Atrás de mim

 

 



           Às 9:15 da manhã na delegacia de polícia na região de Cartão um grupo de detetives muito conhecidos pela sua competência e eficiência em cada trabalho que executam estavam tendo uma reunião em uma pequena sala fechada, cujo os vidros mostravam o lado de fora. Hoje a delegacia parecia muito agitada entretanto tinham recebido a denúncia de 4 jovens pichando o prédio da delegacia de polícia alegando ter sido uma aposta perdida entre colegas.
          Enquanto isso na sala de reuniões o superior pede para que Rayan, sendo ele um dos detetives mais admirados dali, seria o escolhido para o caso junto de seu colega Cameron, caso esse das jovens garotas pichadoras. A reunião acaba e Rayan é o primeiro abrir a porta e sair da sala e perceber uma movimentação estranha na delegacia, um alvoroço pelo prédio. Nesse momento tinha acabado de faltar a luz no prédio. Além do mais o cano de água tinha sido estourado e água estava por todos os lados dos corredores até as salas. Nisso as jovens pichadoras sentadas e algemadas viram a oportunidade de fugir e correram para todos os cantos do prédio. Cada policial foi atrás de uma delas. Uma das jovens infratoras pulou da janela, outra conseguiu descer as escadas. O detetive Rayan, o responsável desse caso, encontra uma que se escondeu em uma sala do prédio ele a alcança e tenta persuadir ela a não fugir e a fazer o que é certo e se entregar.

— Qual é o seu plano? você está sobre vista de dois policiais.
— Dois? Só estou vendo você. — Eu dizia olhando para uma janela quadrada no meio da porta em que podia ver o policial.


— Tá você me pegou! só ta eu aqui. É mas...
O que eu vou fazer!? — pensava assustada enquanto olhava para todos os lados da sala e não via nenhuma saída —
— Vamos lá, só teremos uma conversa. Você ainda pode se livrar dessa. Não foi tão grave assim. Eu já pichei quando era mais novo — ele recebe um tapa do seu amigo Cameron
— Mas claro nunca em uma delegacia, né. — Dizia seu amigo que tinha chegado no local. —
— Que? Eu não to ouvindo nada.

Todos os policiais têm uma boa aparência eu pensava por um milésimos de segundos. Cheguei perto da janela da porta olho nos olhos deles, da qual já estavam me encarando.

— Eu não vou abrir a porta, podem arrombar se quiserem, mas eu não saio.
— Que? Filha, não complica as coisas, vai fazer a gente destruir a porta da delegacia. —Diz o primeiro detetive que me segui forçando uma voz mais aguda da qual parece nervoso. — Olha não precisa ser assim.
Ele olha uma folha para ler o meu nome e diz em voz alta.
— Couterney!
 
Outros policiais chegam com uma chave, entretanto por algum acaso a porta não estava destrancando. Até que um policial extraordinariamente musculoso e forte conseguiu destruir as dobraduras e quebrar a porta. Sou levada a força e algemada para sala de interrogatório. O detetive nem olhava para mim, evitava contato visual quando passei por ele algemada, parecia sentir vergonha por mim.
— Couterney, você cometeu um crime que envolve drogas. Você foi pega cometendo um bulling, foi pega dando drogas a força para uma garota da escola que relatou sofrer ameaças. *Dizia o detetive lendo minha ficha.*

— Isso foi já muito tempo eu nem estudo mais. — Eu dizia olhando para o lado e de braços cruzados—

— Você já tem passagens pela polícia isso não ajuda você.
*Bufei*

— O que tem na cabeça? Você é jovem, classe média alta é até mesmo bonita! —levanta uma de suas sombrancelhas — porque faz essas coisas?
*Silência*
Surpreso ele continua a me encarar.
— Não vai falar nada?

— Porque eu sou assim. — Olho para ele que estava em pé na minha frente com suas duas mãos sobre a mesa.  — Tudo é entediante, mas você não precisa entender. Bom esse não é um argumento que me livre, certo?
— Não é. Sinto muito, Couteney.
*reviro os olhos*
— Podem levar ela. — Diz ele com um pesar—

De forma repentina falta a luz mais uma vez.

