmente eu e a minha turma gostávamos muito de assuntos assim, acho que por isso uma parte de mim estava tão curiosa em saber sobre o tal morcego do sótão.
Ele parecia perigoso, mas ao mesmo tempo que causava curiosidade. Então perguntei ao proprietária quem morava antes de nós naquela casa e eles diziam que tinha sido uma casal de idosos com um neto, mas que eles viajaram e foram morar em outro lugar.
De repente vejo um vizinho encarando a minha casa sério e aquilo me causava calafrio e uma sensação perturbadora, não sendo a primeira vez que o flagro encarando a minha casa, mas decido ir até perguntar, mas ele vira o olhar e volta a entrar para sua casa ele parecia saber de algo.
 Os dias forma passando e cada vez que voltava no sótão para saber mais sobre o tal morcego, isso tinha se tornado uma rotina, sendo algo que não me causava mais tanto arrepios.
— Olá. Eu queria agradecer por não fazer mais tantos barulhos. — Ele me ignorava totalmente enquanto estava distraído mexendo em uma bolinha que esticava.
— Qual seu nome?
— Ítalo
— Prazer o meu é Estella.
— Tanto faz.
— Você tem família?
— E porque mesmo eu tenho que te responder isso?
— Talvez eu queria saber mais como você consegue se transformar em morcego. Aliais nunca te vi como um morcego.
— Já viu sim, você só não lembra. — Eu fico em silêncio tentando me lembrar —
— Eu não lembro, eu tenho essa maldição de ser morcego.

— Por isso você mora aqui, você sempre espera por uma família para morar com você.
— Interprete como quiser eu não to nem ai.
— Você vai ficar assim para sempre?
 — Escuta você está muito curiosa sobre mim e ta esquecendo de fazer as suas coisas, seu pais estão preocupados, então falo isso para o seu bem. Aproveita você não tem que ficar aqui presa comigo.
Eu mostrava não me importar com um quase desconhecido morando no meu sótão, mas no fundo ficava pensando nele todo o tempo, todos os dias.
— Não confio em pessoas que usam esse tipo de couro. Dizia implicando com ele.
Ele sorrir e rir alto, um sorriso que apareceu do qual eu nunca tinha visto antes vindo dele. O riso dele me soou alto, o que me faz ficar preocupada, o que antes eu queria que meus pais soubessem que tinha alguém a mais na casa, agora eu queria manter isso em segredo.
               O dia da festa estava chegando e eu estava tão preocupada com vestidos, cabelo, que esqueci de algo importante, de quem iria entrar comigo na cerimônia, onde desfilávamos nossas becas e dançar comigo ao som de uma balada. Diferente das escola dos Estados unidos aqui a gente só tínhamos, digamos, esse baile, mas sem coroar rei e rainha, no terceiro ano na nossa formatura e eu me esqueci do meu par.
— Queria fazer uma pergunta, mas não vai rir de mim?
— Você iria a festa comigo? Temos a mesma idade e pode ser pessoas de fora.
— Tão infantil — diz ele sobre o sonho dela —  
— Vai ser a noite, você pode sair .
— Isso é mito, eu posso sair de dia também.
 Porque nunca sai então?
— A vantagem de não ter amigos é que eu não tenho que falar com ninguém.
— Acho que não é tão ruim, você é o único garoto que eu chamaria para a festa usando uma capa assim de vampiro. Aliais é a fantasia.
— Prefiro arrancar meu pés com os dentes.
— Não estou tentando te seduzir eu realmente não tenho um par, eu sei que parece bem seria dos EUA, mas eu também não tenho ninguém.

Não sei o que tem de especial nessa festa, pensava ele mas fui ver uma roupa bonita só porque ela fazia isso, de procurar loucamente um vestido para a festa. Mostrava uma cicatriz feia que chega dava vergonha de mostrar, mas sabia que ela nem se importava.
Ele tinha um jeitinho que no fundo se importava mesmo parecendo frio eu pensava assim quando eu vi ele arrumado, e tinha cortado o cabelo, por mais que eu gostasse do cabelo dele grande, ainda sim ficou lindo. 

— Infelizmente o mundo é uma constante meu amigo.

— Pois é, mudanças são importantes. Dizia Ítalo sentado em uma parte do salão conversando com um desconhecido.