— Espera ai policial e você fique parada aqui. Vou ver o que está acontecendo. Na verdade você ta algemada nem tem como sair mesmo. Ele dá de ombros e sai.
—AFF! Ele ta zombando de mim? Que detetive doido. —Olho para o policial— Aliais oba, viva! Mais tempo aqui nessa sala bonita antes de ir pra a prisão.
          Enquanto isso não consigo prender meus cabelos cacheado e cheios, mas consigo tirar minha blusa de frio preta de capus.
Quando a luz volta novamente o policial me leva com ele e procuro com os olhos onde estava o detetive, mas sem sucesso na busca. O tal policial pergunta se queria ajuda para prender o meu cabelo, além de policiais não serem gentis com prisioneiros ele começa a falar umas coisas com conotação inadequada. Aquilo me faz ficar ainda mais séria e tensa. Pela primeira vez estava sentindo medo.
          7 dias se passaram e eu estava em uma sela com uma senhora mais velha que tinha um rosto que poderia dizer que sentia que eu podia confiar diferente das minhas amigas que me deixaram, mas ela era amargurada e muito despreocupada, parecia não ligar estar ali e eu queria sair.
          Enquanto isso na delegacia Rayan estava inquieto na sala de descanso. Até que apareceu Melissa sua parceira de trabalho.
— E ai como estão as coisas?
— Eu fico triste como que as pessoas podem ser assim e estragarem suas próprias vidas. Eu sei, eu sei, que elas tem suas escolhas, mas eu não entendo... Dizia Rayan sem compreender porque, ele sentia uma estranha tristeza.
— Eu sei lidamos com isso todos os dias, mas você é uma pessoa muito boa e gentil por isso se sente assim. Dizia Melissa enquanto com afago esfregava suas costas.
— Obrigada, Melissa, você é um amor. Ele dá um sorriso amarelo.

Chegaram outro amigos detetives e Rayan ainda falava que viu a forma que o policial tratou uma criminosa e como a algemou e sobre ter pedido respeito e para terem cuidado da próxima vez. O chefe desconfiava de como ele estava envolvido nesse caso ainda.
— Rayan, ela é uma pessoa ilegal.
— Eu sei, eu só fiquei com pena dela.
— Não envolva sentimentalismo isso estraga tudo, não pode deixar suas emoções falarem mias alto, Rayan. Temos que ser profissionais.
— Você tem razão, Senhor, eu acho que deixei um poquinho.
*O superior o olha parecendo procurar verdade em seu olhos e sai*

— Rayan, você quer sair com a gente hoje? Vamos naquele Karauke. Quero ver você pagando mico. Dizia um dos amigos detetives.
— Galera, é que eu não queria, só estou um pouco desanimado. Vou assim que terminar esse caso.
— O que você falhou em um caso? ou não tinha terminado?
Não é que eu só quero ter a oportunidade de investigar melhor, sabe como é, né.
— Hum! eu te conheço, Rayam e olha você ta suando.
— O que? Pergunta ele assustado um pouco histérico
— Já entendi tudo. Você quer ganhar o bônus de melhor funcionário?
— É seria por isso. Tu ta sacando tudo direitinho em meu amigo.
— Eu te conheço muito bem! Diz ele todo orgulhoso com um sorriso.
— Ta tudo bem. — Dizia Melissa disfarçando o desapontamento— Se quiser qualquer coisa vou estar no karauke, mas venho correndo pra te ajudar.
— Valeu, Mel, você é demais! As vezes olhar nos olhos de alguém pode ser tudo o que você precisa para se apaixonar!

*Volta Rayan para a sala do superior*

— Mas se o Senhor me der permissão eu queria abrir o caso novamente e investigar se realmente ela é culpada.
— Sem chances isso é dever dos advogados, Rayam, por que se importa tanto com o caso?
— É o meu trabalho, eu só quero fazer o que é certo.
— Vou te dar um voto de confiança, mas não quero que gaste todo o sue tempo em um caso só. Entendido?
          Na manhã seguinte recebo a notícia que eu tinha visita. Ao mesmo tempo que fiquei empolgada e surpresa por anunciarem que era o detetive Rayam. Ele estava me esperando em um mesa, mas parece que veio mais alguém era uma outra detetive ao seu lado. Ela parecia ser muito bonita.

— Perdeu a mãe, o pai e o irmão mais novo e foi deixada uma herança desde mais nova. Lia Rayam em um tom firme.

— Parece que você me conhece bem pela minha ficha. Meus pais morreram e o meu irmão mais novo também em um acidente em uma viagem. Eu como sempre fui a única a ficar. Na época eu queria passar as férias com meus amigos e acabei não viajando com eles e não fui.

— Certamente deve ter sido difícil, você deve ter ficado assustada.

— A vida parece como um jogo as vezes passamos por fases e ai as vezes pode chegar o game over.
— Bem excêntrica forma de pensar. Disse Melissa compreenciva.
— Filosofou, gente! Disse Rayam
*Eu sorrio espontaneamente para Rayam e levo meus olhos para o chão*
*Ele sorriu de volta pra mim de forma boba como tivesse contanto uma piada para uma criança*
*Melissa cutuca ele e limpa a garganta*

— Ham? Oi? Ah, sim! bom... É então Cortney, acho que encontrei possíveis falhas na investigação da pichação que podem te favorecer. Aee garota! Toca aqui.
— Ele é sempre tão animado assim?
— Você não faz ideia. Responde Melissa.
— Sério? mas como? Você fez isso por mim?  
— Não eu não fiz isso por você, quer dizer eu só fiz o que era certo! Ta bom confesso fiz isso para o bônus.
— Que bônus? Pergunto confusa.
— No trabalho, ah, mas você ta por fora heim.
Melissa olhava estranho o comportamento de Rayam.
Eu franzo o senho e olho para ele.
— Mesmo assim eu agradeço, sei que eu me meti em uma encrenca, detetive. Agora torço por um acaso para estarmos em algum lugar juntos, em que mais pra frente, quando tudo passar, eu descubra que não era mero acaso. Tenho essa sensação.
Ele retribui a admiração sorrindo e fechando os olhos.

— Isso é tudo, Cortney. Queria vir te avisar que vamos levar a frente seu caso e investigar mais a fundo, mas para isso preciso da sua ajuda e que você me conte a verdade.

Pela primeira vez eu balanço a cabeça consentindo para ele.
Ao saírem da prisão Rayam parecia menos angustiado.

— Vê se cresce.
— O que foi?
— Você sabe que não foi nada tão grave, mas a questão é que ela já cometeu outros delitos.
— Ela é jovem quem nunca fez alguma besteirinha? Olha, além do mais ela perdeu os pais ela deve ter tido uma adolescência muito difícil.
— Eu vou te ajudar, mas não sei se confio em você. Rayam não pode deixar sua emoção falar mais alto que o profissional e ta na cara que ela precisa de tratamento e terapias.

—Ta tudo sobre controle. Ryam expõe.
— Beleza.

          Ele foi embora e fico feliz em ver ele. Me levanto e volto para a cela. Ao meu regresso vejo minha colega de cela. Ela perguntava mais coisas sobre mim e a resposta era que sim eu já tinha sido uma pessoa muito religiosa. Ela diz que esse poderia ser um milagre. Esse detetive podia ser o milagre da minha vida. Além do mais... ela me diz que era pela liminar que ele veio. Entretanto ele foi levar pessoalmente, sendo que era algo que não precisava ele ter vindo até aqui. Eu fico feliz por descobrir isso. Só me dei conta de que ele parecia ser alguém que fosse ser especial quando ele sorriu porque fez uma piada sobre mim. Surge um sorriso de canto ao lembrar. Talvez tenha percebido desde o momento que ele veio atrás de mim na delegacia.

Chegando na delegacia Rayam encontra seu amigo.

— Cara, ta na sua cara.
— Eu não gosto dela se é isso que ta insinuando. Ela me passa uma honestidade tranquila é só isso, cara.

— Que? Do que você ta falando?
— Nada, nada! Não é nada não.
— Eu ia só dizer que ta na cara que você quer ganhar o bônus do mês por ser o melhor funcionário do mês. Hum suspeito você que ganhou?
— Claro que não! Por isso to nesse caso.
— Hum! Tem coisa ai, to sentindo. De qualquer forma você é o melhor pra mim do ano todo.
— Valeu, cara!
— Agora eu tenho que levar o lixo pra fora. Era isso que eu tava sentindo, o cheiro ruim dessa sacola do balde de lixo daqui.

Rayam franze o senho sem entender nada, mas relevando que temos a mesma desordem mental. Por isso devemos ficar juntos.

 melhor amigo e volta para o escritório.

Hoje por aqui na prisão onde ficava o refeitório sempre ligavam a televisão na hora do almoço, na hora do noticiários. Nunca fiquei tão preocupada com os noticiários como hoje quando falavam sobre policiais. Eu paro de pensar por um momento nele. Depois volto a pensar nele e pergunto a minha colega de cela.