— Vem Ítalo vamos dançar.
— Pera, eu não sou muito bom nisso.

E a música balada começou a tocar.

— Antes eu pensava que só estava curiosa sobre você, mas não é só isso.
— Estella. Ele arregala os olhos. Esbanjava um olhar intenso. Sorri com doçura.
— Eu nunca me senti assim por alguém.
— Você é uma flor.
— E você é o meu sol que iluminou meus dias.

Ao Longo da festa saio da dança e vou para a pista de dança com as minhas amigas. Eu pego na mão de Ítalo e chamo ele junto par a pista de dança. Um menino chega perto de mim e Ítalo próximo e pede licença e ele sai de perto, o que me faz olhar para trás e procurar por ele. Saio da festa e vou procurá-lo do lado de fora em que se via o breu da noite, brilho e luz somente na festa.
— Italo?
— BOOW!
— Ai que susto! — coloco a mão no coração e sorrio —  O que está fazendo aqui?
— To aqui fora olhando tudo.
— Tudo o que?
Eu estava com raiva dele por ter sumido, mas ele me fez ela rir com o susto e acaba que aquilo se desfaz.
— É serio o que estava falando
— Você é linda com raiva — Nós acabamos rindo juntos. —

 De volta a olhar para ela, ele percebeu a presença dela mais próxima. Não podendo se conter, Ítalo também se aproxima, tenta bani-la, mas sua força de vontade foi fraca. Ítalo metem os dedos pelos cabelos de Estella e eles ali seus lábios se encostam, mas ele se afasta.
— Vamos para casa, já está tarde.
já na rua de casa, com um ambiente escuro vejo aquele vizinho que sempre escarava a minha casa olhando para a lua.

— O que você quer afinal comigo e a minha casa? —

— Vingança —

— Eu tava guardando essa notícia boa, mas eu descobrir que esse vizinho que sempre encara a mina casa sabe do seu segredo.

— Como?

 — Eu descobrir hoje que ele é um feiticeiro, quando ele deixou a porta da casa dele aberta eu pude ver. Veja! Bem! ele poderia desfazer isso em você e você parar essa vingança infundada que não vai te leva a nada, você vai continuar assim.
— Não é tão simples assim... Estella.
— Porque complicar?
— Longe de você eu estaria melhor.
— Longe de mim? Você nunca chegou a sentir nada por mim?
— Não. Hey você é muito importante pra mim, mas vai ser melhor assim, você ficar longe de mim. Nunca pare de crescer, ok?
Ele abre as asas de morcego e desaparece no ar.
Nessa noite ele foi embora. Depois dessa noite inesquecível, em que parece que foi um sonho. Esses dias que passei ao lado dele.
Procurei ainda por vários dias ir ao porão com a esperança de ainda ver voltar ou estar por lá me esperando para conversar.
Não é pela amizade, nem é por conversas românticas, claro que sinto falta, mas amei você por ser quem você é, só por ser você, por existir, só pela pessoa que é. Acho que nunca tive esse sentimento por ninguém. Minha mãe sempre falou que quando a gente conhece a pessoa certa basta olhar e dizermos é ela, pois você saberá quando for a pessoa certa eu me pergunto será que eu vou saber. Eu não tive esse pensamento com você por achar que não era para mim pela vida que viveu de morcego, mas sinto que aprendi a amar. Assim. Me pergunto por que gostei dele por mais que ele nunca tenha dito que gostou de mim, mas eu sempre sentia que ele tinha algo a me dizer e as atitudes deles mostravam.
Como vai ser a minha vida sem o sorriso dele, sem a voz dele, mas aí eu paro e penso vai continuar bem como antes, antes de conhece-lo. Sendo assim como antes de conhecer alguém futuramente e vivi esse tempo sem ele, mas foi alguém que me comprazeria.
Você se lembra que foi assim também com fulaninhos. Dizia garota com ela mesma em pensamentos — Sim eu lembro. Meus cabelos voam com o vento e olho para o horizonte.
Não quero me apaixonar de novo, ficar animada de novo para tudo dar errado de novo. Só o tempo poderá dizer se voltaremos a estar juntos. Se for pra sermos. Então quem sabe, até a próxima!

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