— Detetives também fazem essas coisas, né? Entram em casas para surpreenderem, usam armas.
— Uhum!! acho que eles fazem isso também, são policiais também, é... Ela balança a cabeça enquanto impunha mais uma colher de comida na boca e enquanto eu voltava a olhar para a televisão.

          Hoje fazia uma semana que eu não tinha notícias do detetive o que me deixou mais preocupada. Acho que uma parte de mim sabia que era mais por ver ele do que por minha liberdade. Sentia falta de ter algo presente dele em mim. De algum jeito eu sabia que ele tava ali pra mim. Isso me deixou segura um acalento e conforto no meu coração. Era só pensar nele e os problemas pareciam desaparecer. Eu sentia a transformação chegando no meu coração bastava só ele acreditar. Já pensou se me deixar feliz deixasse ele feliz? Foi essa a sensação que senti.

— Eu imagino a gente tendo várias conversas. Dizia empolgada para a minha colega mais velha de cela que parecia gostar de me ouvir ela só ria. —Ele é tão bonito que não consigo parar de olhar pra ele.

Uma policial se aproxima da grade
— Tem visita pra você, princesa. Dizia de forma irônica.

— Vai menina encontrar seu boy. Ajeita o cabelo, menina.

 Pra mim? Meus olhos brilhavam em meio ao ambiente cinza da prisão.

Chego ao local de visita.

— Couteney, minha querida!
— O que está fazendo aqui?
— Vim te ajudar.
— Eu já tenho alguém pra me ajudar.
— Quem?
— Tio, sejamos honestos na infância nunca quiseram ficar comigo por que só agora veio me ver? Deixa eu adivinhar pra vocês ficarem com a parte da herança eu não posso estar presa?
Ele ficou em silêncio e isso me fere ainda mais. Levanto e me retiro.

Fico seria e em silêncio. Até que consigo chorar e lágrimas desciam torrencialmente pelo meu rosto e ninguém nem a minha vizinha de cela me veem chorando. Era só eu e meus sentimentos.
          No dia seguinte logo pela manhã recebo a notícia de que os detetives estavam me esperando e não consigo conter o sorriso. Quando ele vem aqui eu não só ganho o dia, como eu ganho a semana.

— Bom dia! Disse Melissa.
— Bom dia! — olho atrás dela — E o, Ryam, ele ta bem?
— Ele ta atrasado como sempre — Ela vira os olhos — Ah olha ele ai.

Meu coração dispara.
— Bom dia! Tudo bem? Ele dá um sorriso fechado e aperta seus lábio superiores contra seus inferiores. — O que aconteceu com você?

— Cortaram meu cabelo.

— Vem cá vem! Você machucou a sua mão?

— O guarda ele falou coisas que eu não consigo repetir. Quando eu ia dar um soco nele, ele desvio e bati com força na parede.
— Temos que tirar você daqui.
Melissa olhava espantada reação de Ryam.

— Você é sempre assim? Legal com todo mundo, Ryam? Perguntava Melissa

— Eu nunca fui presa. Eu não consigo lidar com isso, por favor me ajuda.

Seus olhos acariciavam meu rosto até que o semblante muda.
E ela parece não gostar da forma que falo dele.

— Você podia ter pensado nisso antes. — Melissa parecia feliz com a resposta dele — Mas vou fazer de tudo ao meu alcance para te tirar daqui, não se preocupa.
— Ryam... eu precisava falar com você uma coisa.
— Ahhh! Amo quando você diz meu nome é tão fofo. É..   ele diz sem graça como se desse conta de que falou isso em voz alta.

— Eu? Meus rosto corou.

— Melissa, Você poderia nos dar uma licencencinha, por gentileza?
— Tah... Ela sai bufando.

— Vou olhar nos seus olhos. Eu quero me redimir.

— Não é tão fácil assim.
— Com  sua ajuda. Gosto da ideia de ter você sempre por perto.

— Show! Isso é ótimo!

— Eu sei que pode parecer repentino, mas quando rio de doer a barriga, eu imagino rindo com você do meu lado. Quero aprender as coisas que te façam feliz. Talvez tudo que passamos tenha sido para estarmos um do lado do outro agora, você entende? só falta seu coração dizer sim para o meu que ele será seu.

— Me desculpa, se não for isso, mas por favor, não misture as coisas. Esse é o meu trabalho.
— Sim eu concordo. É a minha forma de agradecer minha gratidão. Eu posso ser sua amiga.

Me senti encabulada em ter me declarado, desajeitada por não saber me expressar e ter repelido ele talvez?

— Isso não será possível.

— Eu vou mudar e sair daqui.

— Primeiro você tem que mudar por você mesma e segundo — Ele respira fundo e fecha os olhos—  Eu vou ser padre.

Eu fico sem reação boquiaberta até que o telefone dele toca, era a sua mãe. Ele cuidava assim de sua mãe.

  Vamos lá vamos lá, mãe, toma seu remédio. Eu também queria ser cuidada assim, para isso eu precisava mudar e vendo o seu jeito em fez querer mais ainda.

Ele chama pelo meu nome e eu repondo — oi? E a amiga dele entra interrompendo e coçando a garganta.

Apertamos aos mãos.
— Nos vemos na próxima visita acredito ser a última está quase chegando ao final do seu processo, vim aqui te informar isso, está tudo correndo bem. Até mais.

É tão triste per0lo do campo de visão, vendo suas costas indo embora. Sou outra que saio dali bufando direto para a minha cela. A minha colega me ouve e pergunta que história era essa.

— As pessoas nas telas fingem tão bem o amor. Se não ficam junto sua vida real, então realmente era atuação. Deve ser assim na vida real também, fingem muito bem amar. Ele me ama, mas quer ser padre.

— Você tem essa intuição?
— Sim.
— Fique calma ficamos assim nervosos porque queremos ser amados pela pessoa que tanto admiramos, até em um encontro queremos aprovação por isso ficamos nervosos.
Por mais estranho que apreça acho que fiz um amizade dentro do presidiário. Ela disse pra mim: você tem um sol que mora dentro de você e eu nunca mais esqueci. Não sei os crimes dela, mas ela me ajudou aqui dentro, espero um dia poder retribui-la.
— Você já me ajudou muito, só pela sua companhia. Ela parece ter lido minha mente.

Volto a pensar em Ryam.

— Eu não vou parar de tentar achar meios.
— Não desista dele, assim como ele não desistiu de você.

Eu não sei o que é amar, mas com esse seu sorriso dele fica fácil descobrir.

— Eu nunca beijei, nunca namorei ou me apaixonei.
— Isso é sério?
— Eu sou do tipo de pessoa que as pessoas gostam mais com o tempo, mas ele não foi assim ou talvez eu só precise de tempo para ele me ver.

Ryam chega na delegacia e tira um tempo para conversar com seu amigo no terraço da delegacia enquanto bebiam.

— Se você quer falar de coisas do coração você falou com a pessoa certa.
— Mas você é divorciado.
— Mais eu sou eterno romântico. Sou bom para aconselhar, não para fazerem o que faço. Vamos se abra para mim
— É... ta bom, né! Então uma emoção inesperada começa a mexer comigo quando vou visita-la. Confessa ele para o amigo – É descomunal... eu sei que parece loucura ela está presa, mas acredito nela. Para tanto daqui a uns meses eu vou estar indo para o recinto e ela vai poder viver bem em liberdade.

— Eu já sabia, Ryam.
— Como sabia?
— Sou seu melhor amigo e seus olhos não metem. Aliais seu cabelo fica mais brilhante quando está apaixonado.
— Que? seu doido

 — O que eu quero dizer é que você a ama e ama o seu trabalho e sei que sei que você quer ter uma família. Sua mãe iria ficar feliz por ser avó. É um fator decisivo.

Ryam fica reflexivo, mas convicto do que queria. Gosto de pensar nela, paro por um momento depois volto a pensar. Costumo construir fantasias daquelas novelas que vejo. Quando eu rio de doer a barriga eu imagino ele rindo comigo. Não sinto medo constantemente, mas temo por esse dia chegar de não poder mais ve-la será que é possível?

          Chão do afasto ainda molhado a outra parte seca com brisa batendo nas roupas na cordas e a vizinha tentando tirar. Era véspera de natal quando finalmente fiquei em liberdade. Que sorte a meu poder olhar as luzes da cidade enfeitada de Natal. Apesar de tudo eu ainda me sentia meio bagunçada.

— Não tem outro jeito de dizer isso você foi incrível. Dizia ele ao me ver com roupas normais.
Eu sorrio orgulhosa e por ter deixado ele orgulhoso.
Nossos corações pareciam bater na mesma sintonia

O cheiro da grama, o vento, olhar as estrelas eu me sentia revigorada. Já que era natal eu queria ir para debaixo de uma lareira aconchegada em seus braços.

— Sabe uma das coisa que gostei em você foi o seu senso de humor impecável.
— Se tem um elogio que eu gosto é que me chamem de engraçado.
— E eu gosto de sorrir.
— Todos nós temos lindos detalhes. Você é cheio dele.

Ouço ele falar que gostava de mim, mas eu cheguei à conclusão de que eu não sou para ele.

— O que?
— Quero dizer, está frio, toma você está sem o seu casaco.

Ao ser vestida pelo seu casaco eu não aguento mais e choro.
— Eu gosto de você, eu gosto muito. Por favor não seja padre, por favor não vai embora e me deixa aqui, eu preciso de você comigo.

Uma pausa parecia que existia uma música de fundo.
— Eu já sabia disso. Cortney, eu quero ficar ao seu lado.

Eu fungo o nariz e fico com olhos grandes com a sua resposta. O cheiro do seu casaco ficou comigo enquanto sentia frio e o calor de suas mãos, do seu abraço. Calor da palmas de sua mão diferente que me consola. Da qual todos possuem esse toque, mas nem de todos sentimos, essência essa das mãos que jamais pode ser explicada, só daquela pessoa especial ou que se tornará. Ele não fala mais nada só me olha por uns segundos. Que sensação é essa? Minha barriga revirando
— Sim. Eu também quero te beijar. Ele diz. — Tanto quanto você.

Ele me tomou em seus braços e me beijou calorosamente. Ele pousava sobre minha boca os seus lábios. Ao final suavemente nos tocamos, amorosamente nos abraçamos.

—Seu rosto seduz as minhas mãos a acaricia-lo. A maciez de seu rosto aveludado.

Ao ouvir isso a temperatura de meu rosto parecia ferver de vergonha.

Ele me faz sentir sua respiração lenta e me beija novamente.

Ele tentou disfarçar o riso ao perceber a minha total falta de experiência.

— Obrigada por não fingir não perceber. —Abaixo a cabeça acanhada. — Por eu nunca ter beijado ninguém antes.

 Eu também não. Nunca antes.

— É sério?

—Uhum. Porque a surpresa juro de dedinho.

— Uau! Você tem uma cara de uma foquinha, sabe aquele animalzinho marinho?

Ele rir — Sou sua foquinha preferida então?
   É claro!

 O mais bonito de todos os mares? Ta bom eu me empolguei um pouco. Vamos.

Eu sorrio.

Meu tio aparece na entrada do presídio e mira em Ryam um tiro, mas sai correndo assustado quando dispara e vai para no meu braço do Ryam. Ele pede para eu falar alto e que não estava me ouvindo porque sentia dor.

 Tudo bem! Valeu a pena levar um tiro por você.

          O ano novo chega e Ryam já tinha voltado para o trabalho. Fomos convidados para uma festa de um de seus amigos do trabalho, reuniram todos.

Enquanto isso seu melhor amigo nos observavam de longe.

— Pombinhos tão lindos ele não são?!

— Ela fez ele mudar de ideia.
O amigo dele vê Melissa.

— Eu tinha um fio de esperança em mim. Parece o conto da bela e a fera que você vai ela se transforma e se apaixona por ela.

 

Quando Ryam me trouxe na porta de casa eu ia entrar.

— Não quero ir.
— Você precisa descansar.
— Agora entendo...
— O que? ahh Hum. Você nem me conhece tão bem ainda para pensar nisso.

Ele olha para mim curioso por eu falar em casamento.

— Vou te soltar.

— Não vai. Sinto saudade rápido. —Ele faz beicinho — É isso que quero. Quando vai chegar a hora de te ver todo dia? Do nosso pra sempre começar?

Em meio ao meu sorriso digo:
— Até que não é uma má ideia pensar no nosso pra sempre.

          Eu estava na meu casarão de volta. Não preciso de muito, pois as pequenas coisas tornam a vida incrível. 
Acordo, pela primeira vez e vejo que está tudo bem e é ótimo. Meu tio agora tinha sido preso e com isso Ryam desvendou que ele tinha sido a pessoa quem tinha feito aquilo com a minha família. Agora eu estava estudando, cursando letras para ser professora. Tudo bem não ter um sonho as vezes ou ter um sonho bobo o meu era ser escritora também. Gosto de escrever. É uma maneira de viver o amor é escrevendo também. Também tenho o sonho de lançar um livro. Eu tenho um esboço. A minha própria vida daria um livro, mas terei a oportunidade de escrever uma nova história e ao lado do Ryam achei um lugar seguro eu não era mais alguém solitária.

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